Com reestilização, JAC J3 melhora imagem e mantém bom recheio

Avaliamos o modelo chinês após sua “cirurgia plástica”


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Rodrigo Samy
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O número de cirurgias plásticas em adolescentes entre 14 e 18 anos mais do que dobrou em quatro anos – saltou de 37.740 procedimentos em 2008 para 91.100 em 2012 (141% a mais), segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). O Brasil é o segundo País do mundo em número de cirurgias plásticas – fica atrás apenas dos Estados Unidos. O modelo J3 nasceu por aqui em março de 2011. Na época, lembro que fiz uma reportagem com o seguinte início: “Nunca na história das minhas avaliações, algo em torno de 10 anos, um automóvel foi tão paparicado como esse danado chinesinho chamado de JAC J3. O carro que começa a ser vendido hoje – criaram o dia JAC para a inauguração das 50 concessionárias – recebeu inúmeros questionamentos e muitos olhares desconfiados e ao mesmo tempo carinhosos”.

 

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Em pouco tempo, dois anos, bem jovem, o Jac J3 recebeu a sua primeira “cirurgia plástica”. Que ele ficou mais agradável aos olhos não há duvidas. Porém o resultado não foi positivo no número de emplacamentos da Fenabrave (Fcaptionação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), onde em 2012 foram comercializados mais de 8.000 J3. Com a rejuvenescida o chinês marca um acumulado em 2013 de um pouco mais de 3.000 unidades. Um dos culpados pela não evolução do J3 e o urbaninho J2. O carrinho está na frente do abre-alas da marca por aqui com mais de 4.000 carros vendidos.

 

O WebMotors avaliou o Jac J3 reestilizado por uma semana. No período o carro se destacou por chamar mais a atenção por onde passou. Ou seja, o design realmente influenciou positivamente. De acordo com Sérgio Habib, presidente da marca, a concepção foi desenvolvida no Centro de Design da JAC Motors, em Turim, na Itália.

 

O grande “X” da questão do J3 é que internamente pouco foi modificado e alguns percalços encontrados na primeira edição continuaram. Um exemplo é o ajuste do retrovisor invertido, assim com o baixo índice de visibilidade. Uma boa mudança ficou por conta do painel. O item anterior oferecia uma difícil leitura dos números e aquela bonita iluminação azul inaugurada pelo Volkswagen Gol. O novo está mais atual, apesar de abusar dos enormes números digitais no centro.

 

No volante, o modelo restilizado ficou menos ruidoso e com a suspensão mais firme. O volante continua grande e com pouca precisão. Ideal para estacionar, mas incomoda para o circuito rodoviário. Com 2,40 m de entre-eixos, o JAC J3 tem uma construção não agradável aos motoristas com altura acima de 1,80 m. Outro senão fica por conta da volumosa coluna C, que interfere às vezes no ato de entrar e sair do carro.

 

O hatch chinês usa um quatro-cilindros 1,4L, de exatos 1.332 cm³, confeccionado em bloco de alumínio e desenvolvido em parceria com a austríaca AVL. Com 108 cv e 138 Nm (14,1 kgfm), o J3 acelera de 0 a 100 km/h em 11,7s. Pesando 1.060 kg, o modelo consegue ser mais leve que muitos modelos da sua categoria. A relação peso/potência fica marcada em 9,8 kg/cv. Durante a nossa avaliação pôde-se perceber que o JAC J3 é um modelo de bom torque e que oferece boa força no circuito urbano. No consumo ele marcou 10,8 km/l de gasolina no método tanque-a-tanque.

 

Conclusão: Quando chegou, em 2011, o J3 foi massacrado pela crítica e pelo consumidor. O modelo reestilizado ganhou alguns acertos necessários e, hoje, o carro já está mais aceito. Na tabela WebMotors, por exemplo, você encontra quase 300 modelos anunciados. O valor começa em R$ 20 mil. As vantagens do modelo continuam sendo o bom pacote de equipamentos, enquanto as desvantagens estão na antiga estrutura do carro.   

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