Basalt 1.0 manual: o SUV baratinho vale a pena?

Os SUVs conquistaram de vez o coração dos brasileiros. E não é achismo! De acordo com os dados da federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), mais de 50% dos carros zero-quilômetro vendidos em janeiro pertencem a essa categoria.

Mas, até pouco tempo, quem queria um utilitário esportivo tinha que desembolsar uma boa quantia. Agora, a Citroën chegou com uma proposta tentadora: o Citroën Basalt Feel 1.0 manual, um SUV espaçoso com preço de hatch. Mas será que vale a pena?

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Preço: SUV com valor de compacto

Antes mesmo da versão manual, o Basalt Feel automático já era o SUV mais barato do Brasil. Com a chegada da transmissão manual, ficou ainda mais acessível: R$ 91.990.

Para se ter uma ideia, esse preço é menor que o de um Chevrolet Onix (a partir de R$ 93.760) ou de um Volkswagen Polo Track (R$ 92.990), ambos 1.0 e manuais. Ou seja, você pode sair com um SUV novinho pelo mesmo valor de um hatch "popular".

Visual arrojado

Gosto é pessoal e não se discute, mas o Basalt tem um design que não passa despercebido. A carroceria cupê e as linhas robustas dão um toque de sofisticação ao modelo.

Na frente, o conjunto óptico traz faróis halógenos com luzes de rodagem diurnas (DRLs) em LED. As rodas de liga leve de 16 polegadas mantêm o estilo esportivo, e os retrovisores têm repetidores de seta. Na traseira, as lanternas salientes dão aquele charme extra.

Espaço e porta-malas generosos

Além do preço, outro ponto forte do Basalt é o espaço interno. Com entre-eixos de 2,64 metros, ele acomoda bem os passageiros, mesmo os mais altos.

E o porta-malas? Com 490 litros de capacidade, carrega de tudo: malas, carrinho de bebê, e muitas compras. O único detalhe é um desnível entre a carroceria e o assoalho, o que pode dificultar um pouco na hora de colocar e tirar objetos mais pesados.

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Equipamentos de série: o essencial, mas sem luxos

Por ser um SUV de entrada, o Basalt Feel manual não traz tantos mimos, mas entrega um pacote honesto:

O acabamento é todo em plástico, o que é comum na categoria, e os bancos são revestidos em tecido. O ponto positivo é que os passageiros traseiros têm duas entradas USB tipo A. Mas não há saída de ar-condicionado para eles.

Motor e desempenho: SUV tem foco na economia

O Basalt Feel manual é equipado com o motor 1.0 Firefly de até 75 cv de potência e 10,7 kgf.m de torque com etanol. Não é um foguete, e precisa de 15,2 segundos para atingir 100 km/h. A velocidade máxima é de 157 km/h.

Mas é um carro econômico: faz até 13,2 km/l na cidade e 14,3 km/l na estrada com gasolina e 9,2 km/l e 10,1 km/l, respectivamente, com etanol. Ou seja, com um tanque de 47 litros, pode rodar até 686 quilômetros sem precisar abastecer.

A suspensão prioriza o conforto, garantindo uma condução leve. No entanto, faltam assistências de condução.

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Custo de revisão e seguro

Não adianta ter um carro barato e gastar horrores com manutenção, certo? A Citroën oferece revisões programadas até os 60 mil quilômetro por um total de R$ 5.531.

Já o seguro anual custa, em média, R$ 5.202,37. No entanto, não se esqueça que esse preço varia de acordo com o perfil do segurado e região de residência.

Vale a pena investir no SUV mais barato do Brasil?

O Citroën Basalt Feel manual tem como principal atrativo o preço. Mas não é só isso. O modelo tem conectividade via Android Auto e Apple CarPlay sem fio, um painel 100% digital e um porta-malas maior que os de muitos SUVs mais caros, além de vir de série com câmera de ré.

No entanto, alguns pontos poderiam ser melhores. O carro não tem uma entrada USB tipo C e carregador por indução. A ausência de sensor de estacionamento e chave presencial também são sentidas. Já o isolamento acústico poderia ser mais eficiente. Além disso, a antena convencional - em vez da moderna tipo shark - prejudica o visual do SUV.

De forma geral, o Citroën Basalt Feel manual é uma opção interessante para quem quer um SUV acessível, espaçoso e econômico. Entrega mais que muitos hatches pelo mesmo preço, embora falte um pouco de tecnologia e conforto.

Agora, a pergunta que não quer calar: será que o preço competitivo será suficiente para o Basalt se destacar mais nesse concorrido segmento?