Procurei no dicionário pela definição de “felicidade”. Encontrei o seguinte: “Estado de espírito de quem se encontra alegre ou satisfeito”. Achei também, entre vários significados, que “felicidade” pode ser “acontecimento ou situação feliz ou alegre, de sorte, sucesso, ventura”.
No entanto, a gente poderia trocar essas definições por apenas uma: “guiar um genuíno Audi RS”, como o testado por nós, o RS Q3 Sportback. Para a felicidade deste escriba, o modelo é uma brincadeirinha equipada com o glorioso motor 2.5 TFSI de 400 cv. Um verdadeiro foguetinho.
A bela carroceria do RS Q3 Sportback é 45 mm mais baixa que a do RS Q3, digamos, “normal”. Isso evidencia muito bem a proposta do carro, que é, claro, a de alegrar nossos corações como um legítimo esportivo. O caimento do teto confere ao veículo aspecto mais acupezado e, claro, invocado.
O modelo tem também rodas de 21 polegadas, calçadas por pneus 255/35 para uso esportivo que evidenciam ainda mais a proposta. Os 10 mm adicionais de bitola são, entre aspas, escondidos, como é possível ver pelos apliques na lateral.
A carcaça do retrovisor é em carbono, mas também pode ser em preto, estilo alumínio ou na cor do veículo. Aí depende do gosto do freguês. A escolha, vale frisar, não pesa no bolso.
Na dianteira, o RS Q3 Sportback tem como destaque a grade em formato de colmeia que, na unidade testada, tem pacote visual em preto brilhante que escurece até mesmo as famosas quatro argolas da Audi. Outros pontos que merecem elogios são os faróis fullLED e as entradas de ar de tamanho muito mais que digno.
Por causa do caimento, o teto solar não é panorâmico, mas, mesmo assim, dá aquele quê a mais ao RS Q3 Sportback. Na traseira, as ponteiras de escapamento ovais são as grandes vedetes. Além do visual, elas garantem deliciosos “tiros” nas trocas de marcha.
O Audi RS Q3 Sportback tem visual no interior que salta aos olhos. O acabamento do habitáculo é, claro, muito bom. O volante com base aplanada é revestido em Alcântara, que também se faz presente nas portas, na manopla do câmbio e no painel. Este último tem boa área suave ao toque e conta ainda com inserts exclusivos em carbono.
A cor vermelha se faz presente em detalhes nas costuras dos cintos de segurança e dos bancos revestidos em couro com encosto de cabeça integrado, com inscrição RS. Os bancos dianteiros, vale frisar, têm ajuste elétrico tanto para motorista quanto para passageiro – além de aquecimento.
Aqui temos ainda pedais com esmerado acabamento em alumínio, tapetes em preto com logo RS bordado, soleiras de porta RS e pacotes de luzes customizáveis com 30 opções de cores. Além disso, o RS Q3 Sportback dispõe de ar-condicionado de duas zonas com saída para o banco traseiro e excepcional sistema de som Bang&Olufsen de 680 watts de potência, 16 canais e 15 alto-falantes – incluindo subwoofer.
Mas a lista não para por aí. Há ainda o Audi Virtual Cockpit Plus. O painel de instrumentos com display de 12,3 polegadas tem resolução full HD e te dá as mais variadas informações sobre o carro.
Por se tratar, porém, de um modelo de linhagem nobre e invocada, o RS Q3 Sportback recebe outros presentinhos do Virtual Cockpit. Aqui, também são fornecidas ao condutor informações de torque e potência, tempo de volta, força-G e acelerações. Imagina seu sorriso, cheio de alegria e felicidade, ao ver esses dados enquanto pilota em Nürburgring?
O carro dispõe ainda da já conhecida central multimídia MMI Plus, com tela de 10,1 polegadas de alta resolução e interface bem amigável. O sistema dispõe de conectividade com Android Auto e Apple CarPlay e dispensa o glorioso fio. Os passageiros da frente dispõem ainda de entradas USB dos tipos A, mais comum, e C, tomada 12V e carregador de celular por indução.
A lista de equipamentos do RS Q3 Sportback inclui também piloto automático adaptativo, alerta de saída de faixa, controle automático de distância, sensores de estacionamento, câmera de ré, sistema de airbags para cabeça, entre outros.
Vamos agora às dimensões do Audi RS Q3 Sportback. O esportivo mede 4,5 m de comprimento, 1,85 m de largura, 1,55 m de altura e 2,68 m de entre-eixos. O porta-malas do modelo, com abertura elétrica, tem capacidade para 530 litros. O volume é o mesmo do Q3 civilizado.
Quem viaja na parte de trás tem bom espaço para as pernas. Só que pessoas mais altas podem bater a cabeça no teto – um problema da carroceria acupezada. Quanto à comodidade, os passageiros dessa área têm à disposição saídas de ar-condicionado, entradas USB do tipo C e tomada 12V. Contam, claro, com cinto de três pontos e encosto de cabeça.
O RS Q3 Sportback é empurrado pelo absurdo motor 2.5 TFSI de cinco cilindros. Ele entrega 400 cv de potência, 60 cv a mais na comparação com a geração anterior do modelo. O torque, por sua vez, é de 48,9 kgf.m. Esse ímpeto já é liberado ali na casa dos 1.950 giros e vai até 5.850 rotações, onde cruza justinho com a entrega de potência máxima.
O propulsor é todo em alumínio, tem virabrequim forjado, cabeçote com duplo comando variável e injeção direta e indireta. Tudo isso garante um ronco maravilhoso, de tirar qualquer um da tristeza profunda. É lindíssimo.
O motor 2.5 casa com o câmbio automatizado de dupla embreagem S-Tronic de sete velocidades e sistema de tração Quattro, capaz de jogar 100% de tração no eixo traseiro. O conjunto trabalha com perfeição, com desempenho que se traduz nos números. O 0 a 100 km/h desse carro, em 4.5 segundos, é menor, para você ter uma ideia, que o do Porsche Macan GTS.
A velocidade máxima é de 280 km/h. Uma beleza também. Toda essa brutalidade é contida por freios a disco nas quatro rodas. Na dianteira, bom destacar, os discos são ventilados e perfurados.
A tocada do RS Q3 Sportback é uma loucura. Na hora de arrancar, o bicho dá aquela “destracionada” gostosa. Nas retas, o carro pede constantemente pé afundado no acelerador. Parece que não cansa mesmo.
Já nas curvas, o modelo aponta sempre com precisão. Mesmo o condutor menos hábil consegue achar o ápice da curva com facilidade. Se você abusar muito, claro, o carro sai de frente. Mas dá para ser controlado com alguma tranquilidade graças à direção direta, sempre na mão.
A posição de dirigir é muito boa e adequada à proposta, mais baixa. Os bancos seguram bem e o motorista pode fazer trocas nas borboletas. Nas trocas, aliás, você ouve aqueles "tiros" vindos do escapamento. Uma delícia.
O RS Q3 Sportback traz os quatro tradicionais modos de condução da Audi, que pode m primar por otimização do consumo ou comportamento mais esperto. Mas o esportivo tem dois modos adicionais, customizáveis, RS1 e RS2, que podem conferir ao carro dinâmica ainda mais prazerosa.
A suspensão, mesmo no modo de condução que dá mais conforto, não evita aquelas batidas mais secas. Mas olha, mesmo assim dá para ir ao shopping com esse camarada aqui numa boa. Até porque, o modelo não chega a ser tão desconfortável quanto outros esportivos e tem número adequado de consumo. Conseguimos médias de 7,9 km/l em ciclo misto com o modelo — isso abusando do modo de condução RS.
Aqui serei breve. O Audi RS Q3 Sportback é bonito e faz jus à proposta esportiva. Anda demais e garante o sorriso de quem está ao volante. Custa R$ 539.900? Custa. Mas traz uma felicidade que eu vou te contar.
AUDI - RS Q3 - 2020 |
2.5 TFSI SPORTBACK QUATTRO GASOLINA S-TRONIC |
R$ 465990 |
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