No fim de 2019, a Fórmula 1 anunciou que passaria por mudanças radicais na temporada 2021. Só que a pandemia de covid-19 veio e fez os planos da categoria caírem por terra. Afetada, a F1 teve de adiar a revolução para 2022. Nem por isso, contudo, deixaremos de ter novidades este ano.
Listamos para você as novas regras da Fórmula 1 para a temporada 2021. Dê uma conferida para saber o que mudou na mais importante categoria do automobilismo, que dá a largada amanhã (domingo, dia 28), com o GP do Barein.
A partir de 2021, as equipes trabalharão com um limite orçamentário. Os times poderão gastar até 145 milhões de dólares - R$ 818 milhões em conversão direta. O teto foi imposto a fim de ajudar as escuderias em um difícil período econômico. A medida também irá equilibrar o pelotão.
O limite, porém, não inclui alguns pontos importantes do orçamento. Salário dos pilotos e dos três principais integrantes dos times, bem como gastos com marketing, não entram na conta.
Para diminuir em 10% o downforce dos carros, a F1 resolveu dar um basta às soluções das equipes no assoalho. Antes, os times podiam instalar elementos (como fendas) para melhorar a aerodinâmica e colar mais o carro no chão. Agora, o assoalho tem de ser totalmente liso, com cortes triangulares na traseira para diminuir a geração de downforce.
Com o objetivo de evitar que as equipes conseguissem mais downforce e, consequentemente, velocidade, a Fórmula 1 também foi mais rigorosa nos testes de carga. As soluções propostas para o assoalho servem para equilibrar a disputa. Também são mais fáceis e baratas, de forma a não prejudicar equipes menores.
Os dutos dos freios traseiros também passam por modificações. Os winglets inferiores sofreram redução de 120 mm para 80 mm. Já os superiores mantêm os 120 mm. A alteração nos dutos também tem como objetivo reduzir o downforce.
As cercas do difusor foram encurtadas em 50 mm. Isso fará, de acordo com a Fórmula 1, que os pilotos tenham mais dificuldades para manter os carros no prumo. Ou seja: quanto mais instabilidade (com segurança), mais diversão.
Para equilibrar ainda mais o pelotão, a Fórmula 1 passa a limitar o uso do túnel de vento e de simulações no CFD pelas equipes. Agora, a pior equipe no Mundial de Construtores do anterior passa a ter mais tempo para fazer uso desses recursos. Quem se beneficia com a medida em 2021 é a Williams, lanterninha em 2020.
A escala vai do pior ao melhor. Quanto mais alta a posição do time no Mundial, menos tempo de testes aerodinâmicos a equipe terá no ano seguinte. Caso uma nova escuderia entre na categoria, ela terá o mesmo tempo daquela que ficou na última posição no ano anterior.
Carros e unidades motrizes ficaram mais, digamos, gordinhas. Os carros passam de 746 kg para 752 kg, enquanto as unidades de potência passam de 145 kg para 150 kg.
Para 2021, a Pirelli diz ter tornado os compostos mais resistentes. Além disso, a empresa agora passa a selecionar os compostos de forma padronizada para todos os times. Serão dois jogos de pneus duros, três de médios e oito de macios. Antes, pilotos podiam escolher quais jogos levariam para os finais de semana de corrida.
A partir desta temporada, todos os treinos livres terão duração de 60 minutos. Com isso, a categoria espera que os TLs sejam mais dinâmicos e mais atraentes para os espectadores.