Dias depois de anunciar o seu plano de expansão de veículos elétricos para os próximos 10 anos, a Volkswagen seguiu o comunicado da Audi e revelou que não irá desenvolver novos motores a combustão. O anúncio foi feito pelo CEO da empresa, Ralf Brandstätter, ao site alemão Automobilwoche.
A Volkswagen segue a tendência adotada por todas as grandes fabricantes de automóveis, que elevaram os seus investimentos em veículos eletrificados para atender as cada vez mais rígidas normas ambientais, especialmente na União Europeia.
Segundo Brandstätter, embora a Volkswagen não tenha planos de desenvolver novas famílias de motores a combustão, sejam eles a gasolina ou a diesel, a empresa investirá no aperfeiçoamento dos propulsores já existentes, uma vez que o petróleo continuará sendo fonte de combustível de automóveis por um bom tempo.
“Precisamos desses motores (a combustão) por mais algum tempo, e por isso eles terão de ser ainda mais eficientes”, disse o executivo. Brandstätter reiterou, ainda, que a venda dos veículos movidos a gasolina e a diesel é muito importante para o financiamento de novos carros elétricos.
Os modelos mais vendidos da marca atualmente na Europa (Golf, Tiguan, T-Roc e Passat) deverão ser os responsáveis por essa fase de transição, e ganharão novas gerações, provavelmente com sistemas híbridos, para atingirem os novos critérios de emissões do Velho Continente.
Brandstätter anunciou recentemente que a Volkswagen pretende lançar pelo menos um carro elétrico por ano até a próxima década. Em 2021, a marca lançará três modelos no exterior: ID.4 GTX com tração integral, ID.5 (SUV cupê), ID.6 (SUV grande para a China). Já a versão de produção do ID.Buzz deverá estrear no ano que vem.
O executivo também adiantou que um inédito compacto elétrico será lançado em 2025. Já o novo topo de gama “Artemis EV”, baseado numa plataforma mais atual, está previsto para 2026.