Não é de hoje que a Volkswagen se mostra como o fabricante tradicional mais interessado na produção de veículos elétricos. Após o Dieselgate - escândalo de emissões de poluentes - a empresa decidiu voltar suas forças para a energia limpa. Esta semana, os alemães anunciaram investimento de 73 bilhões de euros (R$ 463,1 bi em conversão direta) em novas tecnologias até 2025. Desse montante, 35 bi (R$ 225 bilhões) serão dedicados à eletrificação de seus modelos.
De acordo com o CEO do grupo Volkswagen, Herbert Diess, o objetivo dos alemães é desbancar a Tesla, hoje referência na produção de veículos elétricos. Diess afirmou que respeita a fabricante americana, mas garante que a VW tem alguns trunfos contra a empresa de Elon Musk.
"Eles (a Tesla) estão crescendo rapidamente. No entanto, nós temos mais carrocerias e, quando se trata de uma rede de concessionárias, devemos ter uma boa vantagem sobre a Tesla", comentou o CEO do grupo Volkswagen.
A empresa alemã quer ter ao menos 80 modelos e versões elétricas até o início de 2026. Todos serão construídos sobre a plataforma MEB. Aliás, por falar em produção, boa parte dos 35 bilhões deverão ser investidos na conversão de fábricas para a produção específica de produtos 100% eletrificados.
Um portfólio com mais carros elétricos garantirá à Volkswagen a possibilidade de vender os veículos por preços mais competitivos, capazes de bater de frente com os valores praticados pela Tesla. Além disso, os serviços de revisão dos automóveis nas autorizadas também deverão ser muito mais em conta que os oferecidos pela empresa californiana.
Em julho deste ano, Pablo di Si, presidente da Volkswagen Brasil e América do Sul, em entrevista ao InsideEVs, disse que a empresa já firmou parcerias a fim de melhorar a infraestrutura para veículos eletrificados no país. O executivo afirmou que seis estados receberão carregadores super rápidos a cada 150 km.
Segundo fonte estrangeira ligada ao grupo Volkswagen ouvida pelo WM1, o fabricante apostará em SUVs eletrificados no mercado brasileiro. Ainda de acordo com a fonte, a empresa quer começar a vender os produtos por aqui até, no máximo, 2027. Ela também confirmou que os modelos a serem comercializados em nosso território, como dito por Pablo di Si ao site especializado, já foram definidos.