A linhagem GTS está de volta! A Volkswagen apresentou nesta terça-feira (8), durante o Salão do Automóvel de São Paulo, o Polo GTS e o Virtus GTS, modelos que aparecem como conceito ainda, mas que já têm a garantia da marca alemã que serão produzidos e comercializados no Brasil. Datas e preços, no entanto, continuam sob sigilo absoluto.
Nesta configuração ainda conceitual, Virtus e Polo GTS estão equipados com motor 1.4 TSI Flex (quatro cilindros), que desenvolve até 150 cv de potência máxima e 25,5 kgf.m de torque, quando abastecido com etanol. A transmissão é automática de seis marchas (conversor de torque), com opção de troca manual pelas aletas atrás do volante ou pela alavanca do câmbio.
Apesar de não cravar, este deverá ser mesmo o conjunto mecânico (motor + câmbio) dos GTS, mantendo o propulsor 2.0 TSI de 230 cv de potência para o Golf GTI.
Informações com relação a performance – aceleração de 0 a 100 km/h, velocidade máxima, distância de frenagem e consumo de combustível – também não foram informadas, até por conta de os carros ainda serem conceitos.
Além de o foco estar em performance, a Volkswagen trabalhou muito bem a questão do design. Que os mal-humorados nos perdoem, mas Virtus e Polo GTS estão com um visual digno do clã que colecionou apaixonados com Passat GTS Pointer e Gol GTS nos anos 1980 e 1990. Em relação às versões ‘normais’, os GTS estão com uma atitude muito mais intimidadora.
A dianteira traz um para-choque com novos vincos próximos aos faróis de neblina, agregando músculos aos modelos. As grades superior e inferior têm textura em colmeia, e o friso vermelho que remete ao Golf GTI salta aos olhos, indo de farol a farol, que, aliás, são do Polo GTI comercializado na Europa. E somente o logo ‘GTS’ ‘tatua’ a grade no canto direito.
Já a lateral é lisa, com destaque exclusivo para o badge ‘GTS’ entre as portas dianteiras e os para-lamas. As rodas de liga leve de 18 polegadas também seduzem, trabalhando o cromado com o piano black. Já as pinças dos freios a disco presentes nas quatro rodas são vermelhas.
A traseira, por fim, tem apenas o logo ‘GTS’ na tampa da traseira. Nenhuma outra informação está lá! Já a saída do escapamento é dupla e com ponteiras cromadas, e o difusor tem textura em colmeia, como a grade frontal. No topo do vidro, um spoiler em piano black complementa o visual.
O interior segue a esportividade que exala externamente. A começar pelos bancos dianteiros, com abas grandes e firmes, que seguram as pernas, cintura e costas dos ocupantes. Destaque para o encosto de cabeça ‘fundido’ com o apoio das costas, e para o revestimento parte em tecido, parte em couro. Teto, painel e chão são revestidos em preto – assim como os assentos.
O vermelho também está presente nas costuras dos bancos, volante multifuncional – que traz as três letrinhas mágicas (GTS) na base, como o Golf GTI – e coifa da manopla do câmbio. O tom também está nas saídas de ar e nas bordas da base da manopla do câmbio. E apesar do painel de instrumentos 100% digital e configurável estar em azul (vídeo), ele será vermelho, remetendo à esportividade.
De acordo com a Volkswagen, Virtus e Polo GTS serão versões topo de linha, ficando acima da configuração Highline, hoje a mais cara. Portanto, podemos esperar os GTS bem completos, com direção elétrica, ar-condicionado digital, controles de tração e estabilidade, central multimídia com tela colorida sensível ao toque e compatível com Android Auto e Apple CarPlay, câmera de ré, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, entre outros.
As diferenças entre Polo GTS e Virtus GTS são mínimas. Meramente estéticas. No caso do sedã não há saída dupla de escapamento com ponteiras cromadas e o spoiler traseiras está posicionado de maneira discreta na tampa do porta-malas.
O fato de Virtus e Polo GTS não apenas serem criados, mas também confirmados como veículos de produção, tem como principal responsável o Volkswagen Gol GT Concept, apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo de 2016. O protótipo fez tanto sucesso, que muitos criaram a expectativa de o mito dos anos 1980 voltar, mas acabaram frustrados, pois o modelo não passou de um showcar.
Agora, a Volks se redime de maneira louvável, reeditando o clã GTS em dois modelos e saciando a fome dos aficionados por esportivos nacionais confirmando que ambos serão produzidos e comercializados.