A Stellantis e a startup chinesa Leapmotor oficializaram nesta terça-feira (14) a formação da joint venture Leapmotor International. A sociedade tem o objetivo de comercializar modelos desenvolvidos pela empresa asiática em mercados globais, incluindo o Brasil.
Inicialmente, serão oferecidos dois modelos: o subcompacto T03 e o SUV médio C10. O mercado europeu será o primeiro a receber esses carros, mas já está nos planos a expansão da parceria para outros mercados internacionais, incluindo os da América do Sul.
Os carros da Leapmotor não vão substituir os automóveis das marcas da Stellantis. Serão tratados como produtos complementares e com foco em custo-benefício.
Os primeiros carros da joint venture começarão a ser vendidos na Europa em setembro e a expectativa da sociedade é fechar o ano com 200 pontos de venda. Para 2026, a meta é atingir 500 lojas.
Até o fim do ano, o plano prevê que os produtos da Leapmotor passarão a ser comercializados também no Oriente Médio, Ásia, África, no Brasil e no Chile.
Lançado na China em 2020, o T03 é um subcompacto de dimensões bem reduzidas e perfil puramente urbano. Com 3,62 metros de comprimento, 1,65 m de largura, 1,61 m de altura e entre-eixos de 2,40 m, é um carro menor que concorrentes como o Renault Kwid E-Tech e o BYD Dolphin Mini.
Na China, são três opções de motorização: 54 cv, 75 cv e 109 cv, com baterias de 21,6 kWh, 31,9 kWh e 41, kWh, respectivamente. Já a velocidade máxima é limitada a 100 km/h. Na variação de maior autonomia, o alcance é de 265 quilômetros no ciclo de rodagem WLTP.
Mostrado no ano passado, o C10 é um bicho bem diferente. Com 4,74 m de comprimento, 1,90 m de largura, 1,68 m de altura e entre-eixos de 2,83 m, é um SUV médio grandalhão, maior que o também chinês BYD Yuan Plus e quase do mesmo tamanho de um Jeep Commander.
Apesar disso, é vendido no mercado chinês apenas em variações de cinco lugares. Mesmo com essas dimensões externas bem generosas, o porta-malas tem apenas 370 litros de capacidade. Ou seja: o espaço para os passageiros provavelmente é bem amplo.
No país asiático, o C10 tem duas opções de configuração mecânica, ambas com o motor traseiro de 231 cv. A mais cara delas tem uma bateria de 52,9 kWh, e pode rodar até 530 quilômetros no ciclo chinês CLTC.
Uma opção mais acessível é o carro com a bateria de apenas 28,4 kWh. A explicação para isso é que a Leapmotor optou por instalar nesse C10 um propulsor 1.5 de quatro cilindros que tem como função exclusiva funcionar como um extensor de autonomia. Arranjo semelhante ao visto no antigo BMW i3, e que garante ao SUV uma autonomia de 1.190 quilômetros no ciclo CLTC.
Outro ponto forte do modelo é o pacote tecnológico, com itens como sistema de direção semiautônomo, painel digital e multimídia de tela grande (14,6 polegadas) com assistente de voz e sistema de reconhecimento facial, além do ar-condicionado de duas zonas com sistema de purificação do ar e chave NFC.