Teste Bmw 330e 6

BMW 330e é o Série 3 em sua melhor forma

Versão híbrida do sedã tem o melhor compromisso entre desempenho, eficiência energética e equipamentos tecnológicos


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Com 2.440 emplacamentos no acumulado do ano até julho, o BMW Série 3 vende quase cinco vezes mais do que os concorrentes somados. Pode ser um dado bruto, mas corrobora com a tese de que ele é, de fato, o melhor sedã compacto premium. Na versão híbrida 330e, ele encontra seu apogeu.

Além de entregar desempenho que faz inveja a muito carro esportivo, o três-volumes importado de Munique, Alemanha, propõe consumo médio de combustível próximo a 60 km/l. A performance chamativa é fruto da parceria proposta pelo propulsor 2.0 turbo de quatro cilindros, que entrega 184 cv de potência e 30,6 kgf.m de torque com um motor elétrico que desenvolve 113 cv e 26,1 kgf.m.

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A junção dos componentes proporciona 252 cv de potência. Porém, o conjunto do BMW 330e dispõe de um ‘boost’, que proporciona 40 cv adicionais durante 10 segundos. Para contar com essa ajudinha, basta sentar o pé do acelerador no assoalho. Esta dinâmica é de bom grado em situações como retomadas ou ultrapassagens na estrada.

Externamente, as únicas diferenças do BMW 330e estão a tampa para carregamento da bateria e o 'E'
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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Já o torque combinado do conjunto híbrido é de 42,8 kgf.m, que surgem de maneira quase instantânea, de modo que o sedã é capaz de cumprir com a aceleração de 0 a 100 km/h em 5,9 segundos.

Econômico e esportivo

É evidente que falamos de um carro híbrido, o que nos remete muito mais às obrigações de eficiência energética do que de dinâmica de performance. Mas também não podemos deixar de lado de que tratamos de um modelo da BMW, marca que carrega DNA com uma dose a mais de esportividade em relação aos concorrentes.

Sendo assim, vale destacar que o 330e tem pegada e posição de dirigir característicos da marca bávara. É uma carroceria mais baixa e que se apropria do peso extra das baterias para ter uma aerodinâmica mais esportiva.

Também é uma experiência agradável acompanhar o desempenho do câmbio automático de oito velocidades. Preciso, ele compreende rapidamente a tocada que o motorista quer empregar.

Ao acionar o botão Sport, o trabalho do câmbio fica mais nítido. Mas quando a intenção é ter uma dinâmica mais amena, não só a transmissão, mas os conjuntos de suspensão e direção assumem um perfil mais confortável.

O interior do BMW 330e mescla requinte com bastante tecnologia
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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Quando a ideia é usar o modo híbrido ou elétrico, chama a atenção o desempenho do freio. O carro desacelera já ao tirar o pé do acelerador, de forma que o pedal da esquerda é usado muitas vezes apenas a fim de parar o veículo completamente. Vale ressaltar que as frenagens são regenerativas, ou seja, a força delas viram energia para a bateria.

Como o BMW 330e é um híbrido do tipo plug-in, a bateria de íon-lítio também pode ser carregada pela tomada. Em um sistema convencional de 220V, o tempo de recarga completa é de 6 horas.

Mas a BMW oferece um sistema chamado Wallbox, que é mais eficiente. Com ele, 80% da carga da bateria é restabelecida em menos de 3 horas.

Tomada para carregamento da bateria fica no para-lama dianteiro do BMW 330e, próximo ao motorista
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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Outra maneira de desenvolver energia para a bateria é por meio do motor a combustão. Basta apertar um botão ao lado da manopla do câmbio para que o sistema elétrico seja abastecido pelo propulsor turbo.

Embora seja prática, esta dinâmica faz com que o consumo médio de combustível caia drasticamente, uma vez que o motor turbo acumula as funções de tracionar o veículo e carregar a bateria.

Quase 60 km/l

Mas em condições convencionais de rodagem, a eficiência de consumo é de cair o queixo. Com base em padrões europeus, a BMW afirma que o 330e pode chegar à média de 58,8 km/l. No modo elétrico, o sedã é capaz de rodar até 66 quilômetros sem gastar um pingo de gasolina.

Toda a dinâmica do conjunto híbrido pode ser acompanhada por meio da central multimídia de 12,3 polegadas sensível ao toque. Desde julho, o sistema pode ser pareado com Apple CarPlay e Android Auto por conexão Wi-Fi. Esta é uma melhoria enfática, uma vez que havia exclusividade com aparelhos da marca da maçã. Ainda assim por cabo, somente o sistema CarPlay é reconhecido.

O sedã é recheado de câmera que auxiliam na condução e estacionamento
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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Outra tela digital compõe o painel de instrumentos. Ela tem 10,25”, oferece diversas informações de rodagem, mas não permite muitas personalização.

Ambos os sistemas são itens de série, assim como ar-condicionado de três zonas, sistema de som assinado pela Harman Kardon, start-stop, iluminação interna configurável, teto solar, além de airbags frontais, laterais e de cortina.

Como a versão conta com o pacote M Sport, o sedã vem ainda com bancos e volante esportivos, além de soleira, luzes de cortesia e cintos de segurança com as cores da divisão Motorsport.

Outros equipamentos de destaque são faróis a laser, rodas de liga leve de aro 19”, ponteira dupla de escape, assim como faróis de neblina e lanternas tridimensionais em LED.

Design mais esportivo do BMW 330e é herdado da versão 330i
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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O BMW 330e M Sport carrega ainda um avançado sistema semi-autônomo. Por meio de câmeras e sensores, o modelo é capaz de controlar aceleração, frenagem e até o direção. Em respeito à legislação, ele só funciona se você estiver com as mãos ao volante.

Não confunda as letras

O pacote de equipamentos é o mesmo da versão 330i M Sport – a letrinha depois dos números faz toda a diferença para você não se confundir. A diferença fundamental é que o 330i custa R$ 319.950 e é equipado com motor a gasolina de 258 cv. Já o BMW 330e, protagonista desta avaliação, é mais barato (R$ 297.950) e leva conjunto híbrido mais potente e mais econômico.

A explicação para o preço inferior do Série 3 híbrido está na isenção de impostos para veículos equipados com motor elétrico. Desta forma, a variante a gasolina 330i perde até razão de existir.

Outra diferença importante entre os dois está no bagageiro. Mesmo com um calombo por abrigar a bateria, o 330e tem porta-malas um pouquinho maior do que o restante da linha. São 375 litros, contra 365 litros dos demais.

O 330e é equipado com pneus run-flat, que podem rodar até mesmo quando furados
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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A diferença ocorre porque a versão híbrida não tem estepe. Os pneus são do tipo run-flat, ou seja, podem rodar mesmo se estiverem furados até que você chegue ao borracheiro mais próximo.

Já as demais medidas são as mesmas de qualquer Série 3. O comprimento é de 4,71 metros, sendo que o entre-eixos é de 2,85 m. Quem tem estatura mediana viaja tranquilamente, mas como o túnel central é bastante elevado, apenas dois adultos vão com conforto lá atrás.

Mas é na parte frontal do habitáculo que o sedã se destaca. Saltam aos olhos a diversidade de materiais. Além de couro, há alumínio, preto brilhante, além de um tecido especial no teto.

Melhor da categoria

Diante de tantos predicados é possível dizer que o BMW 330e M Sport é o melhor sedã da categoria. Ele faz jus à tradição do Série 3 com um conjunto mecânico que alia esportividade e eficiência energética insana.

Fora isso, a marca alemã encontrou um bom compromisso em relação a design e requinte para o sedã mais barato da linha – o Série 3 não fica devendo muito para o Série 5.

É verdade que o Volvo S60 apresenta um primoroso produto, especialmente na versão R-Design (R$ 295.950), com seus 407 cv de potência. Embora tenha itens sofisticados de segurança e seja o mais rápido da categoria, com aceleração de 0 a 100 km/h em 4,4 segundos, a proposta é diferente do BMW 330e, que consegue entregar desempenho de respeito, aliado à tecnologia, requinte e eficiência energética.

Em resumo, o BMW 330e M Sport reúne qualidades para agradar gearheads ávidos por performance e chefes de família preocupados com conforto e soluções mais sustentáveis de consumo.

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