Usado Novo: o primeiro HB20 ainda é ótimo negócio
Com mecânica, visual e recheio satisfatórios, esse hatch da Hyundai vendeu bem até sua despedida e ainda é cobiçado
A primeira geração do Hyundai HB20, lançada em 2012, causou um alvoroço no mercado dos hatches por conta do seu estilo. Era diferente de tudo que estava disponível no mercado, mas não causava estranheza - e, por isso, fez sucesso logo de cara.
Não era só estilo, é claro. O modelo também sempre foi elogiado por seu acabamento, mecânica e pela boa lista de equipamentos oferecidos já de série. Era um bom conjunto e, por isso, conquistou os consumidores brasileiros.
Feito para o Brasil
Aliás, o sucesso fazia sentido, já que o nosso mercado era justamente o alvo do modelo - que foi produzido especificamente para o Brasil. O nome HB, inclusive, veio de Hyundai Brasil.
Na parte mecânica, o hatch teve duas opções nos primeiros quatro anos. A primeira alternativa, da família Kappa, era o 1.0 12V três cilindros, que rendia 80 cv de potência e 10,2 kgf.m de torque. Na medida para um compacto urbano.
A segunda opção era o Gamma 1.6 16V aspirado, capaz de render até 128 cv de potência e 16,5 kgf.m de torque. O câmbio manual de cinco marchas poderia ser casado com as duas motorizações, mas o 1.6 tinha versões automáticas.
Eficiência e desenvoltura
Os dois motores eram elogiados pelo consumo e pela elasticidade, uma característica associada aos modelos que desenvolvem bem ao serem exigidos. Os HB20 com motor 1.0 Kappa, por exemplo, podiam fazer até 14,5 km/l de gasolina, segundo o Inmetro.
Apesar da mecânica elogiada, o HB20 atraía mesmo pelos olhos. O visual do modelo tinha faróis espichados, capô inclinado, linha de cintura bem demarcada, vincos de bom gosto e uma traseira acertada, que agradava ainda mais pelas lanternas. O conjunto de iluminação traseiro começava na lateral e invadia a tampa do porta-malas.
O visual interno também tinha seus méritos. A combinação de texturas plásticas, mesmo que simples, botava o Hyundai um pouco à frente de concorrentes contemporâneos como o Chevrolet Onix e o Fiat Uno.
Tamanho era na medida
Mas nem tudo era perfeito. O espaço interno, por exemplo, era apenas razoável. Com 3,90 m de comprimento, não havia muito para onde fugir. O entre-eixos de 2,50 m e a largura de 1,68 m deixavam o espaço na cabine um tanto justo. Especialmente na segunda fileira, que tinha nas janelas estreitas um outro senão. Isso porque a área envidraçada relativamente pequena reduzia a sensação de amplitude. Por outro lado, o porta-malas era satisfatório: 300 litros.
A lista de equipamentos do hatch em 2012, já na linha 2013, incluía airbags frontais, ar-condicionado, direção assistida, ajuste de altura no banco do motorista e computador de bordo. E ainda podia ter rádio com USB e volante multifuncional.
Nas versões mais completas, o modelo adicionava faróis de neblina, rodas de liga-leve, sensores de estacionamento, faróis automáticos, retrovisores elétricos e outros itens. Nada mal para um hatch compacto. Na linha 2014, um ano depois, o modelo já era oferecido com central multimídia.
Melhor opção
É a partir desse ano, inclusive, que encontramos as melhores opções do hatch. Os preços do modelo podem variar, mas a maioria deles está bem abaixo do que é pedido por um hatch de entrada zero-quilômetro. No estoque da Webmotors, o preço dos modelos Hyundai de primeira geração começam em R$31.950.
O importante, além do preço, é buscar um modelo também que esteja em boas condições e que tenha baixa quilometragem. Por isso, selecionamos algumas unidades que rodaram pouco e podem ser boas escolhas.
O primeiro da lista é a versão 1.0 Comfort Plus, ano 2015, de um proprietário de Recife (PE). Com pouco menos de 21 mil quilômetros rodados, o modelo é anunciado por R$ 45.900. O valor é cerca de R$ 3 mil abaixo da Fipe. O desconto deve cobrir a despesa com serviços de funilaria no para-choque e na lateral direita, que têm pequenos ralados. Apesar disso, vale pela pouca rodagem.
Em Pedro Leopoldo (MG), um proprietário aceita se desfazer do seu HB20 versão 1 Million 1.6 automática, ano 2019, por R$ 64 mil. O modelo tem apenas 42 mil quilômetros rodados no hodômetro e um estado de conservação impecável. A pedida do proprietário, para completar, está R$ 6 mil abaixo da Fipe.
Por último, um proprietário de São José dos Campos (SP), anuncia o seu modelo versão 1.0 Unique, ano 2019, por R$ 50 mil. O modelo tem apenas 45 mil quilômetros rodados e um pequeno detalhe no capô. O valor pedido é R$ 5 mil abaixo do que é sugerido pela tabela Fipe. A versão tem rodas de liga leve, ar, vidros elétricos, rádio e volante multifuncional.
