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Volvo XC60 Diesel vai além do esperado

Consumo de combustível eficiente e rodar suave são apenas alguns dos atributos da versão, mas será que ela faz sentido?

por Lukas Kenji

Economia de combustível e nível de ruído na cabine são as principais preocupações de quem procura um veículo a diesel. Pois, quem adquirir o XC60 com este tipo de motor não terá dor de cabeças nesse sentido. Com tanque de 71 litros, a versão promete autonomia próxima a 900 quilômetros e oferece conforto acústico de carro a gasolina.
O modelo equipado com propulsor turbodiesel chamado de D5 Drive-E está disponível em duas versões de acabamento. A Momentum tem tabela de R$ 275.950, enquanto a Inscription sai por R$ 289.950. Elas têm um objetivo específico: peitar o Land Rover Discovery Sport, líder do segmento de SUVs médios de marcas premium e que dispõe de opção a diesel há um bom tempo. O modelo inglês teve 3.255 emplacamentos no acumulado do ano, contra 2.302 do rival sueco.
Agora, o XC60 agora dispõe de três opções de motorização. Além da 2.0 turbodiesel de 238 cv, existe um 2.0 turbo a gasolina de 254 cv e uma opção híbrida, que combina propulsão elétrica e a gasolina e rende 407 cv de potência.
A Volvo entende que a última opção é importante para mostrar que a marca investe em soluções mais limpas, porém, acredita que ela deve ter volume mais consistente no futuro. Agora, o consumidor ainda preza pela economia de combustível, mesmo que o motor a diesel não seja dos mais amigáveis ao meio ambiente.

Rodar suave

Aliás, o nível de emissão de poluentes é o único fator que depõe contra o XC60 D5. Fora isso, a opção turbodiesel é eficiente em desempenho e consumo. Pode impulsionar o veículo de 1.990 quilos rumo de 0 a 100 km/h em 7,2 segundos. Isso, graças a potência de 238 cv entregues em 4.000 rpm, além do torque de 48,9 kgf.m que aparece já aos 1.750 rpm e mantém-se constante até 2.250 giros.
Já o consumo médio de combustível, conforme índice do Inmetro, é de 11 km/l na cidade, e 14 km/l na estrada.
O propulsor é gerenciado com maestria pela transmissão automática de oito velocidades. Só conseguimos identificar a transição das primeiras três marchas, que trabalham naturalmente em rotações altas. Após esses escalonamentos, os ruídos são mínimos, ainda mais levando em conta um motor a diesel.

Além disso, o câmbio mostra eficiência ainda ao entender perfeitamente o comportamento que o motorista deseja implementar. Quando pisa fundo em busca de ultrapassagem, o câmbio responde simultaneamente com redução de até três marchas. Mas se o objetivo é conforto, há linearidade e a transmissão trabalha de discrição.
Se a ideia é ter respostas ainda mais satisfatórias, o condutor pode contar com cinco modos de condução, que vão do mais econômico e confortável ao mais esportivo e rígido. Esses modos atuam não só no câmbio, mas também na suspensão e direção.
Tal item não é novidade da linha XC60, assim como o design e os famigerados equipamentos de segurança que também são oferecidos na versão diesel.

Semiautônomo

Destaque para as tecnologias semiautônomas que têm no Pilot Assist o carro-chefe. Ele é um avanço do piloto de cruzeiro adaptativo, portanto, além de atuar na aceleração e frenagem, também é capaz de interferir na direção. É isso mesmo, ele faz o volante girar sozinho em velocidades de até 130 km/h.
A tecnologia funciona por meio de radares e sensores capazes de ler sinalizações de trânsito e faixas de rolagem. Também por meio deles, funcionam outros sistemas como frenagem autônoma, monitoramento de ponto cego e Mitigação de Pista Oposta, que ajuda a evitar colisões com veículos que se aproximem vindos da pista contrária.
Também não é novidade, mas vale o destaque para os sistemas de conectividade do carro. O painel de instrumentos tem tela digital de 12,3 polegadas e pode ser configurável. Ele trabalha em conjunto com a central multimídia de 9 polegadas que parece um tablet e tem compatibilidade com sistemas Android Auto e Apple Carplay.


Veja quais são os principais itens de série do Volvo XC60 D5:
Momentum: ar-condicionado de duas zonas, teto solar panorâmico, sistema de som de 330W, GPS nativo, painel de instrumentos digital, central multimídia, bancos dianteiros com ajustes elétricos, suporte lombar elétrico, revestimento em couro Moritz, assento infantil no banco traseiro, ACC (piloto automático adaptativo), Pilot Assist, câmera de estacionamento, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, sensor de chuva, sistema start/stop, suspensão dinâmica e rodas de 19 polegadas.
Inscription: adiciona bancos revestidos em couro perfurado com ventilação, sendo que os dianteiros tem aquecimento e apoio elétrico para as pernas, abertura e fechamento elétrico do porta-malas, chave presencial, botão de partida em a chave, rodas de 20 polegadas, alerta de colisão traseira, alerta de ponto cego e alerta de tráfego.
O XC60 D5 está disponível em 13 cores externas e 4 internas. Há preço fixo para revisões de até 150 mil quilômetros, sendo que o veículo tem 2 anos de garantia, que pode ser ampliada para mais 2 anos.

Vale a pena?

Não existe, portanto, muitos diferenciais da versão a diesel em relação às demais a não ser o tipo de motor. Num país de dimensões continentais é evidente que existe um volume razoável de consumidores que preferem tal motorização, mesmo que ela não seja a mais amigável ao planeta. Isso porque eles precisam de uma mecânica robusta que permita rodar centenas de quilômetros de maneira ininterrupta.
Por outro lado, se você vive em uma região metropolitana e trafegue algo em torno de 50 quilômetros por dia, vale a pena investir um pouco mais e escolher a opção híbrida. Além de mais potente, ela permite passeios sem que sequer uma gota de combustível seja gasta.
Seja qual for sua escolha (não esqueçamos da opção a gasolina), o fato é que o Volvo XC60 entrega a solução mais satisfatória em termos de tecnologia semiautônoma e segurança da categoria.

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