A Renault celebra a marca de mais de 100 mil unidades emplacadas do Kwid – foram 22.576 em 2017, 67.320 em 2018 e 23.981 em 2019, contanto de janeiro a abril, totalizando 113.877 unidades licenciadas desde seu lançamento – com uma versão especial do modelo, chamada Outsider, que tem aspecto mais aventureiro e novidades visuais e na lista de equipamentos.
Ele estreia nas próximas semanas custando R$ 43.990 e com o status de versão mais completa do subcompacto. Agrega ao pacote de equipamentos o sistema multimídia “Media Evolution” com conexão (via cabo) para Apple CarPlay e Android Auto e chega com mudanças importantes em relação às outras versões: por fora, novo desenho nas peças que recebem os faróis de neblina, barras no teto, logotipos da versão espalhados pela carroceria e calotas pintadas de preto brilhante; por dentro, bancos com revestimento exclusivos e detalhes alaranjados nas portas, volante e alavanca de câmbio.
Dessa forma, fica assim a gama de versões do Kwid para 2020:
Vem com rodas aro 14, quatro airbags (dois frontais e dois laterais) e dois ganchos Isofix para fixação de cadeirinhas infantis.
Adiciona ao pacote anterior direção elétrica, ar-condicionado, travas e vidros elétricos dianteiros e rádio com conexão Bluetooth e entradas USB e AUX.
Une a tudo que já foi citado os seguintes itens: retrovisores com ajuste elétrico, faróis de neblina com moldura cromada, sistema “Media Evolution” com AndroidAuto e Carplay, câmera de ré, abertura elétrica do porta-malas, rodas de liga e chave canivete. Visualmente, há alguns detalhes de acabamento externo e interno.
Traz tudo que já foi citado além de barras de teto, nova moldura frontal no farol de neblina, barra de proteção lateral, calotas pintadas de preto e os detalhes em laranja.
Toda a linha usa o motor 1.0 SCe de três cilindros, com 12 válvulas, duplo comando e bloco em alumínio, capaz de render 70 cv e 9,8 kgfm de torque com etanol (são 66 cv e 9,4 kgfm com gasolina). O câmbio é sempre manual de cinco marchas. Segundo a Renault, esse conjunto é capaz de fazer 14,1 km/l com gasolina e 9,6 km/l com etanol na cidade e, na estrada, 14,4 km/l com gasolina e 10 km/l com etanol.
Há diferença em guiar o Kwid Outsider se comparado às outras três versões levando em consideração que todo conjunto mecânico é o mesmo? Por incrível que pareça, sim. Os freios foram reajustados e, embora a Renault não tenha falado nada sobre isso, foi possível notar que os discos dianteiros agora são ventilados, e não mais sólidos. De modo prático, sim, o carro freia melhor.
Ponto positivo, certo? Então por que a marca não faz destaque? Simples: isso seria “admitir” um vacilo do modelo anterior, que já poderia ter freios mais eficientes.
Tem mais: as pedaleiras (de embreagem, freio e acelerador) não estão mais tão próximas umas das outras, como acontece com as outras versões. Esses detalhes técnicos não são destacados e admitidos pela montadora, mas estamos lá para testar e comprovar: realmente os pedais ficaram menos “comprimidos” e agora ficou mais fácil dirigir o pequeno carrinho.
Mas algumas coisas não mudaram: engatar a primeira marcha continua sendo um pouco complicada. O “slot” de encaixe da primeira fica muito perto do da terceira, então é comum sair de terceira e ter aquela sensação de falta de força do motor no trânsito mais pesado. Painel simples, acabamento recheado de plástico e espaço limitado aos ocupantes também continuam.
Fora isso, o Kwid continua com a melhor característica de sempre, podendo até ser chamado de “Deus” da economia: rodamos 40 quilômetros com registro no computador de bordo de 12 km/litro na cidade, com gasolina no tanque.
Por André Deliberato