Renault tem o novo Duster e Captur, por exemplo. Honda tem WR-V e HR-V. Volkswagen terá o Nivus abaixo do T-Cross. E a Fiat terá um SUV do Argo posicionado abaixo do futuro utilitário baseado no Fastback, que será médio.
O primeiro SUV da Toyota ainda não tem nome, mas será feito sobre a plataforma do Yaris, conforme antecipado pelo WM1. E ele já está confirmado. Usará a a arquitetura TNGA-B da nova geração do hatch, que inclusive foi revelada recentemente.
Como dissemos, ainda não há nome ou data de lançamento confirmados, mas o vice-presidente da Toyota na Europa, Matthew Harrison, garantiu que sua primeira aparição oficial estaria próxima de acontecer. O executivo também adiantou que ele não será uma espécie de Yaris aventureiro.
Sua apresentação era prevista para o Salão de Paris, que aconteceria em outubro mas foi cancelado por conta do novo coronavírus.
Segundo nossos parceiros do site australiano Motoring, este modelo terá cerca de 4 metros de comprimento e ainda poderá ser 4 cm mais alto que o Yaris. Ou seja, algo em torno de 1,55 m.
Ele também deve estrear um sistema híbrido com um inédito motor 1.5 a combustão - talvez até mesmo um conjunto desenvolvido em acordo com a engenharia brasileira, que já oferece um propulsor de 1,5 litro na linha Yaris atual.
Este carro seria rival de Honda WR-V, Volkswagen Nivus, Ford EcoSport, Renault Duster, o SUV do Fiat Argo e versões básicas de Nissan Kicks e Chevrolet Tracker, por exemplo.
O segundo SUV
O segundo carro já é um pouco mais conhecido. Trata-se de uma versão tropicalizada do Daihatsu Rocky, que no Japão já existe sob insígnia da Toyota e se chama Raize.Vale lembrar que desde o lançamento mundial do C-HR, em 2015, há uma pressão da rede de concessionários da empresa pela oferta de um SUV compacto para brigar principalmente com o Honda HR-V - ou seja, em um andar acima de onde competiria o SUV do Yaris citado acima.
A filial brasileira não comenta e até desconversa sobre seus projetos. Mas precisamos noticiar que a empresa começou a fazer registros desse modelo no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) - e também é importante destacar que ele deverá ser produzido em Sorocaba (SP) a partir de 2021.
Repare que o registro foi feito em nome da Daihatsu. Essa ideia segue a filosofia da Toyota que vimos em lançamentos anteriores - na prática, para não revelar sua intenção de uma vez só, a empresa faz os registros no INPI de forma separada e discreta.
Como ele é
O Toyota Raize foi revelado em novembro do ano passado. Ele é o primeiro modelo a usar a plataforma DNGA, uma derivação da TNGA do Corolla desenvolvida pela Daihatsu, justamente para ser usada em carros mais baratos.No Japão, ele tem 3,99 metros de comprimento, 1,69 m de largura, 1,62 m de altura e 2,52 m de entre-eixos. Contudo, por aqui o carro poderia ser "esticado" para não "canibalizar" justamente o SUV do Yaris. Apesar das medidas compactas do modelo gringo, o porta-malas tem bons 369 litros.
Por enquanto a Toyota não trata o Raize como modelo global e adota um discurso de que suas vendas são destinadas exclusivamente ao mercado japonês. Por lá, ele usa motor 1.0 turbo de três cilindros de 98 cv e 14,3 kgf.m de torque, sempre com câmbio CVT e possibilidade até de tração integral.
Por aqui, há informações de fontes ligadas à Toyota de que a empresa trabalha em uma versão do carro com entre-eixos alongado, próximo ao do Corolla (2,70 m), e que seja capaz de usar a motorização 1.8 híbrida flex que estreou no sedã.
Mesmo com tudo isso, é importante a gente dizer que os registros feitos pela marca no Brasil não implicam necessariamente no lançamento do carro, pois há chances de ser apenas uma forma da marca patentear os arquivos para proteção de seu desenho. É esperar para ver.
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