A Volvo lançou oficialmente o XC40 no Brasil nesta segunda-feira (9), em evento realizado em Itajaí (SC). Conforme prometido em novembro de 2017, durante a apresentação mundial do carro, os preços vão de R$ 169.950 a R$ 214.950.
Há três versões. A primeira, chamada de T4, é equipada com motor 2.0 de 190 cv e só chega às 31 concessionárias da marca em julho. Já a configuração intermediária T5 Momentum vem com motor 2.0 mais potente de 254 cv e 35,6 kgf.m de torque máximo, e já está disponível por R$ 194.950. Por fim, a opção topo de linha R-Design (R$ 214.950) também já está nas lojas com o mesmo conjunto mecânico da opção intermediária. Na Europa, existe ainda a alternativa de motor turbodiesel de 192 cv. Não há previsão da venda dela por aqui.
Segundo o diretor de marketing da Volvo Cars do Brasil, Leandro Teixeira, já foram comercializadas 1.000 unidades em regime de pré-venda.
A Volvo aproveitou para anunciar os preços das versões com desconto para o público PcD (Pessoa com Deficiência). O XC40 T4 sairá por R$ 145.950, enquanto o T5 Momentum tem valor de R$ 169.950. A opção R-Design, por sua vez, sai por R$ 189.950. Os descontos, portanto, podem chegar a R$ 25 mil.
O XC40 inaugura uma nova plataforma, chamada CMA (Arquitetura Compacta Modular, na tradução do inglês). Por enquanto, só sabemos que ela também será dividida com o futuro SUV da chinesa Geely (proprietária da Volvo), que é chamado de Lynk & Co em sua versão conceitual.
Em relação a dimensões, o comprimento do mais novo SUV da Volvo é de 4,42 metros, apenas um centímetro atrás do BMW X1, o maior da categoria. Mas o sueco leva a melhor em entre-eixos, com 2,70 metros, ante 2,67 metros do modelo alemão, o que garante bom espaço para as pernas dos ocupantes de trás. Só que o BMW mostra ser mais bem resolvido em relação ao espaço, uma vez que destina 505 litros para o porta-malas, enquanto o novato do segmento tem 420 litros.
O diferencial da Volvo fica a cargo das tecnologias de segurança semiautônomas derivadas do XC90. O maior destaque é Pilot Assist, sistema que atua na aceleração, frenagem e direção do veículo em velocidades de até 130 km/h. Graças a câmeras e radares, o carro é capaz de 'ler' as condições de tráfego e a sinalização da via e fazer quase tudo sozinho. O item é de série na versão Design, mas custa R$ 5 mil como opcional das demais configurações.
Há ainda frenagem automática de emergência, caso o sistema detecte uma possibilidade de colisão ou a presença de animais na pista, além de alerta de ponto cego. Esses dois são itens de série em todas as versões, assim como controles de estabilidade e tração, assistente de partida em aclive e declive e faróis Full LED, que ajustam o facho de luz para não atrapalhar o motorista que trafega pelo caminho contrário.
Também são de série sensor de chuva, sensor de estacionamento traseiro, banco elétrico do motorista com ajuste lombar, lanternas em LED, ar-condicionado, controle de cruzeiro, rodas de 18 polegadas e os cobiçados painel de instrumentos em tela de TFT de 12,3 polegadas e a central multimídia (que parece um tablet) de 9 polegadas, compatível com Android Auto e Apple CarPlay.
Na versão T5 Momentum há acréscimo de ar-condicionado de duas zonas, câmera de ré, chave presencial, sistema de som de 200 W, carregamento do celular por indução, retrovisores antiofuscantes, rodas de aro 19", teto na cor branca (a gosto do cliente), grade frontal cromada, para-choques com acabamento na cor prata e cinco modos de direção (Eco, Comfort, Off-Road, Dynamic e Individual).
Por fim, a versão topo de linha R-Design adiciona teto solar panorâmico, rodas de aro 20", teto na cor preta, escapamento integrado ao para-choque, assento do passageiro elétrico, volante com aletas, porta-malas com abertura gestual (basta passar o pé por baixo do bagageiro), navegação PRO e as tecnologias semiautônomas já citadas. Também é atração o sistema de som Harman Kardon de 600 Watts. Aliás, aqui vai um detalhe interessante. Há 12 auto-falantes, mas o espaço deles foi otimizado. Nas portas laterais não há. Tudo para otimizar espaço para guardar notebooks, tablets e por aí vai.
Seria interessante se a Volvo disponibilizasse sensores de estacionamento e aletas para trocas manuais do câmbio também como itens de série, mas elas vêm de fábrica somente na versão topo.
Embora tenha ajuste confortável, o XC40 é capaz de instigar o motorista a pisar no acelerador. Basta notar que o motor mais potente (254 cv) acelera de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos. Na prática, o SUB realmente é ligeiro e tem característica linear. Muito disso tem relação com o surgimento rápido de todo o potencial de torque. Os 35,6 kgf.m surgem aos 1.800 rpm - no caso da opção 2.0 de 192 vc, o torque de 30,6 kgf.m vem antes, aos 1.300 giros. Sendo assim, a configuração menos potente também apresenta desempenho satisfatório, embora menos emocionante.
Em termos dinâmicos, destaque para a suspensão. Com ajuste McPherson na dianteira e Multilink na traseira, a carroceria não torce muito em curvas de alta, o que transmite bastante segurança para o motorista.
O câmbio também merece aplausos. O escalonamento é rápido e quase imperceptível. Muda bem de comportamento de acordo com o modo de direção selecionado.
O isolamento acústico deixa passar só os ruídos do rolamento para uma cabine repleta de bons materiais. Os bancos da versão topo de linha, por exemplo, são de couro e Nobuck, um tecido de toque macio, semelhante ao Alcantara. No console, desenho e cores das peças mudam de acordo com a versão. No entanto, o alumínio da parte central acaba deixando alguns vão quando encontra a central multimídia.
Chama atenção ainda o revestimento do assoalho e das portas. Ele lembra bastante o tecido encontrado em carpetes, mas na verdade é à base de um material semelhante ao poliéster, só que reciclável. Aqui, a cor também vai do gosto do cliente. A Volvo ousou e disponibilizou um chamativo tom em laranja. Há ainda quatro opções para o revestimento dos bancos, incluindo tons “cheguei!” em vermelho e caramelo, além dos mais sóbrios preto e bege.
Também há variedade de cores para a pintura externa. Que tal um azul bebê (que a Volvo chama de Amazonblue) contrastando com um teto branco? Há também outro tom mais clássico de azul com o teto preto, além de uma combinação em branco e preto. Mas se você é mais discreto, também dá para manter a pintura em só uma cor.
O XC40 tem preços fixos de revisão para até 60 mil quilômetros rodados. Mas a Volvo oferece ainda a opção um serviço para quando o carro chega a 150 mil kms, que sai por R$ 899. Somadas, todas as revisões saem por R$ 11.093.
O SUV tem dois anos de garantia, mas também é oferecida extensão de mais 12 ou 24 meses.
Viagem à Itajaí (SC) a convite da Volvo Cars do Brasil.