Era uma pegada mais bem acabada, especialmente em elação ao irmão menor. Com isso, o Punto se tornou um carro desejado pelos consumidores do segmento hatch. Talvez por isso, o dois volumes tenha o estilo como um dos seus pontos mais elogiados pelos motoristas.
Mas a lista de equipamentos, o conforto a bordo, a dirigibilidade e a mecânica são outros pontos citados por quem já teve ou tem o hatch.
Mecânica confiável
Nesse último quesito, aliás, o modelo fez valer a força da Fiat em entregar conjuntos confiáveis. Um exemplo é o 1.4 Fire, que fez parte de toda a linha, do lançamento em 2007 até o último ano de fabricação do Punto, em 2017.Embora não tivesse um desempenho tão forte, o propulsor era confiável e tinha manutenção descomplicada. O quatro cilindros rendia até 85 cv de potência a 5.750 rpm, com torque de 12,4 kgf.m a 3.000 rpm.
Além do conjunto original Fiat, as primeiras linhas do hatch também ofereceram o motor trazido da Chevrolet, o GM Família 1, com 1.8 litro. O motor fazia a potência do Punto saltar para até 115 cv e 18,5 kgf.m de torque.
Versão T-Jet
O repertório do hatch ficou mais interessante logo na linha seguinte, em 2010, com a entrada da versão T-Jet - até hoje desejada por muitos. Era equipada com um motor 1.4 turbo a gasolina, com injeção multiponto e duplo comando de válvulas no cabeçote.A unidade entregava interessantíssimos 152 cv de potência com 21,1 kgf.m de torque, e ainda tinha câmbio manual de cinco marchas. Com a dupla, o modelo fazia de zero a 100 km/h em apenas 8,6 segundos. Antes, as duas versões disponíveis do hatch passavam fácil dos 10 segundos para atingir a mesma marca.
Depois da versão T-Jet, foi a vez da inclusão dos motores E.torQ 1.6 e 1.8, que aposentaram o 1.8 da GM. A linha 2010 também marcou a chegada das versões com câmbio automatizado Dualogic, que tanto no modelo quanto em outros Fiat jamais foi bem avaliada pelos usuários. Não por acaso caiu no esquecimento...
Visual europeu
O design do Punto era seu ponto forte. Os faróis com formato pontudo, a dianteira de aspecto baixo e o leve caimento da coluna "C" davam uma pegada mais emotiva e moderna para o hatch. As lanternas verticais, instaladas nas extremidades do vidro, estava em alta na época.A primeira mudança no visual aconteceu em 2012, quando o modelo ganhou novos para-choques, trocou a grade dianteira por um friso cromado e passou por um rearranjo dos faróis e lanternas.
O design, atual até hoje, acompanhava o que era feito na versão Evo do Punto europeu. Esse, aliás, foi o design do modelo até o fim da sua produção.
Bem equipado
Já na primeira linha, o Punto oferecia equipamentos interessantes para a época, como o sistema Blue&Me que permitia conexão sem fio com celular e possibilita o uso de comandos de voz para controle de chamadas, reprodução de áudio e até funções do GPS do aparelho.As versões mais completas, como a T-Jet, tinham uma lista bacana de equipamentos, mesmo para o mercado atual. A lista tinha ar-condicionado, trio elétrico (vidros, espelhos e travas), alarme e poderia sair até com seis airbags, sensores de estacionamento traseiro, faróis automáticos, controle de cruzeiro, bancos em couro, volante multifunção e teto solar panorâmico elétrico.
Boa alternativa
Como dissemos, o Punto sempre foi um modelo desejado no segmento dos hatches. As vendas do carro entre 2008 e 2013 deixam claro isso - no intervalo, o dois volumes chegou a emplacar mais de 40 mil unidades em dois anos. A competição, contudo, acabou freando esse avanço.A primeira briga foi interna, com a chegada do Fiat Bravo, em 2011. E, depois, pelo lançamento de rivais de peso como Chevrolet Onix e Hyundai HB20, em 2014. À época, o Punto custava a partir de R$ 38.570, um valor bem superior aos das versões de entrada dos rivais.
No mercado atual de usados, a situação se inverte e o modelo passa a ser uma alternativa mais interessante. Vale destacar que, na nossa opinião, algumas versões podem ser melhor negócio mesmo contra modelos zero-quilômetro, como os subcompactos que partem de R$ 69.990.
Alternativa aos subcompactos
É claro que é preciso ficar atento às condições do carro. Busque modelos bem cuidados e, se possível, com quilometragem baixa. Algo entre 60 mil e 80 mil quilômetros, a depender do ano do modelo, pode ser uma boa régua. O estoque da Webmotors tem algumas opções dentro desse perfil.A primeira unidade que encontramos é da linha 2013, versão Essence, com motor 1.6 E.torQ 16V e câmbio manual. O modelo é anunciado por um proprietário de São Paulo (SP) por R$ 36 mil e tem apenas 54 mil quilômetros rodados. De único dono, o hatch tem rádio com Bluetooth e volante multifuncional.
Já o dono dessa versão Sporting 1.8 manual, ano 2014, pede R$ 42.900 para se desfazer do hatch. De acordo com o anúncio, a unidade está em Barra Mansa (RJ) e tem pouco mais de 80 mil quilômetros rodados. A versão esportiva tem cintos vermelhos, painel com acabamento diferenciado e pedais em aço escovado.
Se você busca potência, porém, a melhor alternativa é a versão T-Jet. Encontramos essa unidade, ano 2013, na cor amarela e com pouco mais de 73 mil quilômetros rodados no hodômetro. O modelo turbo é anunciado por um proprietário de Nova Friburgo (RJ) por R$ 54.900. Pelas imagens do anúncio, a condição do carro é impecável, tanto na pintura quanto no interior.
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