Salão do Automóvel, no Anhembi, voltará em 2025

Sete anos depois, o tradicional evento teve sua data confirmada para 22 de novembro a 1º de dezembro do próximo ano

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Fernando Calmon
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Sete anos depois, o tradicional Salão do Automóvel acaba de ter sua data confirmada. Será de 22 de novembro a 1º de dezembro do próximo ano - e confirma informação que adiantei seis meses atrás sobre onde se realizaria.

Ao longo do tempo, surgiram dúvidas sobre o local exato em razão de negociações. Desta vez, porém, prevaleceu a óbvia escolha do Distrito Anhembi, o pavilhão no centro de São Paulo agora totalmente reformado do piso ao teto.

Desapareceram aquelas grandes colunas metálicas internas em diagonal que enfeiavam o visual, mas era a tecnologia disponível à época, quando o pavilhão foi inaugurado em 20 de novembro de 1970. O ar-condicionado levou décadas para instalação: apenas em 2016.

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Salao Do Automovel 2018
O Salão do Automóvel voltará a ser realizado em 2025 - e no clássico Distrito Anhembi
Crédito: Divulgação
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O Distrito Anhembi é privilegiado pela localização, infraestrutura de transporte e estacionamento para cerca de 6 mil veículos. O local anterior, São Paulo Expo, era menos central e sem mais necessidade de uma área tão grande.

Os salões de automóveis internacionais encolheram e o de Genebra desapareceu. A organização continuará de responsabilidade da empresa inglesa Reed Exhibitions, rebatizada de RX Brasil. A Anfavea, no entanto, assumirá maior protagonismo.

Possivelmente, poderá haver comercialização nos estandes, antes vetada, mas o Festival Interlagos demonstrou que é uma nova tendência. Em 2018, o Salão do Automóvel atraiu 742 mil visitantes.

Mercado terá 2024 bem melhor; Fenabrave previu já em abril

O balanço de vendas de setembro e do acumulado do ano permite projetar que haverá crescimento além do previsto pela Anfavea. A Federação Nacional da Distribuição de Veículos (Fenabrave) tinha detectado, desde o início do segundo trimestre, uma movimentação acima do esperado nos salões de exposição das concessionárias.

O mês passado contabilizou 236.300 veículos leves e pesados vendidos. A alta foi de 19,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, e é recorde para o nono mês do ano nos últimos 10 anos. Perde, entretanto, para as 245 mil unidades de dezembro de 2023. No acumulado de 2024, as vendas já somaram 1,86 milhão de unidades - volume 14,1% superior ao do mesmo período de 2023.

As vendas de veículos leves no mercado brasileiro, este ano, têm superado as expectativas
Crédito: Divulgação
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Maurício Andreta Jr., presidente da Fenabrave, reafirmou o bom momento e continuará até dezembro. Já a Anfavea admitiu que o mercado subiu além do previsto com uma média diária de vendas 13,8% superior à de setembro do ano passado. Márcio Leite, presidente da associação dos fabricantes, disse que os números ainda poderão mudar até o final de 2024 em razão do aumento previsto das taxas de juro ao consumidor puxadas pelos aumentos da Selic.

Realmente, os compradores podem estar se antecipando aos juros maiores previstos para os próximos meses e o início de 2025. Contudo, ainda falta assegurar uma normalidade de 70% de vendas financiadas e 30% à vista. Hoje, cerca de 50% ainda são à vista.

A Anfavea apontou que o acumulo de importação chinesa nos portos "atrapalhou a logística no fluxo de peças do exterior para produção local". Na realidade só a BYD trouxe carros em massa para fugir do aumento do imposto de importação sobre elétricos, agora em "suaves" saltos até 2026. Afinal, um erro de avaliação do governo federal: o cronograma acabou sob medida para apenas uma marca.

Basalt, terceiro novo produto Citroën, afinado ao mercado

Os SUVs cupês têm atraído atenção e o Basalt atende a este segmento. Não se trata exatamente de um SUV, e sim de um crossover. Mas consegue se diferenciar do Fiat Fastback, ambos produtos da Stellantis. Há equilíbrio de linhas, com destaque para as grandes lanternas traseiras que se estendem até as laterais, o conjunto ótico dianteiro e a curvatura do teto.

O Citroën Basalt chegou fazendo barulho principalmente por ter preços agressivos
Crédito: Divulgação
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A distância entre-eixos, de 2,64 metros, garante bom espaço interno, em especial para cabeças no banco traseiro. O carro ainda tem comprimento de 4,34 m; largura de 1,82 m e

altura de  1,58 m. O porta-malas para 490 litros também muito bom, embora ligeiramente inferior ao do Fastback (516 litros).

O motor é o mesmo de origem Fiat: 1.0 litro turbo, com 130 cv de potência e 20,4 kgf.m de torque (etanol ou gasolina), assim como o câmbio CVT de sete marchas. A fábrica indica aceleração de zero a 100 km/h em 8,4 segundos.

Esse conjunto se revelou bem adequado aos usos urbano e rodoviário, com respostas imediatas ao acelerador, freios bem dimensionados e direção precisa durante primeira avaliação entre São Paulo e a Fazenda Capuava, em Itu (SP).

O Citroën Basalt exibe suspensões bem afinadas: não são rígidas nem macias demais
Crédito: Divulgação
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A posição do volante, com boa definição de centro, peca pela falta de regulagem de

distância e a de altura sem amortecimento (queda livre). As suspensões são firmes, mantêm conforto em pisos irregulares, nem muito duras e nem macias em excesso, dentro do alto padrão da engenharia brasileira em geral.

O pacote de segurança, embora razoável, deixa de fora itens caros como faróis com LEDs e alerta de colisão frontal. Em contrapartida, apresenta preços competitivos entre R$ 89.900 e R$ 107.390.

Hyundai Creta 2025 recebe primeira atualização mais profunda

A harmonia de linhas marca a primeira grande mudança estética da segunda geração, surgida três anos atrás. Grade, para-choque, faróis e um filete de LED de um lado ao outro mostram uma frente inteiramente nova.

Na traseira, o Creta 2025 recebeu lanternas interligadas de ótimo efeito visual, que se completam com um para-choque também redesenhado. Há novas rodas de liga leve diamantadas.

O Hyundai Creta recebeu profundas mudanças estéticas na primeira alteração da segunda geração
Crédito: Divulgação
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No interior, destaque para duas telas integradas de 10,25 polegadas. As versões Ultimate e N-Line foram lançadas simultaneamente. Mantiveram-se as dimensões externas com simbólica mudança de 2 cm no comprimento.

Mecanicamente, o novo motor 1.6 turbo com injeção direta substituiu em boa hora o anterior 2.0 litros de aspiração natural. Agora, o carro dispõe de 193 cv e 27 kgf.m, apenas na versão a gasolina. O câmbio é automatizado de sete marchas, com duas embreagens.

Na primeira avaliação, em Itu (SP), apenas com o motor mais potente entre todos os SUVs compactos do mercado, a mudança é muito marcante - com respostas imediatas e aceleração de zero a 100 km/h em apenas 7,8 segundos. Ótima estabilidade em curvas.

O nível de ruído é outro destaque do novo motor do Creta. Sistemas de segurança (ADAS, em inglês), testados à parte, corresponderam ao esperado. Os preços foram mantidos: R$ 141.890 a R$ 182.090. Só na versão de topo Ultimate, com o novo motor, mais R$ 2 mil (R$ 189.990).

Ford Ranger Black tem o preço mais competitivo do mercado

A picape média na versão de entrada da Ford recebeu pequenas melhorias de acabamento, especialmente no interior, além de itens de decoração externa. Substitui a versão anterior XLS e o preço de R$ 219.990 bota a Ranger Black numa posição

privilegiada frente aos concorrentes diretos.

A nova versão Black substitui a antiga XLS na linha Ford Ranger e rem preço competitivo: R$ 219.990
Crédito: Divulgação
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Manteve inalteradas as especificações de tração 4x2, o câmbio automático de seis

marchas e o mesmo motor diesel de 170 cv e 41,2 kgf.m, agora também fabricado na Argentina - o que costuma ajudar na redução de custos.

No interior, o volante é revestido em couro. Os bancos não recebem esse material, mas seu aspecto melhorou bem, assim como a resistência da forração. Com um pormenor bem-humorado nas laterais dos bancos dianteiros da famosa frase em inglês de Henry Ford: "So long as it’s black".

Ele se referia a que o cliente poderia escolher qualquer cor de carroceria desde que fosse o

preta, no começo do século 20. Além da padronização, a tinta secava mais rápido.

Apesar do nome Black, a cor da carroceria não se limita unicamente ao preto: também pode em branco, prata e azul.

BMW investe R$ 1,1 bilhão e confirma híbrido plugável

Em abril último, a fabricante alemã já havia anunciado que produziria aqui o primeiro híbrido plugável premium do país, ao iniciar a comemoração de 10 anos de instalação da fábrica de Araquari (SC).

Agora, além de revelar o investimento de R$ 1,1 bilhão de reais, entre 2025 e 2028, confirmou o início de fabricação do X5 híbrido plugável na versão a gasolina. Atualmente importado dos EUA, o SUV médio-grande deverá ser produzido localmente a partir de novembro.

A versão híbrida plugável do BMW X5 será produzida no Brasil a partir de novembro
Crédito: Divulgação
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Milan Nedeljković, responsável pela produção e membro da administração mundial da BMW, na sede em Munique, veio ao Brasil para o anúncio do desembolso e do início das vendas nas próximas semanas. O diretor também não descartou uma futura versão híbrida flex, que estaria nos planos, se houver demanda.

A BMW já reúne experiência com este desenvolvimento desde seus primeiros motores do tipo, ao projetar o sensor de etanol junto ao sistema de injeção, bem mais preciso e confiável que o utilizado comumente após o catalisador.

Há ainda intenção de produzir outros modelos no país e também híbridos, como confirmou a presidente da operação local, Maru Escobedo. Uma vantagem competitiva da marca da Bavária alemã é utilizar a mesma carroceria para oferecer carros com motores a combustão, híbridos e elétricos.

Isso foi reconhecido até pelo jornal americano The New York Times, ao afirmar que a estratégia surtiu efeito nas vendas, algo de que os concorrentes duvidavam. Entretanto, a BMW já exibiu protótipos de um sedã e de um crossover específicos para motorização elétrica. Deverão estrear até 2026 - em alemão, a Neue Klasse (Nova Classe).

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