Até a linha 2023, o Fiat Argo não era exatamente conhecido pela variedade de versões com câmbio automático. Quem queria abrir mão do pedal de embreagem tinha que optar, obrigatoriamente, pelo motor 1.8 E.torQ. Mas, antes tarde do que nunca, a marca passou a oferecer o propulsor 1.3 com a opção da transmissão CVT.
A combinação do motor Firefly com o câmbio automático melhorou o potencial competitivo do Argo e fez com que a versão Drive passasse ainda a ser o modelo automático mais acessível do mercado brasileiro, com preços a partir de R$ 90.990.
Ficou curioso para conhecer outros destaques do hatch automático da Fiat? Confira nas linhas a seguir e não deixe de ver também o teste em vídeo do modelo.
Lançado em 2017, o Fiat Argo passou no ano passado por uma leve reestilização, quando incorporou uma nova grade frontal e para-choque redesenhado.
Mesmo com essas mudanças, o Argo segue com dimensões e estilo mais próximos das dos hatches compactos dos anos 2010 do que dos modelos mais recentes - e maiores - da categoria. Um carro de linhas minimalistas, feitas para agradar ao maior número possível de pessoas.
A nota de ousadia fica por conta do pacote opcional S-Design, que adiciona rodas de liga leve de 15 polegadas com acabamento escurecido, além de outros elementos estéticos na cor preta. Mesmo assim, o Argo ainda é um carro com uma pegada bastante sóbria.
Com a mesma cara desde 2017, o Argo Drive CVT se diferencia dos carros com câmbio manual apenas pela alavanca do câmbio CVT. Por dentro, o hatch da Fiat segue o estilo do exterior, com linhas harmoniosas e materiais simples, embora a variação nas cores e texturas ajude a tornar o ambiente na cabine mais rico.
Além do banco ajustável em altura, a coluna de direção pode variar em inclinação (mas não em profundidade). A posição de dirigir é alta, o que pode não agradar a todos os motoristas. Mas, no caso dos mais baixinhos, os comandos estão todos próximos do motorista.
O volante, compartilhado com outros Fiat e Jeep, merece elogio pelo desenho ergonômico, permitindo acessar os comandos de som e do painel quase sem tirar as mãos da posição ideal.
Com 4,03 m de comprimento, 1,72 m de largura, 1,96 m de altura e entre-eixos de 2,52 m, o Argo CVT tem um porta-malas de 300 litros. Números que botam o hatch da Fiat na média do segmento e se traduzem em um espaço interno mais adequado às necessidades de um casal sem filhos ou com um filho pequeno.
Em seu pacote básico de equipamentos, o Argo Drive CVT tem ar-condicionado, vidros dianteiros e travas elétricas, direção elétrica, multimídia com tela de sete polegadas, controles eletrônicos de tração e estabilidade, assistente de partida em rampas, alarme e até controlador automático de velocidade de cruzeiro.
O único pacote de opcionais é o S-Design, que por R$ 3.990 adiciona, além dos elementos estéticos que já citamos, uma recheada seleção de equipamentos: faróis de neblina, vidros traseiros elétricos, retrovisores elétricos com função tilt-down, sensor de estacionamento, chave presencial e ar-condicionado automático.
Com um pacote interessante de equipamentos mesmo em sua configuração mais básica, o Argo Drive CVT só escorrega mesmo na oferta de airbags. Oferece apenas os frontais obrigatórios, enquanto vários concorrentes mais acessíveis chegam a ter pelo menos as bolsas infláveis laterais.
Assim como o Cronos CVT que já testamos aqui na Webmotors, o Argo com o câmbio automático é um daqueles carros feitos para atender aos que curtem um rodar mais confortável do que esportivo, com uma direção leve e a suspensão macia.
O motor 1.3 de quatro cilindros, que desenvolve 107 cv a 6.250 rpm e 13,7 kgf.m a 4.000 rpm (números com etanol) agrada pelo rendimento em baixas rotações e faz um belo casamento com o câmbio CVT, que graças a essa característica do motor Firefly consegue entregar um funcionamento suave e silencioso.
Vale ressaltar que, com esse novo conjunto mecânico, o Argo se mostra bem superior ao carro com o câmbio automatizado GSR (oferecido até a linha 2020) e melhor até do que o hatch com motor 1.8 e a transmissão automática convencional de seis marchas (presente até a linha 2021), que não se destacava nem pelo desempenho, nem pelo consumo.
Falando em rendimento, o Argo CVT até tem um modo Sport de condução, que deixa o acelerador bem mais sensível. Mas dá para aproveitar bem mais o bom fôlego do motor usando o modo manual do câmbio.
O Argo Drive CVT acelera de zero a 100 km/h em 11,2 segundos e vai a 174 km/h. São números razoáveis para a categoria. Já em consumo, o hatch registra médias (com gasolina) de 12,6 km/l (cidade) e 13,9 km/l (estrada). Ainda que sem levar o título de mais econômico, são boas marcas para um hatch compacto.
O grande destaque do Fiat Argo Drive CVT é justamente o seu custo-benefício. Mesmo sem ser o carro mais potente, espaçoso ou econômico da sua categoria, oferece um bom pacote para quem quer ou precisa de um carro automático zero-quilômetro, mas não quer gastar muito.
A lista básica de equipamentos tem o que se espera de um carro atual e até alguns itens inesperados. Mas, se eu fosse você, investiria no pacote opcional S-Design, que agrega vários itens de série sem cobrar uma fortuna por isso.
Na mesma faixa de preço, os concorrentes diretos são o Chevrolet Onix Turbo AT (R$ 95.050) e o Citroën C3 Feel Pack 1.6 AT (R$ 95.990).
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