A Toyota fez o registro de um novo Camry no Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), o órgão governamental que atua com registro de patentes e marcas. Apesar de não aparentar ter mudanças visuais, o sedã grande da marca japonesa deverá ganhar nova motorização e passar a ser híbrida, já que seu principal rival, o Honda Accord, já está confirmado para o segundo semestre.
Apesar da importante notícia, o Camry deve ser lançado só no ano que vem. Por fora, o desenho é praticamente o mesmo que existe hoje, com novas molduras e formatos que remetem ao Corolla. Por dentro, o sedã deverá ter mais novidades, como um novo posicionamento do painel central para que seja possível abrigar uma nova tela de nove polegadas, flutuante, para a central multimídia.
A principal mudança do carro será no motor, o coração do veículo. O Camry deverá abdicar do atual motor V6 3.5 de 310 cv e 37,7 kgf.m de torque e passar a utilizar um conjunto formado por um 2.5 de quatro cilindros de 218 cv e 22,5 kgf.m de torque combinado a um elétrico, que juntos prometem oferecer ao modelo o consumo médio de 18,2 km/l no ciclo WLTP.
Isso significa que o carro perde em esportividade, mas ganha em eficiência. De acordo com dados globais da Toyota, o Camry híbrido é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 8,3 segundos e chegar à velocidade máxima de 180 km/h - o atual podia fazer o 0-100 em 7 segundos e atingir 225 km/h, mas tinha consumo de 8,3 km/l na cidade e 11,5 km/l na estrada.
O preço, por consequência, deverá ser maior que os atuais R$ 319.290 cobrados pela versão XLE, a única vendida hoje em dia no Brasil. Vale lembrar que o futuro Camry híbrido, assim como Corolla, Prius e Corolla Cross, não é do tipo "plug-in", ou seja, a bateria não pode ser recarregada por conexão na tomada, e somente por energias geradas pelo próprio automóvel.