Yamaha R3 ou Kawasaki Ninja 400? Qual é a melhor?

As duas esportivas mais vendidas do país têm virtudes particulares e brigam diretamente. Compare para escolher a sua

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Roberto Dutra
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Todo mês é a mesma coisa: vem o fechamento mensal do ranking de vendas da Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos (Fenabrave) e, na categoria das esportivas, lá estão Yamaha R3 e Kawasaki Ninja 400 alternando a liderança.

É verdade que a R3 fica à frente mais vezes, mas a Ninja 400 está sempre ali, na cola da moto da Yamaha. De fato, as duas motos brigam diretamente e dão poeira nas outras esportivas vendida no país - claro, isso também se deve ao fato de serem as mais baratas no segmento.

Mas como escolher entre uma e outra? Para ajudar o caro leitor, comparamos as duas aqui de forma bem objetiva, destacando as virtudes de cada uma e as respectivas especificações técnicas. E fique ligado, porque, curiosamente, cada uma tem seus atributos bem particulares.

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Yamaha R3

A Yamaha R3 é mais compacta, confortável e maneável do que a Ninja 400, mas anda um pouco menos
Crédito: Divulgação
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A R3 é uma moto bem-sucedida desde seu lançamento, em 2015. Sempre teve visual bacana sem ser agressivo demais, e sua grande virtude é a ciclística que lhe dá uma maneabilidade surpreendente. Além disso, a posição de pilotagem não é "deitada" demais e o banco é satisfatório. Por isso, é um caso raro de esportiva que oferece algum conforto.

A linha atual é vendida nas cores Monster Energy MotoGP Edition (preta metálica com detalhes em azul e grafismos da marca de energéticos), a tradicional Racing Blue (azul metálica), que está sempre presente, e a edição especial 60th Moto GP Anniversary, que tem a clássica combinação das cores branca e vermelha dos antigos modelos de competição da marca.

A versão 60th Anniversary combina as clássicas cores branca e vermelha das motos de competição da marca
Crédito: Divulgação
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A R3 tem farol dianteiro e lanterna traseira com LEDs, mas os piscas têm lâmpadas tradicionais. Já o painel é uma telinha de LCD com as informações necessárias e mais indicador de marcha e shift-light - aquela luzinha que indica o momento certo de trocar a marcha.

O painel da Yamaha R3 é todo digital, inclusive o conta-giros - que é em barra, na parte superior
Crédito: Divulgação
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O motor é bicilíndrico com 321 cm³, 42 cv de potência a 10.750 rpm e torque de 3 kgf.m a 9.000 rpm. O câmbio tem seis marchas com transmissão secundária por corrente, a suspensão dianteira é invertida Kayaba e a traseira é monochoque com sete ajustes na pré-carga da mola. Já as rodas são de liga leve com aros de 17 polegadas, que calçam pneus Metzeller nas medidas 110/70 na frente e 140/70 atrás. Os freios são a disco na frente e atrás, ambos com ABS.

Com tanque para bons 14,2 litros de combustível, a Yamaha R3 custa, atualmente, de R$ 32.390 na versão R3 ABS ou R$ 32.890 nas versões R3 Monster ABS e 60th Anniversary.

Kawasaki Ninja 400

A versão KRT Edition da Ninja 400 combina as cores "verde Kawasaki", cinza e branca, e ainda tem filetes em vermelho
Crédito: Divulgação
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A Ninja 400 - também conhecida como "Ninjinha" - tem vida longa no mercado brasileiro. Chegou como Ninja 250 em 2008, depois evoluiu para Ninja 300 em 2012 e, em 2019, virou Ninja 400. Sua primeira virtude, claro, é pertencer à cobiçada "família Kawasaki Ninja". Quem gosta de moto esportiva e nunca ouviu falar das Ninja certamente passou as últimas décadas em Marte.

Pertencer à "família Ninja" dá à moto um status muito especial, que inclusive ajuda o modelo a parecer um moto maior. Mas essa 400 nem precisa: tem porte, linhas bonitas, glamour e tira onda. O design é mais agressivo que o da R3, mas a posição de pilotagem é mais radical e menos confortável: o piloto vai mais inclinado, o banco não é tão macio e até mesmo as suspensões têm calibragem mais rígida.

A ciclística é igualmente boa, mas a Ninjinha não é tão absolutamente fácil de pilotar quanto a Yamaha R3. Por outro lado, proporciona emoções um pouco mais fortes: o motor bicilíndrico de 399 cm³ rende 48 cv de potência a 10.000 rpm e 3,9 kgf.m de torque a 8.000 rpm. Ou seja, é mais forte que o motor da R3.

O motor bicilíndrico da Ninja 400 rende 48 cv de potência com 3,9 kgf.m de torque. Anda mais que a R3
Crédito: Divulgação
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Atualmente a Ninja 400 é vendida em duas "versões": uma nas cores Metallic Carbon Gray / Metallic Flat Spark Black - nome pomposo para a mistura de tons nas cores cinza e preta, ambas metálicas, com fitas em tom "verde Kawasaki" nas rodas, e a KRT Edition, que tem o "verde Kawasaki" como cor predominante e detalhes em preto, branco e vermelho, além de alguns grafismos a mais.

Outras especificações importantes são as suspensões com garfos telescópicos convencionais e curso de 12 cm na frente e monochoque com curso de 13 cm atrás, os pneus 110/70 R17 e 150/60 R17, e os freios a disco com ABS nas duas rodas. A moto ainda tem faróis duplos com LEDs, embreagem deslizante e assistida (que a rival não tem) e indicador de pilotagem econômica no painel multifuncional.

O painel da Kawasaki Ninja 400 ainda tem conta-giros analógico com telinha de LCD
Crédito: Divulgação
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Com tanque para igualmente bons 14 litros de combustível, a Ninja 400 custa, atualmente, R$ 34.310 com pintura cinza e preta) e R$ 35.310 na versão KRT Edition.

O caro leitor pode conferir matérias exclusivas das duas motos - a da Yamaha R3 está aqui e a da Kawasaki Ninja 400, aqui.

Motos esportivas: um segmento discreto

O segmento de motos esportivas no Brasil é relativamente pequeno diante do mercado total: responde por apenas 0,3% das vendas. Mas para as marcas é importante investir nele, porque são motos de alto valor agregado e, por isso, rentáveis. As mais baratas são justamente a Yamaha R3 e a Kawasaki Ninja 400. Todas as outras são maiores e bem mais caras, mas apesar de venderem pouco rendem bons lucros a seus fabricantes.

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