Neta Auto pode se unir à Caoa ou à Mitsubishi

Marca tem intenção de produzir carros no Brasil e não descarta criar uma fábrica do zero, mas tem interesse em parcerias

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André Deliberato
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Depois de um momento de instabilidade na China, a Neta Auto tem reforçado constantemente que prioriza o mercado brasileiro e já afirmou que planeja produzir carros no país. A primeira aparição da empresa por aqui foi no Festival Interlagos Carros de 2024 - veja aqui o que rolou no evento.

Antes mesmo do festival, a empresa já havia anunciado planos de lançar uma família de carros e até de construir uma fábrica em território brasileiro. Vale lembrar que primeira loja física da empresa foi inaugurada neste início de 2025.

Os objetivos da Neta de ter fábrica continuam ativos, mas uma série de caminhos podem ser seguidos. Segundo César Gomes, diretor de rede da Neta no Brasil, a empresa não descarta criar uma fábrica do zero, mas há chances de que essa produção aconteça por meio de parcerias. Mas com quem?

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Os planos da Neta Auto

A opção de firmar acordo com uma empresa que já tenha sede em funcionamento no país - justamente para acelerar o processo de montagem dos automóveis - é considerada a melhor, atualmente. Gomes afirmou em entrevistas recentes que uma decisão deve sair até março.

Hoje em dia, a Neta está em negociações com o departamento administrativo de três Estados - Goiás, São Paulo e Espírito Santo.

Fontes ligadas à marca chinesa afirmam que a preferência maior é pela região Centro-Oeste do país, onde existem as fábricas da Hyundai-Caoa, em Anápolis (GO), e da Mitsubishi, em Catalão (GO). Até a fábrica da Caoa em Jacareí (SP) tem sido cogitada, mas essa chance é considerada a mais improvável.

"Pela rapidez e agilidade, uma parceria será melhor, pois já teremos a estrutura existente. Qualquer que seja a escolha, vamos anunciá-la no primeiro semestre, para enraizar definitivamente a marca no país", revelou o executivo.

Por ora, a Caoa diz "desconhecer a informação". Já a HPE - empresa responsável pela produção e pela importação de carros da Mitsubishi e da Suzuki - também negou qualquer tipo de parceria.

Cupê elétrico com jeitão esportivo, o Neta GT poderá ser um possível rival do BYD Seal
Crédito: André Deliberato/WM1
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Cinco carros e produção em CKD

A Neta havia dito, no final do ano passado, que não estava definido se construiria uma planta própria e exclusiva, ou se preferiria encontrar parceiros para viabilizar a produção nacional de seus carros.

Vale lembrar que várias empresas chinesas começaram a operar no Brasil recentemente por meio de esquemas fechados com fábricas uruguaias - e, portanto, por estarem no Mercosul, não pagariam o imposto de importação. O passo seguinte seria começar a montar automóveis em solo brasileiro.

"Primeiro temos que aumentar as vendas. Mas precisamos, sim, considerar uma fábrica. Estamos fazendo estudos e negociando com parceiros, mas ainda não temos a decisão", explicou na ocasião Joseph Zhu, gerente-geral da Neta no Brasil.

Além do Aya e do SUV "X", ambos já à venda, a Neta quer lançar mais três opções no Brasil ainda este ano: o cupê GT; o Aya de cinco lugares e o SUV "L". A ideia é montar Aya, X e L em regime de CKD até a metade de 2026, e depois nacionalizar ainda mais a produção.

Segundo uma fonte ligada à Neta, no entanto, a marca tem como maior entrave a falta de especialização nacional na produção de modelos eletrificados, o que pode fazer com que tenha que trazer parceiros chineses para ajudar no objetivo.

O plano é grande pelo seguinte: além de "conquistar" o Brasil, a Neta Auto também pretende ganhar mercado na América Latina. A marca, por exemplo, já tem conversas com os governos do Equador, da Bolívia, Uruguai, Chile e Costa Rica, entre outros.

O Neta X é o SUV compacto inicial do <em>line-up</em> da marca - e já está à venda por iniciais R$ 194.900
Crédito: Evandro Enoshita/WM1
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