Quando todos achavam que a pandemia tinha sido a pá de cal nos autoshows, os organizadores do Salão de Genebra trazem a boa nova. O evento suíço voltará em 2022, depois de duas edições canceladas devido à Covid-19. Será a edição de número 91 de um das mais charmosas feiras automotivas do mundo, palco de lançamentos marcantes da indústria.
Enquanto o Salão de Genebra 2022 não vem - será realizado entre os dias 19 e 27 de fevereiro -, relembramos alguns modelos icônicos que debutaram no motorshow. Confira!
A segunda geração do Porsche Cayenne apareceu no Salão de Genebra de 2010 com desenho menos esquisitão, motores V6 e V8 e até opção híbrida
Em 2011, a marca italiana de esportivos apresentou o Aventador. O substituto do Murciélago todo feito de fibra de carbono foi lançado com motor V12 de 700 cv e suspensão com tecnologia da Fórmula 1.
O 208 apareceu na Europa no Salão de Genebra de 2012. Mais comprido e com o mesmo entre-eixos que o antecessor, já tinha data para lançamento no Brasil, no ano seguinte, para substituir o malfadado e controverso 207 brasileiro (que usava plataforma do 206).
Com 5,26 metros de comprimento e 3,11 metros de entre-eixos, o modelo de alto luxo botou banca no Salão de Genebra 2013. Apontado como a variante cupê do Ghost, tem um motorzão 6.6 V12 biturbo de 633 cv.
O superesportivo deixou muita gente boquiaberta em Genebra com seus dados de desempenho. Com conjunto híbrido (3.8 V8 biturbo + elétrico) e 916 cv de potência combinada, cada uma das 375 unidades do modelo prometia 0 a 100 km/h em menos de 3 segundos e 0 a 300 km/h em 17 segundos!
A mítica marca italiana não deixou barato para a McLaren não. No mesmo Salão de Genebra de 2013 apresentou o modelo, até então, mais potente de sua história. Com um 6.3 V12 de 800 cv e dois motores elétricos de 163 cv, a LaFerrari produzia 963 cv e 91,7 kgf.m de torque. O 0 a 100 km/h também se dava em menos de três segundos...
O nosso jipinho arretado deu o ar da graça no Salão de Genebra de 2014 e talvez os executivos da marca nem imaginassem o sucesso que o modelo faria por aqui. Um ano depois, o Renegade começou a ser produzido em Goiana (PE). Desde então, se tornou um dos SUVs compactos mais vendidos do mercado brasileiro.
A Ferrari adora mostrar suas novidades na Suíça e foi lá, em 2014, que o fabricante mostrou a California renovada. Detalhe, com motor menor, o 3.9 litros turbo no lugar do 4.3, porém com 70 cv a mais, o que totalizou 560 cv.
Outro brasileiro que debutou no Salão de Genebra. O SUV médio foi lançado na Suíça em 2015 e no ano seguinte começou a ser produzido em Anápolis (GO) pelo Grupo Caoa. Lá, chegou a conviver com suas gerações anteriores: o ix35 e o Tucson de 2007!
Os concessionários da Toyota no Brasil ficaram todos serelepes quando o CH-R foi mostrado no Salão de Genebra de 2016. Seria a resposta da marca ao Honda HR-V (que no começo vendia horrores aqui). Mas tratava-se de um projeto caro e logo foi descartado para o nosso mercado.
Genebra foi palco para o primeiro modelo 100% elétrico da Jaguar, o I-Pace. O SUV plugado na tomada usa dois motores elétricos que somam 394 cv e 71 kgf.m de torque. Com tração integral, cumpre o 0 a 100 km/h em 4,8 s e promete autonomia de até 480 km.
Em 2018 nosso eterno tricampeão recebeu uma bela homenagem sobre quatro rodas. A McLaren apresentou no Salão de Genebra daquele ano o Senna GTR, um superesportivo com motor 4.0 biturbo de 800 cv e 81,6 kgf.m de torque máximo. O modelo acelera de 0 a 200 km/h em 6,8 s e pode chegar até a 340 km/h. No mesmo 2018, apareceu no Salão de São Paulo.
O Salão de Genebra também recebeu carro voador recentemente. A holandesa Pal-V mostrou um veículo com motor a gasolina e autonomia para 500 km de voo. No chão, o alcance é de 1.900 km. Na época, custava de 300 mil a 500 mil euros e o prazo para entrega era de até dois anos. Para "dirigir", de um jeito ou de outro, obviamente, é preciso ter formação de piloto.
A marca alemã de esportivos escolheu Genebra para marcar a despedida da antiga geração do 911. E no mais puro estilo "raiz". Na ocasião, a Porsche lançou um GT3 RS reestilizado, com motor aspirado seis cilindros do tipo boxer e 520 cv de potência.
O último Salão de Genebra aberto ao público, pelo menos foi com estilo. O evento suíço testemunhou a apresentação do Bugatto La Voiture Noir, o então carro mais caro do mundo - recentemente superado por um Rolls-Royce. A única unidade, inclusive, custava US$ 19 milhões e já tinha sido vendida. Chegou-se a especular que o dono fosse o craque português Cristiano Ronaldo, mas o modelo só ficou pronto agora em 2021 e o seu feliz proprietário continua no anonimato.