Primeiro foram os celulares, depois os relógios e fones sem fios, e hoje em dia diversos aparelhos são carregados via wireless - ou, como dizemos, sem fio. Mas não os carros. A startup americana WiTricity, fundada por um professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT), que mudar isso e popularizar este tipo de carregador nos próximos anos. E a boa notícia é que pelo menos uma montadora está prestes a fechar com eles, segundo o presidente da companhia Alex Gruzen.
A empresa apresentou sua visão em um painel durante a South by Southwest (SXSW) 2024, feira de tecnologia que acontece em Austin, Texas, até o dia 16 de março. Segundo uma pesquisa da empresa, 96% dos compradores de carros elétricos gostariam de contar com carregadores sem fio. E 70% dos respondentes optariam por adquirir um carro elétrico se o carregador fosse wireless.
“Quando você fala em quais opcionais as pessoas estariam dispostas a pagar mais para ter, os principais temas são mais autonomia e carregadores mais rápidos e wireless”, explica Gruzen.
A empresa vem tendo sucesso em instalar este tipo de carregador em empresa de frotas de transporte e, segundo Gruzen, está próxima de fechar com a primeira montadora.
“Estamos numa fase de entrega da tecnologia. Em 2020, o padrão global foi ratificado, o que é realmente necessário para os primeiros pilotos ocorrerem. E, este ano, seremos fornecedores para uma grande fabricante de carros global, nosso primeiro grande fabricante global. E esperamos ter um segundo contrato fechado ainda este ano”, afirmou Gruzen, sem dar pistas de qual fabricante contará com a tecnologia.
Gruzen salienta que, para o futuro do carro totalmente autônomo, será inviável usar carregadores por cabos. “Simplesmente não faz sentido em um carro autônomo você precisar de uma pessoa para conectar ou desconectar um cabo. Perde totalmente o sentido de ser autônomo”, conta Gruzen.
Ainda é cedo para dizer quando esta tecnologia estará disponível para os compradores de automóveis. Mas assim como aconteceu com outros aparelhos elétricos, mais cedo ou mais tarde isso chegará também aos carros.