Usado Novo: o bom custo-benefício do Cobalt

Espaçoso e robusto, o sedã da Chevrolet, que saiu de linha em 2020, pode ser encontrado com preço de subcompacto

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Lucas Cardoso
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A principal virtude do Chevrolet Cobalt sempre foi a relação custo-benefício. Tirado de linha no início de 2020, o modelo era confiável, espaçoso, razoavelmente confortável e ainda tinha porta-malas latifundiário. Se nos primeiros anos não era lá muito bonito, ficou bem melhor quando passou por uma reestilização. Aí o conjunto da obra ficou ainda mais atraente.

Queridinho de taxistas e motoristas profissionais, o modelo chegou ao mercado na fase de renovação da Chevrolet, em 2011. Na época, a marca se despedia dos carros baseados na Opel e passava a adotar uma nova arquitetura.

O sedã foi reestilizado pela Chevrolet na linha 2016 e ganhou um visual que permanece atual
Crédito: Divulgação
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Mecânica duradoura

Em sua primeira linha, ano 2012, o Cobalt tinha apenas uma opção de motor. Vinha com o conhecido quatro cilindros 1.4 Familia I, com comando de válvulas simples, correia dentada e injeção eletrônica multiponto. Combinado apenas com transmissão manual, de cinco marchas, o motor rendia até 102 cv de potência a 6.200 rpm e 13 kgf.m de torque a 3.200 rpm.

Na linha seguinte, o modelo ganhou um novo conjunto formado pelo motor 1.8, que era casado a um câmbio automático de seis velocidades. O conjunto mudou pouco a potência do Cobalt, que passou para 107 cv, mas entregava uma melhora sensível no torque, de 17 kgf.m, na mesma faixa de rotação do 1.4.

A motorização foi a mesma até 2017, quando a Chevrolet decidiu atualizar os motores para enquadrá-los nos novos padrões de eficiência energética. Com isso, os dois conjuntos aspirados ganharam potência e ficaram mais econômicos.

As medidas do sedã proporcionam bom espaço interno para até cinco pessoas
Crédito: Divulgação
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Manutenção descomplicada

Usados ainda em outros modelos, como na minivan Spin e também no Onix, os motores eram manutenção e peças de reposição fáceis. Não que isso signifique que ele precisasse de manutenção frequente. Pelo contrário: relatos de problemas nos motores do Cobalt até hoje são raros.

Mas nem tudo são flores. A falta do indicador de temperatura do motor no painel é um dos motivos das queixas dos motoristas. Saindo do motor, a suspensão, um pouco mais dura, também sempre sofreu críticas. Mas pelo menos aguentava os trancos de nossa ruas esburacadas. Também houve relatos desgaste prematuro nos discos de freios.

O enorme porta-malas do Cobalt foi destaque desde sua chegada no mercado
Crédito: Divulgação
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Espaço interno

Mas do espaço interno não há reclamações. O sedã tinha 4,48 m de comprimento, 1,73 m de altura e espaçosos 2,62 m de entre-eixos. Exceto para jogadores de basquete e outras pessoas muito compridas, havia espaço suficiente para cruzar e descruzar as pernas sem dificuldades dentro do carro.

E não parava por aí. Com 563 litros de capacidade, o porta-malas do Cobalt também era impressionante. Dava para colocar GNV e, mesmo assim, manter boa capacidade para bagagens. Daí o sucesso do sedã na praça.

Bonito e bem equipado

No visual, o Cobalt ganhou pontos a partir da linha 2016, quando recebeu uma reestilização. A "virada" deixou dianteira e traseira mais atuais, com faróis e lanternas afiladas e elegantes - antes, o carro tinha "olhos esbugalhados". No interior, o sedã sempre foi um tanto básico, mas com acabamento honesto.

A lista de equipamentos do modelo sempre foi interessante. Nos últimos anos, por exemplo, tinha de série direção com assistência elétrica, airbags frontais, ABS, vidros e retrovisores elétricos, banco bipartido e ar-condicionado.

Também havia cintos de segurança três pontos para todos, assim como encostos de cabeça. Nas versões mais completas, o modelo adicionava sensor de estacionamento traseiro, câmera de ré, monitor de pressão dos pneus, faróis de neblina, rodas de liga leve e central multimídia My Link, com comandos no volante.

O interior tinha acabamento em dois tons, central multimídia com espelhamento e volante multifuncional em algumas versões
Crédito: Divulgação
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Boa alternativa

O conjunto era o suficiente para manter o modelo competitivo, mesmo três anos após sua partida. Comparado com modelos atuais, especialmente com as versões de entrada, o sedã pode ainda ser uma ótima alternativa para quem busca um carro espaçoso e bem-disposto.

É claro que é preciso procurar as unidades em bom estado de conservação e, de preferência, com quilometragem razoável. Nessas condições, encontramos algumas unidades no estoque da Webmotors.

A primeira unidade, na versão 1.8 LTZ, com câmbio manual, ano 2019, é anunciada por um proprietário de São Paulo (SP). De único dono e com apenas 49 mil quilômetros rodados, o sedã é anunciado por R$ 63 mil. O valor é cerca de R$ 3 mil abaixo do apontado na tabela Fipe. Nessa configuração, o sedã tem rodas de liga leve e interior em couro sintético marrom.

Em São João de Meriti (RJ), outro proprietário quer vender seu Cobalt, ano 2018, versão 1.8 LTZ, que tem câmbio automático, por R$ 58 mil. De acordo com o proprietário, o modelo só tem 40 mil quilômetros rodados e está anunciado por cerca de R$ 10 mil abaixo do valor pedido na Fipe por ter pendências de licenciamento e IPVA de 2022.

Nessa mesma linha, ano 2018, encontramos uma unidade com motor 1.4, versão LT, com pouco mais de 52 mil quilômetros rodados. O proprietário de Osasco (SP) pede R$ 54.900 pelo sedã, o que é pouco mais de R$ 3 mil acima da tabela Fipe. Além dos itens de série, o modelo tem rádio MP3 instalado pelo proprietário.

 

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