Royal Enfield já produz motos no Brasil

Linha de montagem da marca em Manaus (AM) foi inaugurada, já está em operação e pode produzir 15 mil unidades/ano

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Roberto Dutra
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Conforme antecipamos no início da semana, a Royal Enfield inaugurou sua linha de montagem em Manaus nesta quarta-feira (7/12). A fita foi cortada com a presença de executivos da marca do Brasil e da Índia, incluindo o chefão B. Govindarajan, CEO mundial da Royal Enfield.

Tal distinção se deve ao prestígio que o mercado brasileiro alcançou junto à matriz: já se tornou o segundo em vendas da marca no mundo, atrás apenas da Índia, e a linha de montagem de Manaus é apenas a quarta no mundo fora do país-sede (e a terceira nas Américas). Tailândia, Colômbia e Argentina também têm linhas de montagem de motos da Royal Enfield.

A Royal Enfield diz que a "nacionalização" das motos vai contribuir para o crescimento que a marca deseja ter no Brasil. Mas a "nacionalização" vai entre aspas porque não chega a ser exatamente uma fabricação nacional. O esquema é de CKD, sigla para Completely Knock Down - ou seja, as motos vem desmontadas em kits e são apenas montadas aqui, ainda com componentes importados. A longo prazo será natural que a linha incorpore alguns componentes nacionais.

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Além de ser uma linha de montagem, e não uma "fábrica", e de não ser exatamente uma fabricação nacional, mas uma produção, o processo nesta fase inicial acontecerá dentro das instalações da Dafra. Esse esquema de parceria é bastante comum no Brasil: Ducati e KTM atuam dessa mesma maneira e BMW e MV Agusta já fizeram o mesmo, no passado. Mais adiante, a Royal Enfield terá uma fábrica inteiramente própria.

Segundo a marca, todo o lineup à venda atualmente no país - a recém lançada Classic 350, a Meteor 350, a Himalayan 411 e as "twins" Interceptor e Continental GT 650 será montado em Manaus. Além de aumentar progressivamente o volume de vendas, a nova linha de montagem também deve acelerar a chegada das motos à crescente rede de concessionárias da marca, diminuindo os prazos de entrega para os proprietários.

No entanto, os preços não baixar. A produção em Manaus gera redução na carga tributária - as motos pagavam 35% de imposto de importação na "largada", e depois muitas outras taxas em cascata que vêm depois -, pois implica em isenções inerentes ao Polo Industrial de Manaus (PIM). Mas desde sempre a Royal Enfield avisou que não reduziria os preços, já que trabalhava com operações subsidiadas e pouca margem. Agora, o objetivo é rentabilizar mais.

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