Royal Enfield inaugura linha de montagem em Manaus

Unidade fará todos os modelos que são e serão vendidos no Brasil. Enquanto isso, lá fora, novas motos seguem em testes

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Roberto Dutra
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Como estava planejado, a Royal Enfield inaugura sua linha de montagem brasileira esta semana. A fitinha que marca o início da produção de motos em Manaus será cortada na quarta-feira, dia 7.

Ainda não é exatamente uma fábrica própria: a linha de montagem fica dentro da área da Dafra, em uma operação conjunta bastante comum no país - KTM e BMW são duas marcas que já fizeram esse tipo de montagem.

Royal Enfield Classic 350 2022 Lançamento (1)
Lançada há três meses, a Royal Enfield Classic 350 é um dos modelos que serão nacionalizados
Crédito: Divulgação
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O plano da Royal Enfield é começar a montagem local neste espaço, e depois, provavelmente quando os volumes de venda no país forem mais consistentes, ter sua própria fábrica. Faz todo sentido, e é o que fizeram outras marcas, como a BMW.

Novidades no exterior

Enquanto isso, a Royal Enfield segue com o mão no acelerador do desenvolvimento de novos projetos e na ampliação de seus negócios. A linha de motos médias da marca, por exemplo, vai aumentar. Depois de lançar oficialmente a Super Meteor 650, no mês passado, no Salão de Milão, outra moto com o mesmo motor de 648 cm³ já está no forno e será uma Classic.

Royal Enfield Classic 650 2
A Royal Enfield Classic 650 já está em testes na Índia, mas ainda sofrerá mudanças até a versão final
Crédito: Divulgação
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Ou seja, o motor bicilíndrico que já equipa os modelos Interceptor, Continental GT e Super Meteor também será usado em uma nova Classic, que no fim das contas será a substituta da veterana Classic 500.

A lógica desta Classic 650 seria a mesma aplicada à irmã menor Classic 350: usar componentes das outras médias da marca para facilitar toda a logística industrial, da produção e montagem ao pós-venda. Lançada há três meses aqui no Brasil, a Classic 350 compartilha quadro e motor com a Meteor 350.

E mais: segundo o site indiano www.rushlane.com, a Royal Enfield terá mais duas 650 além das atuais e da própria Classic. Serão uma roadster - irmã maior da Hunter 350 - e uma bobber, que inclusive já estariam em testes. A primeira seria chamada de Hunter 650 e a segunda, de Shotgun - mas os nomes, por enquanto, são apenas especulações.

Royal Enfield Shotgun 650
A Shotgun será uma bobber na linha de modelos equipados com o motor bicilíndrico de 650 cm³
Crédito: Divulgação
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Para completar, foram revelados flagras do que seria a Scram 450. Ou seja, a versão menos off-road da Himalayan "crescida". É que o motor da Himalayan terá maior capacidade cúbica, na tentativa de ganhar a potência e o torque que lhe faltam.

Lá fora, fala-se em 30 cv e 4 kgf.m. Seria um ganho razoável, mas não impressionante. A Himalayan 450 só deve ser lançada no ano que vem, em data ainda não revelada. Desta forma, a Scram 450 viria depois - lá para o segundo semestre.

Na vizinhança

Enquanto isso a Scram 411 já está em produção na Argentina, onde também existe uma linha de montagem da Royal Enfield. Lá ela é feita em parceria com o Grupo Simpa, que também monta motos de outras marcas. As vendas da Scram por lá devem começar em janeiro.

A Scram é basicamente uma Himalayan com outra roupa. Tem visual meio scrambler (daí o nome), mas o guidão mais baixo e a roda dianteira tem 19 polegadas, enquanto a Hima tem aro de 21 polegadas. Mas o motor é o mesmo - o monocilíndrico de 411 cm³, que no Brasil rende 24,5 cv a 6.500 rpm e 3,2 kgf.m a 4.250 rpm.

A Royal Enfield Scram 411 já é montada na Argentina, mas não tem previsão para o Brasil
Crédito: Divulgação
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Curiosamente a Scram 411 não está prevista para o mercado brasileiro, onde a Himalayan conquistou um espaço bem razoável. Talvez a razão para isso seja justamente esperar pela "nova" Himalayan com motor aumentado para 450 cm³, que deve ser lançada lá fora ano que vem e, depois chegar por aqui. Aí realmente não faria sentido lançar a Scram 411 aqui para mudá-la menos de um ano depois.

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