Os executivos da Volvo devem estar bem felizes com os resultados do EX30. Em três meses, o menor e mais barato modelo da gama ultrapassou a marca de mil unidades emplacadas no Brasil.
Para ser mais exato, até junho, 1.165 unidades do modelo tinham sido registradas no país. O volume pode parecer pequeno, mas é bem significativo para uma marca premium. Só para ser ter uma ideia, as 666 unidades do SUV compacto elétrico emplacadas apenas em junho corresponderam a 58% dos emplacamentos da Volvo no período.
Desempenho que contribuiu para que a marca sueca fechasse junho com um total de 1.148 emplacamentos. O melhor resultado da história do braço automotivo da empresa no Brasil. O recorde anterior, de 1.066 unidades, tinha sido atingido em dezembro do ano passado.
Qual é o segredo do EX30? O primeiro deles é, justamente, o preço. Com versões entre R$ 229.950 e R$ 293.950, o elétrico feito na China é consideravelmente mais barato que o XC40, SUV elétrico que parte de R$ 342.950 e era o carro mais barato dos suecos até a chegada do novato.
Com o EX30, a Volvo entrou para brigar em segmento até então não explorado pela empresa, oferecendo um produto na mesma faixa de preço de carros generalistas, como o elétrico BYD Yuan Plus (R$ 229.800) e o híbrido GWM Haval H6 (R$ 279 mil na versão PHEV34). Modelos maiores, mas sem o apelo de marca premium do EX30.
Tanto que, segundo a própria marca, metade dos compradores da pré-venda nunca teve um automóvel premium e impressionantes 87% estão em seu primeiro Volvo.
Tive a oportunidade de rodar com um exemplar da versão topo de linha Ultra, que sai por R$ 293.950 e tem a bateria de 69 kWh, que permite ao modelo rodar até 338 quilômetros com uma carga de bateria.
Mesmo nessa versão mais cara, o EX30 é um carro que faz sentido para quem não precisa de espaço e vai rodar a maior parte do tempo na cidade.
É um elétrico MUITO bem acertado e que anda bem. Mas a cabine apertada, o acabamento regular e os comandos pouco intuitivos são pênaltis que precisam ser considerados antes da compra.