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Audi A3 Sportback híbrido diverte e é econômico

Versão MHEV Performance Black S-Tronic começa nos R$ 286.990, tira o carro do rodízio e dá desconto no IPVA

por Alexandre Ciszewski

O Audi A3 já foi o carro dos sonhos de muitos entusiastas. O hatch chegou à quarta geração, com quase três décadas de mercado brasileiro, e agora tem muitas novidades tecnológicas.
O modelo testado aqui é o Audi A3 na versão 2.0 40 TFSI MHEV Sportback Performance Black S-Tronic. É isso mesmo que você leu, a sigla MHEV indica que o carro é um híbrido-leve. Isso se dá em razão da presença de uma pequena bateria de 48V situada embaixo do banco do passageiro e da substituição do clássico alternador por um micromotor elétrico. Com isso, o carro está livre do rodízio na cidade de São Paulo e também ganha desconto no IPVA.

O motor do Audi A3

O visual invocado lembra o do RS3. Mas o carro perdeu potência, como muitos outros veículos, por pura necessidade de adaptar o motor EA888 à fase L7 do Programa de Controle de Poluição por Veículos Automotores (Proconve). Mesmo assim, não deixa de entregar desempenho, suavidade de funcionamento e, o melhor de tudo, economia de combustível.

O propulsor que equipa o Audi A3 Sportback Performance Black S-Tronic é 2.0 turbo TFSI, que tem história e é muito eficiente. Está presente em diversos outros modelos da marca, como A4, A5 e Q5, por exemplo, além de equipar também alguns carros da Volkswagen e da Porsche.

O coração do A3 tem duplo sistema de injeção. Ou seja, são quatro bicos de injeção direta e quatro de injeção indireta, que resultam em 204 cv de potência e 33 kgf.m de torque. Esse motor foi criado com foco em economia de combustível e na baixa emissão de gases, mas 204 cv em um hatch não deixam de divertir!
https://www.webmotors.com.br/comprar/audi/a3/20-40-tfsi-gasolina-sportback-performance-black-s-tronic/4-portas/2022/43160766

Como anda o Audi A3

A Audi tirou de linha o motor 1.4 do A3 e agora tanto a versão S Line quanto a Performance Black são equipadas com o 2.0 TFSI. A diferença entre eles está na bateria de 48V - que o transforma em um híbrido-leve e ajuda no consumo de combustível.
O carro é bem gostoso e divertido de dirigir. Não chega a ser um esportivo de primeira divisão, mas empolga na cidade e principalmente em estradas com trechos sinuosos. Caso da conhecida Estrada dos Romeiros, no interior de São Paulo, onde rodamos para analisar o desempenho.
Estão disponíveis cinco modos de condução neste Audi A3 Sportback: Efficiency, que prioriza a economia de combustível; Comfort, que seria o padrão; Dynamic, que entrega giros mais altos, deixa o volante mais pesado e o pedal de acelerador mais sensível, qual um modo esportivo; Auto, que lê o terreno e vai mudando as configurações do carro automaticamente; e Individual, no qual o motorista configura todos os parâmetros da forma que desejar.

O câmbio que equipa esse A3 é um S-Tronic de sete velocidades com borboletas localizadas atrás do volante para trocas manuais. Apresenta um ótimo comportamento, com trocas ao mesmo tempo rápidas e suaves, que tornam a condução agradável.
Uma curiosidade do modo Efficiency é que o sistema desengata o câmbio e deixa o carro em ponto morto quando você está percorrendo uma descida leve, por exemplo,. Na prática, o motorista quase não percebe, mas fica evidente na melhora do consumo de combustível.

O Audi A3 Sportback vem equipado com suspensão traseira independente multilink. Além de deixar o carro mais confortável, esse conjunto faz com que a condução seja muito segura. Lembra da Estrada dos Romeiros? Pois em suas dezenas de curvas o A3 Sportback mostrou um comportamento elogiável: o carro esteve na mão o tempo todo e exibiu estabilidade excepcional - curvas feitas de forma macia e confortável, e, ao mesmo tempo, com alguma pegada de esportividade..
Além disso, o carro freia muito bem, já que é equipado com discos nas quatro rodas. Estas têm aro 18, as mesmas do Audi RS3, com pneus perfil 40, bem baixo. Apesar disso, o carro não sofreu tanto nos buracos das ruas de São Paulo. Mas vale redobrar a atenção para não sofrer com batidas secas inesperadas (e inevitáveis).
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Consumo

Usamos o modo Efficiency na condução urbana, o modo Dynamic na Estrada dos Romeiros e o modo Comfort na Rodovia dos Bandeirantes. Assim, o Audi A3 Sportback registrou uma média de 12,3 km/l. Mas é bom destacar que, na Estrada dos Romeiros, usamos mais as trocas de marchas manuais e a condução foi mais esportiva - eassim, exigimos um pouco mais do motor e, obviamente, isso impactou no consumo.

Já com direção tranquila e apenas no modo Efficiency, a média de consumo - na cidade - foi de 14 km/l, e na estrada chegou a ótimos 17 km/l. São números bem interessantes, ainda mais por se tratar de um carro com bastante potência.

Por dentro

O carro tem o interior bastante sofisticado devido ao Pacote S Line. No painel, o cluster central é todo digital, colorido e configurável em três modos.
Já a tela multimídia tem 10,2 polegadas e é bem moderna e rápida, mas fica devendo uma tecnologia que já aparece em carros básicos - o pareamento sem fio com Apple CarPlay e Android Auto. Aqui no A3, para espelhar o celular na central multimídia, só via cabo. Por outro lado a alavanca de câmbio, que lembra bastante a do Porsche 911, dá uma valorizada bacana na cabine.

Já que falei de fio, o carregamento de dispositivos neste Audi pode ser feito por tomadas USB do tipo C, tanto na frente quanto atrás. Mas não há entradas USB padrão, tomada 12V ou carregador por indução.

O acesso aos controles do ar-condicionado, que é digital dual zone com modo econômico para gastar menos combustível, é fácil e feito por botões.
O interior do Audi A3 estava ficando defasado, mas a marca resolveu esse problema neste carro. Tudo tem ótimo acabamento e toques de luxo. A cabine deste A3, inclusiva, foi inspirada na do Lamborghini Urus. O volante tem base achatada e faz parte do Pacote S Line, assim como os bancos mais esportivos, que lembram até aquela pegada "concha", mas com bastante conforto.

O banco do motorista tem ajustes elétricos, mas para o passageiro ao lado é manual. Já o espaço interno é praticamente o de um hatch compacto, e não o de um hatch médio. Ou seja, pessoas de estatura grande não ficam tão confortáveis no banco traseiro, já que o espaço para os joelhos é um tanto limitado.

Além disso, três ocupantes ali atrás ficam apertados - melhor levar apenas dois passageiros, inclusive porque o túnel central é alto e a saída do ar-condicionado limita bastante o espaço para as pernas de um terceiro ocupante, no meio.
O porta-malas, por sua vez, tem 380 litros de capacidade - uma capacidade apenas razoável. Mas com o rebatimento dos bancos traseiros, o espaço de carga auemnta para 1.200 litros.
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O que falta?

O carro tem câmera de ré com as guias para auxiliar em manobras e também sensores de estacionamento dianteiros e traseiros. A questão é que o A3 não tem piloto automático adaptativo, alertas de pontos cegos, alerta de tráfego cruzado, assistente de permanência em faixa e frenagem automática de emergência.
Hoje, essas assistências à condução estão presentes até em carros mais baratos - às vezes não como itens de série, mas pelo menos opcionais. Por isso é estranho a Audi não ter disponibilizado essas tecnologias eletrônicas nem mesmo como pacote extra.
A versão cedida pela Audi para o teste veio equipada com farol LED Matrix Automático. Mas o que isso significa? Com a luz alta ligada e o sistema acionado, o farol identifica a presença de veículos na mesma pista e vindos no sentido contrário, controlando a intensidade e o foco da luz de forma independente para cada um dos faróis. Nesta versão Performance Black, o carro também tem teto-solar elétrico panorâmico, sistema de som Bang&Olufsen 3D e conjunto de luzes ambiente.

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