Paris, França - O Salão de Paris 2024 abre as portas nesta segunda-feira (14) como um resistente. Em tempos em que exposições de automóveis são escassas, a mostra francesa chega à 90ª edição com uma dualidade: a força da indústria nacional diante da evolução chinesa.
Embora tenha mais atrações para o público em termos de experiência, o evento sediado no centro de exposições Porte de Versalhes é um dos poucos que manteve o formato centenário e não mudou de casa. Se o emblemático Salão de Frankfurt foi para Munique, o Salão de Genebra (Suíça) mudou até de país, e vai ser sediado em Doha, no Catar.
Curiosamente, São Paulo adotou movimento antagônico e terá o Salão do Automóvel de volta em novembro de 2025. Será realizado no Distrito Anhembi, novo nome do centro de pavilhões que passou por reformas intensas, e que sediou a mostra paulista por décadas.
É provável que o evento brasileiro siga os moldes do que foi adotado em Paris. Em vez de quase uma centena de marcas com apresentações faraônicas em edifícios quilométricos, o formato agora foca em soluções tecnológicas e testes para que o consumidor possa mais sentir do que apenas ver.
A época em que montadoras guardavam lançamentos inéditos para a exposição também passou. A tríade francesa formada por Citroën, Peugeot e Renault marca presença, mas só a última guardou uma novidade para fazer estardalhaço. O Renault 4 é um SUV que revive um clássico da marca dos anos 60 na forma de um SUV elétrico com design que mistura elementos clássicos com modernos.
Já a dupla da Stellantis foi mais comedida, ainda que tenha atrações relevantes, especialmente para o mercado europeu. A Citroën traz as versões atualizadas da dupla C3 e C3 Aircross, enquanto o pequeno e carismático Ami ganha a versão Tower. Já a Peugeot joga os holofotes no e-408, versão elétrica do sedã médio.
Mas o plot twist é que o único carro totalmente novo no estande da Stellantis e que faz estreia global é de uma marca chinesa. O B10 é um SUV com porte de Jeep Compass e mais de 200 cv de potência. Ele foi desenvolvido pela Leapmotor, uma grife que já está sendo distribuída na Europa sob o guarda-chuva do conglomerado neerlandês.
O urbano T03 e o SUV C10 também são expostos pela marca, que também será oferecida em mercados do Oriente Médio e da América do Sul. O Brasil e o Chile estão no roteiro e devem começar a operar a partir de 2025.
Também tem origem na China o outro lançamento mundial de destaque em Paris. O Volkswagen Tayron é um SUV derivado do Tiguan L Pro, um SUV de sete lugares apresentado no Salão de Pequim, em abril.
O Tayron tem algumas adaptações para os mercados ocidentais, especialmente no visual. É possível que chegue ao Brasil, mas isso só deverá ocorrer quando ele começar a ser produzido no México.
Outro modelo que também merece atenção do público brasileiro é o Dacia Bigster. Ele traz pistas do que deve estar presente no novo SUV da Renault, que será produzido no Paraná a partir do segundo semestre de 2025. Com nome de projeto R1312, este modelo deve ter a mesma plataforma e porte do Bigster, além de boa quantidade de componentes.
O SUV lançado pela subsidiária da Renault tem 4,57 metros de comprimento e pode ser considerado uma versão esticada do Duster, ainda que tenha suas particularidades em design e acabamento.
Havia rumores de que este seria um SUV de sete lugares, mas o modelo foi restrito a duas fileiras de bancos e tem um chamativo porta-malas de 667 litros. Essa é uma das cartas fortes que podem estar presentes no futuro modelo nacional da Renault, em uma briga travada no segmento de Compass e Toyota Corolla Cross.
Algumas outras novidades em Paris também devem chegar às ruas brasileiras em breve. É o caso de novas gerações e facelifts de marcas alemãs, como os BMW Série 1 e X3, além do Audi A6, que agora é totalmente elétrico, a terceira geração do Q5, que ainda não tem data para chegar ao Brasil, e o novo Q6, que já está em pré-venda no Brasil por R$ 529.990 (entregas acontecem em dezembro) e faz sua primeira aparição em um salão.
Mas quem deve despertar maior curiosidade do público francês são as diversas marcas chinesas que vão entrar no mercado em breve. Xpeng G6 e GAC Aion V chegam para rivalizar com o Tesla Model Y. Já Skyworth e Hongqi apresentam-se com uma gama mais completa. Esta última é a montadora mais antiga em operação na China.
A ascensão que o Brasil viu recentemente com Great Wall, Neta, Zeekr e BYD é vista com atenção na Europa. Não por acaso, a União Europeia aprovou taxas provisórias de até 36% sobre veículos importados da China. A França foi a favor da medida.
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