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Países onde o fim do carro a combustão já tem data

Fizemos uma seleção de locais que já definiram quando será proibida a venda de veículos com motores térmicos

por André Deliberato

O carro à combustão parece estar fadado a deixar de existir nos próximos anos. A tecnologia se renova a cada dia, carros híbridos surgem durante essa fase de transformação, mas o mundo quer cada vez mais saber de novas propostas de mobilidade, como os carros elétricos e compartilhados.
Por isso, listamos abaixo cinco países - ou regiões - que já decidiram proibir no futuro as vendas de veículos movidos por motores térmicos. Lembra de algum outro? Deixe sua opinião no campo de comentários, no "pé" desta página.
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Carro à combustão

No Brasil, a tendência - como também acontece em outras áreas da indústria - é o processo demorar mais. Mesmo assim, também apostamos nisso para o futuro. Quem sabe, daqui alguns anos, não vejamos diversos carros elétricos e postos de recargas espalhados por todos os lugares?

1. Estados Unidos (2035)

Como nos Estados Unidos as leis são definidas por cada Estado, selecionamos a Califórnia, o berço da Tesla, e Nova York, dois dos maiores representantes daquele país, para mostrar que até 2035 a venda de carros à combustão devem acabar por lá. Nova York, aliás, quer que a eletrificação total de seus automóveis seja concluída até 2045.
O plano do governo norte-americano é fazer com que 50% de todos os veículos zero quilômetro vendidos sejam elétricos até 2030. Apesar disso, é importante destacar que o atual presidente do país, Joe Biden, ainda não se predispôs a eliminar o carro a combustão até 2035.

2. União Europeia (2035)

Desde 2017 essa discussão acontece. O plano de alguns países europeus, como a França, era banir a venda de carros com motores térmicos até 2030. Mas agora, para a maioria dos países do conglomerado, a data oficial é 2035.

A partir de então, só veículos novos completamente elétricos poderão ser vendidos - mas essa decisão ainda depende de alguns tratados. A ação partiu da Comissão Europeia, entidade que representa os interesses socioeconômicos de 27 países do Velho Continente.
Mesmo assim, há alguns objetivos para serem cumpridos antes: até 2030, os fabricantes terão que reduzir as emissões dos veículos leves em até 55% - e para modelos mais pesados e comerciais, a determinação é reduzi-la em até 50%.

3. Reino Unido (2030)

Fora da União Europeia desde janeiro do ano passado, o Reino Unido também tem planos para a eletrificação de sua frota e eliminação do carro a combustão. O país planeja zerar as emissões de carbono e fazer sua revolução industrial "verde" a partir de 2030. Para tal, o governo daquele país já injetou US$ 16 bilhões (R$ 85,6 bilhões) na economia interna.
De forma oficial, portanto, automóveis e utilitários com motor à combustão não poderão mais ser vendidos a partir de 1 de janeiro de 2030 no Reino Unido. O objetivo é zerar as emissões de carbono da região até 2050 - a fim de conter, claro, o avanço do aquecimento global. O prazo original era 2040, mas o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, já reduziu a data mais de uma vez.

4. Japão (2035)

O Japão, outro gigante do mercado mundial de carros, anunciou em dezembro do ano passado que planeja zerar sua emissão de carbono até 2050. Em outubro de 2020, o primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga também afirmou que o país investirá em veículos elétricos.
Um projeto para proibir a venda de veículos que rodam exclusivamente com motor à combustão (que, portanto, isenta os veículos híbridos) já foi definido e traçado pelos executivos japoneses. A ideia é de que sua venda seja banida a partir da metade da década de 2030, portanto também em 2035.
De acordo com o gabinete do primeiro-ministro, o governo também estabelecerá um planejamento para incentivar montadoras e consumidores a aumentar a produção e comercialização de carros híbridos e elétricos. Expectativa é de que a partir de 2030 ao menos 55% da frota japonesa já seja composta por carros eletrificados.

5. Noruega

A Noruega entra em nossa lista por um motivo curioso: o país não pertence à União Europeia e é uma das nações com prazos mais curtos para a eletrificação. A ideia é de que até 2025 não exista mais venda de carros com motores térmicos. Acha próximo demais? Pois saiba que em 2020, segundos dados do governo norueguês, a venda de carros elétricos foi maior que a de carros com motores à combustão.
Parece tudo perfeito, mas há desafios, pois a longevidade de carros elétricos por lá não é boa, já que as baterias não são tão fãs do frio - de acordo com a temperatura chegam a perder quase 40% da capacidade, e isso significa que o EV terá que trocar sua peça mais cara em cerca de três anos, o que não é nada ecológico.
Embora seja produtora de petróleo, a Noruega quer eliminar os motores a gasolina e a diesel e para isso concede isenção total de impostos aos veículos 100% elétricos. As medidas têm feito do mercado automotivo daquele país um laboratório para as montadoras. Hoje, a Volkswagen lidera o ranking de vendas e compete diretamente com a Tesla como principal fornecedor de elétricos no país nórdico.

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