Uma novidade importante para quem é fanático por carros, tecnologia e engenharia foi revelada. Falamos do novo carro da Gordon Murray Automotive, o superesportivo T.50, que se apresenta com nada menos que um motor V12 de 663 cv em uma carroceria de só 986 kg - quase o mesmo peso que compactos nacionais (um Fiat Mille clássico, por exemplo, pesava 988 kg).
Mais do que números impressionantes de desempenho, este novo superesportivo traz consigo várias promessas - como a de ser o sucessor espiritual do lendário McLaren F1, por ter sido desenvolvido pelo mesmo projetista, Gordon Murray (um dos maiores nomes da história da engenharia automotiva), e pela posição central de dirigir. Hoje, vamos falar um pouco sobre esse... espetáculo.
Vamos jogar logo de cara os números que assustam, e que talvez sejam os mais esperados. O motor V12 4.0 naturalmente aspirado (fabricado pela Cosworth) produz 663 cv e 47,6 kgf.m de torque a 9 mil rpm, com 986 kg de peso total da carroceria e, atenção: câmbio manual de seis marchas. A tração? Obviamente, traseira. E, por enquanto, segundo Murray, não há planos de versão automática.
Tratado por especialistas como o "supercarro mais leve do mundo", o Gordon Murray T.50 também dá um show da mais pura engenharia - infelizmente, os números de desempenho, aceleração, retomada, consumo e frenagens ainda não foram revelados pelo fabricante.
Vale lembrar que Gordon Murray é idolatrado por muita gente no Brasil por ter responsabilidade sobre cinco títulos mundiais de Fórmula 1 vencidos por pilotos brasileiros - em 1981 e 1983, com Nelson Piquet na Brabham; e em 1988, 1990 e 1991 com Ayrton Senna. na McLaren.
Vamos começar com uma tecnologia que remete ao "efeito solo" da Brabham BT46B - Gordon Murray também foi o criador de muitos carros vencedores da empresa que disputava a F1. Quem é aficionado pela competição conhece essa artimanha, de 1979, que usava um ventilador na traseira para reduzir o arrasto em 12,5% e ainda adicionar 50 cv à potência total. E não só isso: esse ventilador ainda ajuda a diminuir a distância de frenagens.
Na prática, os spoilers traseiros do T.50 também são dinâmicos, assim como nos carros da Brabham, e os painéis que fecham o assoalho do superesportivo são inspirados na tecnologia criada por Murray para a Fórmula 1. De acordo com a fabricante, serão seis modos: Auto, High Downforce, Streamline, Braking, Test e V-max Boost. O último deles promete entregar o desempenho máximo, que deve ultrapassar os 700 cv.
Quem segura tudo isso? O sistema de freios tem pinças com seis pistões e discos de cerâmica de 370 mm na dianteira. Na traseira, são quatro pistões por pinça com discos de 340 mm. Ou seja, conjuntos gigantescos e, ao mesmo tempo, extremamente leves - e eficientes -, que ficam guardados atrás de rodas de 19" na frente e de 20", na traseira. Todo conjunto tem entradas de ar e "respiros" para que funcione com perfeição.
Vale notar que é o Gordon Murray T.50 é um carro pequeno. Com 4,35 metros de comprimento, ele é pouco maior que alguns SUVs compactos vendidos no Brasil, como Renault Duster e Honda HR-V (ambos têm 4,32 m), embora bem mais baixo. Um Porsche 718 Cayman, compacto, é maior, com seus 4,38 metros.
Do McLaren F1, outro de seus grandes projetos - senão o maior -, Murray trouxe a inspiração da posição de pilotagem central. Mas há algumas modernidades: o painel de instrumentos traz um conta-giros central bem grande, mas tem duas telas de TFT nas laterais, que podem ser personalizadas. Um "braço" de alumínio ao lado direito é o responsável por receber a alavanca de câmbio e alguns botões extras.
Mesmo com a alcunha de supercarro esporte e muita nostalgia, o T.50 não é tão espartano quanto possa parecer: tem um sistema de som com 10 alto-falantes e até central multimídia com Apple CarPlay e AndroidAuto.
Na visão de Gordon Murray, cada um dos 100 carros produzidos será vendido "conforme a personalização que o dono quiser”. Isso significa que distância e o formato de banco, pedais e volante serão feitos sob medida para cada cliente - ou seja, não pense que existem ajustes de distância, altura e posição desses equipamentos. Eles serão individuais e ponto final.
Em termos de acabamento, o carro oferece couro, Alcântara e outros materiais de extrema qualidade. De acordo com a GMA, tudo dentro do superesportivo é fornecido por empresas britânicas. Resultado? A empresa promete cobrar 2,36 milhões de libras esterlinas (mais de R$ 16 milhões) por cada T.50. A produção começa em janeiro de 2022 e as entregas estão previstas para acontecer no mesmo ano.