BYD terá elétricos de luxo e híbridos no Brasil

Marca chinesa iniciará venda de carros de passeio requintados no início de 2022 e depois trará modelos médios plug-in

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Fernando Miragaya
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A chinesa BYD, que fabrica chassis de ônibus elétricos desde 2016 no Brasil, vai voltar a tentar emplacar carros de passeio no país. Mas em uma estratégia bem diferente. Começará com modelos zero combustão com proposta mais requintada e depois buscará volume com carros híbridos.

Byd Han
Elétrico BYD Han é sedã grande de luxo da marca chinesa que será lançado no Brasil no começo de 2022
Crédito: Divulgação
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O início das atividades no "varejo" começará no primeiro trimestre de 2022. O diretor de Vendas da BYD no Brasil, Henrique Antunes, confirmou ao WM1 que as operações começarão com dois modelos elétricos que são topos de linha na China: o SUV Tang e o sedã Han.

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"Nossa estratégia é posicionamento de marca e não de preço, na contramão do que se fez com muitos carros vindos da China. Queremos entregar valor ao consumidor final, e não preço. Temos intenção de trazer outros produtos, mas vamos analisar o potencial de cada carro e também a concorrência para ver quais carros serão mais adequados para comercializar no Brasil", explica o executivo.

Linha híbrida

Com tamanho de Corolla, BYD Qin Pro deve vir para o Brasil em configuração híbrida plug-in
Crédito: Divulgação
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Porém, segundo o WM1 apurou com fontes de mercado, até meados de 2023 a BYD vai passar a atacar também no segmento de médios. Só que, nesta categoria, a montadora deve se valer de variantes híbridas plug-in de modelos que já rodam na China, como o Qin e o Song.

O Qin (fala-se "Tim") é um sedã com porte de Toyota Corolla e Honda Civic. São 4,76 metros de comprimento e 2,71 m de entre-eixos. O conjunto híbrido plug-in reúne motor 1.5 aspirado de ciclo Atkinson com outro elétrico e potência combinada de mais de 170 cv, além de câmbio automático CVT. Segundo a marca, a autonomia só no modo EV fica entre 50 km e 100 km.

Também com motor elétrico e a combustão, Song seria alternativa para o segmento de crossovers
Crédito: Divulgação
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Já o Song Pro PHEV é um SUV médio híbrido plug-in pouca coisa maior que o Toyota Corolla Cross e um pouco menor que o Volvo XC60. Tem 4,65 m de comprimento e 2,76 m de entre-eixos. O motor elétrico promete alcance de 81 km em modo zero combustão, e trabalha com o propulsor a gasolina 1.5 turbo e caixa automatizada de seis marchas e dupla embreagem. Na China, a potência somada anunciada fica em mais de 300 cv, com 55 kgf.m de torque.

BYD trará compactos?

Com portas deslizantes traseiras, D1 é uma espécie de monovolume compacto
Crédito: Divulgação
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Modelos para brigar na base do mercado brasileiro também não faltam à BYD. Segundo as mesmas fontes, também fazem parte dos estudos da filial brasileira importar modelos como o DM1, minivan que lembra um Honda Fit e que viria em variantes híbridas ou elétricas, já que a marca deixa bem claro que não terá nenhum veículo 100% a combustão por aqui.

Dolphin inaugurou a nova arquitetura global da BYD para modelos compactos e médios
Crédito: Divulgação
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Porém, pode ser que no lugar desse modelo a BYD passe a vender, em um futuro próximo no Brasil, a família de SUVs, hatches e sedãs compactos e médios que nascerá da nova plataforma global que acaba de ser lançada pela marca. O Dolphin da foto acima é um dos primeiros carros dessa arquitetura.

Elétricos confirmados

O SUV elétrico de luxo Tang abandonará o "G" e se chamará apenas Tan no mercado brasileiro
Crédito: Divulgação
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Os modelos confirmados para iniciarem as vendas até março de 2022 são aqueles mais rebuscados do início desta reportagem. Usam nomes de dinastias seculares do império chinês, mas o utilitário esportivo Tang adotará aqui a grafia Tan, não tanto por causa do suco, e mais devido à pronúncia em mandarim, já que o G é mudo e fala-se "Tã" mesmo.

O Tang/Tan chegará em sua configuração com dois motores elétricos que resultam em potência combinada de 516 cv. A autonomia - pelos padrões europeus - é de 505 km e o 0 a 100 km/h é prometido em 4,6 segundos. O SUV elétrico é recheado de itens tecnológicos, com direito a equipamentos de condução semi-autônoma, quadro de instrumentos eletrônico e central multimídia com tela gigante, de 15".

Já o sedã Han EV também é repleto de equipamentos de auxílio ao motorista, só que é dotado de inteligência artificial e armazenamento de informações na nuvem. O sistema promete fazer atualizações constantes das características do carro ao modo de condução do motorista. Usa motor elétrico com 493 cv, tração integral e promete alcance de quase 500 km.

Na Noruega, onde já são vendidos, os dois modelos custam acima do equivalente a R$ 300 mil. Como o próprio diretor de Vendas da marca afirma, são produtos de nicho para posicionar bem a BYD no Brasil. E para início das operações, a ideia é ter concessionárias em, pelo menos, 20 capitais do país.

"Ainda não temos a quantidade exata de revendas, mas nosso plano é ter uma cobertura nas capitais dos principais estados. Dentro de nossa estratégia de lançamento de uma linha 100% elétrica, inicialmente. Claro que, com uma eventual chegada de híbridos, essa rede tem de ser maior", diz Antunes.

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