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Renault revela carro-conceito Scénic Vision

Movido por motor elétrico e hidrogênio, carro exibe a futura identidade visual da marca e muitas inovações tecnológicas

por Roberto Dutra

A Renault mostrou, durante a cúpula Change NOW, em Paris, um novo carro conceito: o Scénic Vision. O nome é bem familiar para quem teve a minivan homônima da marca, vendida no Brasil lá no início dos anos 2000.
Mas o novo conceito nada tem a ver com aquele modelo. É um carro com visual extremamente antenado com as tendências atuais, e que é tratado pela marca como um "precursor" por, justamente, indicar como será o próximo veículo 100% elétrico da gama Renault - previsto já para 2024. A identidade visual, aliás, deverá ser estendida a vários futuros modelos de produção.
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O nome do conceito tem uma boa explicação: a Renault optou por "Scénic" por remeter à minivan, que era seu "carro para viver"; e "Vision" porque corresponderia às "novas expectativas das pessoas".

Longe de parecer uma minivan, o carro segue a receita de misturar as formas e as dimensões de um hathcback parrudo com um utilitário esportivo. Tem 4,49 metros de comprimento, 1,90 m de largura, 1,59 m de altura, 2,83 m de entre-eixos e pneus 235/45 R21 (isso mesmo, aro 21!).

Mas o que a Renault quer mesmo com o novo conceito é mostrar seu compromisso ambiental. Segundo a marca, o carro é composto por mais de 70% de materiais reciclados em vários ciclos fechados, e também é 95% reciclável (incluindo a bateria). Além disso, sua propulsão híbrida - elétrica e a hidrogênio - reduz o tempo ocioso durante a recarga de energia. Assim, o Scénic Vision é zero emissão na produção e no uso - diminui em 75% sua pegada de carbono em comparação com um carro elétrico convencional.

Exemplos? O assoalho do carro foi feito com a aglomeração de resíduos plásticos provenientes de outras origens (garrafas de leite, tubos de plástico etc.). Já os revestimentos internos foram produzidos com carbono reciclado proveniente da indústria aeronáutica. Os pneus foram fornecidos por um fabricante membro da Plataforma Global para a Borracha Natural Sustentável (GNSPR), comprometido com a responsabilidade ambiental e os Direitos Humanos.
Nas partes internas que levariam couro, foi aplicado poliéster 100% reciclado com baixo teor de carbono. Já o tanque da célula de combustível foi produzido com fibra de carbono proveniente de resíduos de papel reciclado. Do lado de fora, os pigmentos pretos da tinta são provenientes do tratamento de partículas captadas na atmosfera. Sem pigmentos sintéticos, a tinta contribui para melhorar a qualidade do ar.

A Renault diz, ainda, que as tecnologias embarcadas no carro reforçam a segurança para condutor e passageiros, e permitem reduzir o número de acidentes em até 70%. Por exemplo, um sistema de câmera integrada na frente do veículo amplia o campo de visão do condutor em 24%, ao reproduzir o entorno do veículo em uma tela localizada no painel. Assim, o para-brisa é ampliado em 180° para uma visibilidade total e segura, o que faz o capô parecer transparente.
Além da segurança, o carro ainda cuida da saúde do motorista através do sistema Safety Coach. É uma interface de avaliação de riscos que antecipa situações estressantes e compensa a eventual falta de atenção do condutor ao dar orientações personalizadas para a direção. Esta interface também orienta o condutor sobre sua saúde, por meio da análise dos dados coletados por câmeras e sensores conectados localizados na cabine (ritmo cardíaco, fadiga etc.).

Na motorização, foi usada a chamada tecnologia H2-Tech, que une propulsão elétrica e a hidrogênio. O Scénic Vision tem uma célula de combustível de 16 kW, um motor elétrico de 160 kW e uma bateria de 40 kWh. Com um sistema chamado "extensor de autonomia", essa bateria é duas vezes mais leve que as atualmente usadas em veículos elétricos, mas proporciona a mesma autonomia.
Por fim, outro barato do Renault Scénic Vision foi a participação do famoso compositor e multi-instrumentista Jean-Michel Jarre no projeto. O artista colaborou na acústica e no processamento de "sinais internos" do carro (leia-se distribuição do som na cabine). Seguindo uma linha de "menos é mais", o carro tem apenas um alto-falante em cada porta, complementado por um sistema de "bolhas de som" em cada apoio de cabeça.

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