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Audi A4 seguirá como carro mais vendido da marca?

Testamos a versão topo de gama da linha 2021 do sedã, que chegou recentemente com preços entre R$ 240 mil e R$ 305 mil

por André Deliberato

Na avaliação de hoje vamos te contar uma coisa e fazer uma pergunta. O Audi A4 é simplesmente o carro mais vendido da história da marca das quatro argolas em todo o mundo, com mais de 7,5 milhões de unidades emplacadas desde que foi lançado, entre o final de 1994 e começo de 1995.
E a gente trouxe para o teste a versão mais completa da linha 2021 do sedã, que acaba de ser lançada por aqui. A pergunta que prometemos fazer é a seguinte: você acredita que o modelo mantém esse status de mais vendido ou que em breve esse posto será de um SUV? Deixe sua opinião no campo de comentários!
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Audi A4 Performance Black 2021

O Audi A4, nessa versão mais cara, custa R$ 304.990. E que a configuração de entrada, hoje, começa na casa dos R$ 230 mil.
Vale lembrar que lá fora o Audi A4 é um carro comum; e que, por aqui, é de luxo. Por isso, para fazer valer a compra, a Audi teve que fazer como outras fabricantes e dotar o modelo com a maior quantidade possível de equipamentos. Por isso, no teste de hoje, o WM1 vai mostrar que, por essa grana, você leva para casa um sedã muito bem equipado, refinado e estiloso.

Design renovado

Visualmente, o carro recebeu um facelift que deu um ar mais sofisticado ao design. Na frente, a grade conhecida como "Singleframe" é a maior novidade, assim como os LEDs nessa configuração mais cara, que têm nova disposição e função matricial - uma assinatura parecida com a que vemos em A6 e A8. Mas é importante destacar que todas as versões do novo A4 já vêm com conjunto full-LED.
Atrás, os pequenos pontos de LED também ficam sobre a lanterna, assim como acontece na frente. De modo geral, o carro ganhou um aspecto mais esportivo e ao mesmo tempo elegante sem que fosse necessário trocar de geração.
Ponto importante: essas mudanças representam o tradicional tapa de visual de meia vida, já que a atual geração do A4 foi lançada em 2015; a nova geração, no entanto, deve chegar entre 2022 e 2023.

Mecânica

Aos graxeiros de plantão, hora de falar de mecânica. O novo A4 é sempre equipado com motor 2.0 turbo com injeção direta, o tradicional e premiado conjunto TFSI. Nas versões Prestige e Prestige Plus, são 190 cv e 32,6 kgf.m de torque. Na Performance Black, testada, são 249 cv e 37,7 kgf.m. O câmbio é sempre automatizado de dupla embreagem e sete marchas.
Agora os números: 0 a 100 km/h em 7,3 segundos e velocidade máxima de 240 km/h no Audi A4 Prestige e Prestige Plus; 5,8 segundos e 250 km/h na topo de linha, que tem como diferencial a tração integral quattro - enquanto nas duas primeiras o sistema de tração é dianteiro.

Acabamento e interior

Quando você entra no carro, aquela sensação de estar em um veículo premium aparece logo de cara. Materiais de qualidade, ótima posição de dirigir e ergonomia perfeita são as primeiras coisas que você sente. Banco, revestimento das peças... É tudo de primeira. Mas nem deveria ser de outro jeito, afinal falamos de um sedã de luxo.
No espaço traseiro, a mesma coisa: ótimos materiais e excelente espaço para dois adultos, melhor até que os tradicionais sedãs médios nacionais, como Toyota Corolla, Honda Civic, Cruze e Jetta, entre outros. Mas atenção: o conforto é muito bom somente para duas pessoas, já que uma terceira praticamente perde o espaço para as pernas devido ao túnel central elevado.
Mas o modelo tem alguns diferenciais, como as saídas de ar-condicionado centrais, duas entradas USB e até um display para controlar a zona exclusiva de ar-condicionado traseira, já que são três no total dentro da cabine. Isso sem comprometer o porta-malas, que tem bons 460 litros.

Muito completo

O novo Audi A4 vem desde a versão básica com carregador de celular por indução; CarPlay e AndroidAuto sem fio na central multimídia; chave presencial; rodas de liga aro 18; câmera de ré e sistema de monitoramento de pressão dos pneus.
Na segunda configuração, Prestige Plus, ganha o ar-condicionado de três zonas; painel de instrumentos digital em HD; GPS integrado na central multimídia; bancos esportivos com ajuste elétrico; controle de cruzeiro adaptativo (ACC); sistema de alerta de saída de faixa e teto solar elétrico - que é opcional na primeira.
Já na última, como a unidade que testamos, além do motor mais forte e da tração integral, recebe um capricho adicional no acabamento; bancos que combinam couro com alcântara, além de memorizador de posição; volante mais esportivo com base achatada e revestido em couro e o sistema park-assist que pode fazê-lo estacionar sozinho, com sensores dianteiro e traseiro.

Ah, mas tem opcionais: head-up display; som da grife Bang&Olufsen em 3D; pacote Assistance City (com aviso de colisão traseira e assistente de mudança de faixa) e os citados faróis matriciais em LED nos faróis dianteiros. Na prática, ele pode passar de R$ 330 mil com todos esses equipamentos.

E como anda?

Hora de acelerar. Logo de cara, fica claro que a diferença de potência e torque de uma versão para a outra é ainda mais sentida graças ao excelente sistema de tração integral da Audi, conhecido como quattro. O carro é voraz, mesmo com motor de 2 litros e quatro cilindros. E o câmbio é outro grande influenciador desse ótimo comportamento dinâmico.
No painel, ainda dá para ajustar o carro em diferentes modos de condução: Eficiente, Confortável, Automático e Dinâmico, além de um individual que permite que você configure a "personalidade" do carro à sua maneira.

Outro destaque vai para a nova central multimídia, que a Audi chama de MMI. Bem completa, o sistema permite que você conecte seu celular via CarPlay ou AndroidAuto sem fio e ainda oferece uma série de conteúdos bacanas, como GPS nativo integrado, som de qualidade e um toque parecido com o de tablets com tela de retina. Isso sem falar que você pode deixar seu smartphone carregado sem precisar de fio.
Além disso, como deveria ser, ele acelera e freia muito. Para quem roda só na cidade, é mais que suficiente. E para quem pega estrada, o modelo tem fôlego de sobra para ultrapassagens e retomadas de velocidade. O mais impressionante é que faz isso sem beber demais: segundo dados oficiais, são 9,7 km/l na cidade e 12,3 km/l em percurso rodoviário, sempre com gasolina.
No fim das contas, dá para rodar mais de 700 quilômetros com um só tanque... Mas é bom colocar da gasolina premium, ok?

Conclusão

Aqui, o óbvio: o carro é um tesão de guiar, extremamente luxuoso e bem equipado, além de bem econômico para sua categoria e seu peso, afinal são 1.545 quilos. E, cá pra nós, o preço faz jus ao modelo se considerarmos os valores dos principais rivais, como BMW Série 3, Classe C e Volvo S60.
Em uma resposta quase que utópica à pergunta no começo do texto, a real é que esse sedã tem totais condições e atributos para continuar no topo da lista de carro mais vendido da história da Audi. Ou melhor, teria... se não fosse a paixão ardente que os compradores de carros de luxo têm hoje em dia por SUVs.

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