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Refrigeração a ar, óleo ou água? Qual a melhor?

Veja aqui o funcionamento, as vantagens, as desvantagens e principalmente os cuidados necessários em cada sistema

por Roberto Dutra

Motor refrigerado a ar, a óleo ou a água? Qual o caro leitor prefere? Atualmente os motores que equipam os milhares de diferentes modelos de motocicletas usam um deste três tipos de refrigeração, e dividem as opiniões dos usuários. Há defensores para cada um deles, e no fim das contas ninguém está absolutamente certo ou errado: todos têm vantagens e desvantagens - e todos exigem uma manutenção específica.

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Os motores refrigerados a ar também são refrigerados a óleo. Isso porque seu arrefecimento é feito pelo "vento" que recebe de frente quando a moto está em movimento, mas o óleo que circula em seu interior também tem a função de trocar calor com os componentes internos. São motores mais simples, que normalmente equipam as motos pequenas e algumas médias.
Suas vantagens são a manutenção mais fácil e barata, e o menor número de componentes que podem dar problema. Por outro lado, "esquentam" mais, não trabalham o tempo todo na condição térmica ideal e, por isso, proporcionam rendimento inferior.
Já os motores a óleo funcionam quase da mesma forma, mas com uma importante diferença. A refrigeração é feita também pelo "vento" que vem pela proa e pelo óleo em suas partes internas, mas este também circula na parte externa, após sair de um duto rumo a um pequeno radiador normalmente posicionado na frente do motor - justamente para que o ar passe por entre suas aletas e ajude na refrigeração do lubrificante.
O óleo sai do motor, passa pelo radiadorzinho e retorna para as "galerias" internas do motor. Esses propulsores vão esquentar menos que os refrigerados apenas a ar e trabalhar em uma temperatura média mais adequada, mas ainda sem a mesma eficiência dos refrigerados a água.

"Galerias" são justamente a principal diferença dos motores refrigerados a água. Que, na verdade, não são refrigerados a água - mas a líquido, pois o que circula ali é um aditivo de etilenoglicol, cuja principal característica é justamente ter temperaturas de congelamento inferior e de ebulição superior às da água pura e simples.
Nesses motores, a água circula por galerias internas e troca calor com as peças do motor. Sai por um duto, chega ao radiador de água, circula ali dentro, onde sobre ação do ar externo para que sua temperatura não supere certos parâmetros e retorna para as galerias internas do motor por outro acesso, para continuar desempenhando sua função.
Caso o sistema fique sobrecarregado por temperaturas muito altas, entra em ação o ventilador do radiador, também chamado de ventoinha, que reforça a refrigeração do líquido que passa nas galerias do radiador. Como é um sistema mais complexo e caro de produzir, normalmente equipa motos de média ou alta cilindrada, principalmente aquelas de alta performance. Proporciona o melhor desempenho térmico do motor, que suporta trabalhar em rotações mais altas ou rápidas.

Nos motores refrigerados apenas a ar, a manutenção básica é manter sempre o óleo e o filtro do óleo em dia.
Já naqueles arrefecidos a ar e óleo, é preciso fazer isso e também ficar de olho na bomba de óleo (quando existir) e no estado geral do radiador, que deve sempre estar limpinho para que o lubrificante circule ali dentro sem problemas.
E as motos refrigeradas a água vão exigir ainda mais cuidados: trocar o aditivo de acordo com a quilometragem ou tempo indicados no manual, fazer limpezas periódicas de todo o sistema e estar sempre atento ao funcionamento de componentes que não estão nas motos com outros tipos de refrigeração, como bomba d´água, válvula termostática, mangueiras de borracha e suas abraçadeiras, e também ao ventilador do radiador, que deve estar armando e desarmando nas temperaturas corretas.
Feito tudo isso, a chance de o motor esquentar demais (e até fundir) é muito remota.

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