Royal Enfield terá revisões com preço fixo

Expediente já usado por outras marcas pretende reduzir custos de manutenção e garantir previsibilidade para compradores

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Roberto Dutra
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Uma boa notícia para quem acabou de comprar uma moto da Royal Enfield no Brasil - ou pretende fazer isso em breve: a marca vai adotar, em breve, uma tabela de revisões com preço fixo para seus modelos. Ainda não há uma data definida, mas é coisa para os próximos meses.Esse tipo de expediente já é algo comum em algumas outras marcas - caso de Honda e Yamaha. Mas somente agora a Royal Enfield resolveu fazer o mesmo, motivada justamente por uma das reclamações frequentes de seus clientes: o alto custo das revisões e serviços nas concessionárias autorizadas. AS peças originais, contudo, continuarão com os precinhos atuais...

Exemplos já informados por internautas ao WM1 davam conta de gastos entre R$ 500 e R$ 800 para uma simples revisão em modelos como a Meteor 350 e a Interceptor 650 - na qual só se faz uma inspeção visual, se aperta uns parafusos e se troca óleo, filtro de óleo e dois o´rings.

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Quando pensamos que uma revisão em uma Harley-Davidson 1.600 em uma autorizada da marca americana custa em torno de R$ 900, vemos que realmente esses valores nas concessionárias Royal Enfield estão um pouco fora da curva.

Royal Enfield Classic 350 2022 Lançamento (1)
Por enquanto, apenas a tabela de revisões a preços fixo da Classic 350 foi revelada pela Royal Enfield
Crédito: Roberto Dutra
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Além disso, informes davam conta de que os valores variavam de uma concessionária para outra. Isso acabava incomodando quem já é proprietário de uma moto da marca, e provavelmente afugentava potenciais compradores.

Agora, a RE quer botar ordem nesse salseiro e, sem dúvida, as revisões a preço fixo são uma ótima iniciativa. Além de reduzir custos, a medida permite que o proprietário saiba com antecedência quanto vai gastar com a moto no futuro. Por enquanto só foram revelados os valores para recém-lançada Classic 350.

Confira abaixo os preços das revisões a preço fixo para a Classic 350:

Revisão de 500 km ou 45 dias - R$ 438,70

Revisão de 5.000 km ou seis meses - R$ 100,00

Revisão de 10.000 km ou 12 meses - R$ 483,70

Revisão de 15.000 km ou 18 meses - R$ 100,00

Revisão de 20.000 km ou 24 meses - R$ 558,70

Revisão de 25.000 km ou 30 meses - R$ 226,76

Revisão de 30.000 km ou 36 meses - R$ 543,70

Como podemos ver, a primeira revisão deve ser feita com 500 quilômetros rodados ou em um prazo de 45 dias, e as restantes são a cada 5.000 quilômetros ou seis meses. Com esse cálculo, as revisões a preço a fixo cobrem os 36 meses - três anos - de garantia da moto.

Ainda no caso da Classic 350, estão embutidos nesses valores a mão-de-obra, cujo custo vai de R$ 100 a R$ 300 - entre meia-hora e uma hora e meia de trabalho - e também os preços das peças, que especificamos aqui embaixo, separadamente, para facilitar a leitura:

Custo das peças nas revisões a preço fixo (Classic 350):

Óleo do motor: R$ 67,70

Filtro de óleo: R$ 44

O´ring do filtro de óleo: R$ 20

O´ring do dreno de óleo: R$ 7

Filtro de ar: R$ 45

Vela: R$ 45

Filtro de combustível: R$ 6

Fluido de freio: R$ 26,76

Importante destacar que, na primeira revisão, são trocados óleo, filtro de óleo e os dois o´rings. Na terceira, esses itens e mais o filtro de ar. Na quinta, também a vela; e na sétima, também o filtro de combustível. Já na segunda e na quarta revisões, nada é trocado - é feita apenas uma inspeção visual com eventuais ajustes - e na sexta, a mesma coisa, mas com troca do fluido de freio.

A previsão de gastos em três anos na Interceptor é de R$ 3.000 - assim como na Hiamalayan e na Continental GT
Crédito: Divulgação
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Com a aplicação das revisões a preço fixo, a Royal Enfield estima que, em três anos, o proprietário vá gastar cerca de R$ 2.500 na Classic e na Meteor 350, e aproximadamente R$ 3.000 tanto na Himalayan 411 quanto nas "twins" Interceptor Continental GT 650. Isso tudo, claro, na teoria - salvo imprevistos com quebras de peças decorrentes de mau uso, acidentes e quedas.

A Royal Enfield tem, atualmente, 20 concessionários no Brasil. Os planos imediatos prevêem a abertura de mais cinco lojas até o meio do ano que vem, para totalizar 25 unidades a médio prazo.

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