O carro à combustão parece estar fadado a deixar de existir nos próximos anos. A tecnologia se renova a cada dia, carros híbridos surgem durante essa fase de transformação, mas o mundo quer cada vez mais saber de novas propostas de mobilidade, como os carros elétricos e compartilhados.
Por isso, listamos abaixo cinco países - ou regiões - que já decidiram proibir no futuro as vendas de veículos movidos por motores térmicos. Lembra de algum outro? Deixe sua opinião no campo de comentários, no "pé" desta página.
No Brasil, a tendência - como também acontece em outras áreas da indústria - é o processo demorar mais. Mesmo assim, também apostamos nisso para o futuro. Quem sabe, daqui alguns anos, não vejamos diversos carros elétricos e postos de recargas espalhados por todos os lugares?
Como nos Estados Unidos as leis são definidas por cada Estado, selecionamos a Califórnia, o berço da Tesla, e Nova York, dois dos maiores representantes daquele país, para mostrar que até 2035 a venda de carros à combustão devem acabar por lá. Nova York, aliás, quer que a eletrificação total de seus automóveis seja concluída até 2045.
O plano do governo norte-americano é fazer com que 50% de todos os veículos zero quilômetro vendidos sejam elétricos até 2030. Apesar disso, é importante destacar que o atual presidente do país, Joe Biden, ainda não se predispôs a eliminar o carro a combustão até 2035.
Desde 2017 essa discussão acontece. O plano de alguns países europeus, como a França, era banir a venda de carros com motores térmicos até 2030. Mas agora, para a maioria dos países do conglomerado, a data oficial é 2035.
A partir de então, só veículos novos completamente elétricos poderão ser vendidos - mas essa decisão ainda depende de alguns tratados. A ação partiu da Comissão Europeia, entidade que representa os interesses socioeconômicos de 27 países do Velho Continente.
Mesmo assim, há alguns objetivos para serem cumpridos antes: até 2030, os fabricantes terão que reduzir as emissões dos veículos leves em até 55% - e para modelos mais pesados e comerciais, a determinação é reduzi-la em até 50%.
Fora da União Europeia desde janeiro do ano passado, o Reino Unido também tem planos para a eletrificação de sua frota e eliminação do carro a combustão. O país planeja zerar as emissões de carbono e fazer sua revolução industrial "verde" a partir de 2030. Para tal, o governo daquele país já injetou US$ 16 bilhões (R$ 85,6 bilhões) na economia interna.
De forma oficial, portanto, automóveis e utilitários com motor à combustão não poderão mais ser vendidos a partir de 1 de janeiro de 2030 no Reino Unido. O objetivo é zerar as emissões de carbono da região até 2050 - a fim de conter, claro, o avanço do aquecimento global. O prazo original era 2040, mas o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, já reduziu a data mais de uma vez.
O Japão, outro gigante do mercado mundial de carros, anunciou em dezembro do ano passado que planeja zerar sua emissão de carbono até 2050. Em outubro de 2020, o primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga também afirmou que o país investirá em veículos elétricos.
Um projeto para proibir a venda de veículos que rodam exclusivamente com motor à combustão (que, portanto, isenta os veículos híbridos) já foi definido e traçado pelos executivos japoneses. A ideia é de que sua venda seja banida a partir da metade da década de 2030, portanto também em 2035.
De acordo com o gabinete do primeiro-ministro, o governo também estabelecerá um planejamento para incentivar montadoras e consumidores a aumentar a produção e comercialização de carros híbridos e elétricos. Expectativa é de que a partir de 2030 ao menos 55% da frota japonesa já seja composta por carros eletrificados.
A Noruega entra em nossa lista por um motivo curioso: o país não pertence à União Europeia e é uma das nações com prazos mais curtos para a eletrificação. A ideia é de que até 2025 não exista mais venda de carros com motores térmicos. Acha próximo demais? Pois saiba que em 2020, segundos dados do governo norueguês, a venda de carros elétricos foi maior que a de carros com motores à combustão.
Parece tudo perfeito, mas há desafios, pois a longevidade de carros elétricos por lá não é boa, já que as baterias não são tão fãs do frio - de acordo com a temperatura chegam a perder quase 40% da capacidade, e isso significa que o EV terá que trocar sua peça mais cara em cerca de três anos, o que não é nada ecológico.
Embora seja produtora de petróleo, a Noruega quer eliminar os motores a gasolina e a diesel e para isso concede isenção total de impostos aos veículos 100% elétricos. As medidas têm feito do mercado automotivo daquele país um laboratório para as montadoras. Hoje, a Volkswagen lidera o ranking de vendas e compete diretamente com a Tesla como principal fornecedor de elétricos no país nórdico.