Já imaginou o mundo no qual não é necessário dirigir e nem ter um motorista, no qual os carros andam sozinhos e, até no táxi, não é necessário manter aqueles assuntos de sempre: falar mal dos políticos ou do seu time de futebol que está jogando mal? A Tesla planeja este cenário para 2020 nos Estados Unidos e por isso está investindo pesado com uma nova parceira: a Samsung.
"Provavelmente daqui a dois anos faremos um carro sem volantes ou pedais", previu Elon Musk, presidente da Tesla, embora reconheça que está sempre atrasado com suas promessas. De acordo com o site AutoNews, Musk apresentou o novo microchip que vai equipar os veículos elétricos da Tesla, microtecnologia que será suficiente para fazer as leituras necessárias que um veículo autônomo precisa para rodar com segurança.
Esse microchip é feito pela Samsung do Texas e vai mostrar, segundo Musk, uma vantagem em relação aos equipamentos que seus concorrentes estão desenvolvendo no campo da direção autônoma. Ainda segundo a nota, a Tesla substituiu a gigante Nvidia, que fornecia a tecnologia de seus computadores para desenvolver os veículos que dirigem sozinhos de Musk. Agora o Model S, Model X e Model 3 passam a utilizar o chip da Samsung.
Mas a Nvidia afirma que um microchip não vai ser suficiente para que a fabricante de veículos elétricos mantenha o desenvolvimento do veículo autônomo, pois "não há como comparar a performance de um computador, que trabalha com diversos sensores, com apenas um chip."
"Daqui um ano teremos mais de 1 milhão de veículos autônomos rodando", afirmou Musk. Mas muitos criticam o que o executivo afirma ser "100% autônomo", pois ele considera o nível 4 de automação como o suficiente para seus veículos serem considerados totalmente autônomos. Mundialmente, os padrões de um carro que dirige o tempo todo sozinho pertencem ao quinto nível, no qual não é necessária intervenção do motorista em momento algum. Mas os Tesla, até agora, só foram desenvolvidos até o nível quatro, no qual o motorista tem de dirigir quando o veículo sai da área preparada para a leitura de seus sensores (como em cidades menos equipadas, por exemplo).
"A mensagem fundamental que os consumidores devem tirar hoje é que é loucura financeira comprar algo que não seja um Tesla. É como comprar um cavalo", disse Musk, como se a marca fosse a única empresa a ter um conjunto completo de hardware autônomo.
Um dos motivos desse discurso é porque Musk deseja atrair mais investidores para seus negócios, como as grandes empresas de tecnologia, a Uber e startups, o que não significa que ele esteja pensando na segurança dos passageiros que estiverem à bordo de um Tesla. O que queremos é que a tecnologia se torne acessível, que seja mais segura que o cenário atual e que venha logo.