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Royal Enfield Scram será lançada no fim deste mês

Moto tentará repetir o sucesso da conhecida Himalayan 411, da qual é uma versão mais alegre e com pegada Scrambler

por Roberto Dutra

A Royal Enfield tentou manter em sigilo sua próxima novidade para o mercado brasileiro. Mas a própria marca se encarregou de "furar" o embargo e revelar em suas redes sociais que a Scram 411 será lançada no final deste mês.
Nem precisava tanto suspense, não é? A Scram 411 foi lançada na Índia em março do ano passado, e na sequência chegou aos países asiáticos onde a marca atua e também à Europa. Só faltava o mercado brasileiro, mesmo. Desta vez, demorou: mais de um ano...

Ou seja, nada sobre a moto é segredo - exceto o preço que será praticado por aqui. Então, enquanto a marca indiana de origem inglesa tenta melhorar suas estratégias de marketing, mostremos aqui os detalhes da moto - que é muitíssimo interessante.
Na prática, a Scram 411 é nada mais que uma versão da conhecidíssima Himalayan 411, que já é vendida aqui e no mundo há anos. Porém, a Scram veste outra roupa, tem outra pegada e, por tabela, uma proposta um pouco diferente - mais passeios que viagens, em resumo.
A Scram compartilha vários componentes com a Himalayan - caso de painel de instrumentos, freios, suspensões e motor. Mas o visual é bem diferente, e há algumas detalhes muito particulares.

Por exemplo, repare nas imagens no banco em dois níveis, nas tampas laterais, na moldura do farol e nas curiosas abas laterais no tanque. E também na ausência de bagageiro traseiro, dos protetores laterais de tanque e do para-brisa.
Além disso, dá pra ver que a Scram 411 é uma moto mais jovial e alegre, com pinturas menos discretas que as da Himalayan. Como deve ser em uma scrambler!

Motor é o mesmo da Himalayan

O motor é o mesmo monocilíndrico injetado e refrigerado a ar da Himalayan. São 411 cm³, 24,5 cv de potência a 6.500 rpm e 3,2 kg.m de torque a 4.250 rpm.
Ou seja, ainda não será agora que veremos uma Himalayan ou uma Scram "vitaminada", com motor de 450 cm³ ou mais - como o mundo inteiro aguarda ansiosamente, e como essas motos precisam.
E dá para ver pelas fichas técnicas no site indiano que as outras principais especificações da Scram 411 são iguais à da Himalayan - então não há motivo para crer que serão diferentes no Brasil.
Falamos aqui do câmbio de cinco marchas, da secundária por corrente, dos freios a disco com ABS nas duas rodas e do tanque para 15 litros, por exemplo.

Diferenças sutis, de poucos centímetros

Mas há algumas diferenças, como a roda dianteira aro 21 na Himalayan e aro 19 na Scram - e consequentemente pneus diferentes, com medidas 90/90 R 21 na Himalayan e 100/90 R19 na Scram (atrás, é 120/90 R17 em ambas).
As suspensões dianteiras são iguais, mas com cursos discretamente diferentes: 20 cm na Hima contra 19 cm na Scram. O mesmo se dá no vão livre, com 22 cm na Hima e 20 cm na Scram, e no peso das motos - 200 quilos na Hima e 185 quilos na Scram.
Também há diferenças pequenas nas medidas de comprimento e altura totais, mas isso acontece apenas por conta de peças de acabamento. O entre-eixos das duas difere por apenas 1 cm (1,45 m na Scram) e o banco da scrambler é também 1 cm mais baixo.

E o preço? Bem, aí é preciso fazer um exercício de futurologia. A Himalayan mais barata custa 263.037 rúpias, o equivalente a R$ 16.050 em conversão direta. Já a Scram 411 mais barata parte de 203.085 rúpias, ou R$ 12.392 em conversão direta.
Temos, então, uma diferença equivalente a R$ 3.658 - que obviamente não será repetida, na proporção, aqui no Brasil, para não distanciar muito os modelos e nem gerar canibalização da Himalayan.

Como a Himalayan custa, por aqui, R$ 23 mil (arredondando, sem frete nem taxas), apostamos que a Scram 411 chegará por uns R$ 21 mil (idem). Se ficar por aí, a Scram certamente repetirá o sucesso que a Himalayan trilha no mercado brasileiro. Embora tenha tido alguns percalços no início de sua jornada aqui no país, todo mês a trail média indiana é uma da mais vendidas em seu segmento e, no ano passado, 2.750 motociclistas levaram uma Himalayan zero-quilômetro para casa.
Aguardemos o final de abril!

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