Ah, o mercado automotivo chinês e os seus números absurdos. Mesmo com um volume gigante de reservas canceladas, a Xiaomi conseguiu garantir, em apenas 28 dias, a venda de 75.725 unidades do elétrico SU7. Modelo que é o primeiro automóvel desenvolvido pela empresa, mais conhecida pelos seus smartphones.
Só para se ter uma ideia do peso dessas mais de 75 mil unidades do Xiaomi SU7, ao longo do ano passado, o Fiat Mobi somou 73.428 emplacamentos e foi o sexto automóvel mais vendido do Brasil.
O resultado foi divulgado pela própria Xiaomi, que revelou ainda outras informações interessantes sobre o perfil de clientes do SU7. Por exemplo: 28% são mulheres, 29% são donos de automóveis Audi, BMW e Mercedes-Benz e - curiosamente - mais de metade (51,9%) usam celulares iPhone, da concorrente Apple.
Uma certeza é que aqueles que garantiram o carro da Xiaomi no lançamento vão ter que esperar um tempinho para receber o automóvel.
As primeiras unidades do SU7 foram entregues no último dia 18 e os exemplares da versão Pro começarão a sair da fábrica apenas no fim de maio. Mas apenas em junho é que a Xiaomi planeja ultrapassar a marca de 10 mil unidades entregues por mês.
O Xiaomi SU7 está bem longe de ser um carro popular. É um sedã de grande porte, com 5 metros de comprimento, 1,96 m de largura, 1,44 m de altura e com um entre-eixos de 3 m. É concorrente de modelos como o Tesla Model 3 e o, já conhecido por aqui, BYD Seal.
As duas versões mais acessíveis do carro da Xiaomi são a SU7 e a SU7 Max. O SU7 tem tração traseira, um motor com 299 cv de potência e torque de 40,8 kgf.m. Acelera de zero a 100 km/h em 5,2 segundos e atinge a velocidade máxima de 210 km/h. Com bateria de 73,6 kWh de capacidade, roda até 668 quilômetros (no padrão chinês CLTC).
O topo de linha é o SU7 Pro. Tem dois motores, potência combinada de 577 cv e torque de 85,4 kgf.m. Acelera de zero a 100 km/h em 2,7 segundos e chega a 265 km/h. Com uma bateria de 101 kWh, roda até 800 quilômetros. Também no padrão chinês de medição.