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Fiat Punto T-JET: hatch é pura diversão acima dos 2.000 rpm

Diversão em qualquer momento, desde que você mantenha o giro do motor 1,4-litro acima dos 2.000 rpm

por Rodrigo Samy

- O mercado de foguetes de bolsopocket rocketfabricados no Brasil vem perdendo fôlego. As opções estão cada vez menores, e piorou depois que a Volkswagen tirou o Golf GTI do mercado. O modelo que rodava com um motor 1,8-litro turbinado de 193 cv apresenta uma relação peso/potência de 7 kg/cv. A única opção nesta categoria, agora, é o Fiat Punto T-Jet, um modelo rápido e divertido com comportamento arisco.
Com 1.230 kg, o Punto oferece uma relação peso/potência de 8 kg/cv, número inferior ao do Chevrolet Vectra GT, que marca 9 kg/cv. Aliás, o T-Jet disputa um espaço acirrado no mercado dos hatches médios. Devido ao seu tamanho, ele atua, tecnicamente falando, na categoria dos compactos premium. Porém, não seria possível compará-lo com o Chevrolet Corsa SS, com o Peugeot 207 ou com o Citroën C3. O T-Jet tem mais potência e mais emoção que os três, além de custar um pouco mais. O valor sugerido do 1,4 litro turbinado é de R$ 60 mil.
Por esse valor dá para comprar algo tão arrojado e divertido quanto o Punto, até mais barato. O smart coupé chegou por meio de importação oficial da Mercedes-Benz e tem um valor sugerido de R$ 57,9 mil. A relação peso/potência do fortwo é 9,17 kg/cv. Quase um quilo a mais que o Punto e quase igual ao Chevrolet Vectra.
O modelo testado pelo WebMotors estava com dois pacotes de opcionais: ar-condicionado digital R$ 1.016 e sistema Blue&Me R$ 1.077. Já o teto-solar denominado pela Fiat de Skydome custa R$ 5.363 este acessório não estava presente no modelo testado. Com o valor total do Punto T-Jet, mais o teto-solar você consegue comprar dois Punto básicos equipados com motor 1,4-litro. Por isso, pense antes de fechar o negócio.
Turbina de 1 bar
O Punto T-Jet usa um quatro-cilindros em linha de 152 cv de potência máxima a 5.500 rpm. O torque deste motor, que atua entre 2.250 rpm e 4.500 rpm, é de 207 Nm. Apesar de os números mostrarem que o automóvel é um bom comedor de asfalto, abaixo de 2.000 rpm ele perde a fome força e morre literalmente no meio do caminho.
Isso ocorre porque a turbina só entra em ação quando o carro está funcionando em alta rotação. Sem a turbina, o Punto fica equivalente a um modelo 1,4-litro básico 85 cv, com o agravante, ainda, de ser mais pesado devido a maior quantidade de equipamentos. O mesmo caso foi registrado com o Fiat Linea equipado com o mesmo motor. Isso ocorre porque o sedã é 75 kg mais pesado que o hatch.

O Uno 1,4-litro, por exemplo, tinha 0,8 bar de pressão e o Punto tem 1 bar. O propulsor do modelo mais antigo despejava 116 cv e o do Punto, 152 cv. Como grau comparativo, o VW Gol 1.0 Turbo 16V marcava 112 cv de potência máxima. A vantagem dos motores turbinados perante os aspirados está na geração de maior potência. O hatch apresentado aqui, por exemplo, tem mais potência que o Chevrolet Vectra equipado com motor 2-litros. Isto acontece porque há um melhor rendimento volumétrico, ou seja, o sistema consegue colocar mais ar dentro dos cilindros e, consequentemente, aproveita melhor a queima do combustível.
O turbocompressor do Punto é um IHI RF3 com válvula de alívio, que é responsável por eliminar aquele “espirro” ocasionado pelos motores turbinados em oficinas especializadas em preparação. Outra vantagem da turbina original de fábrica é que ela conversa perfeitamente com a injeção eletrônica.
Visão externa
Por fora, o Punto T-Jet esbanja agressividade com suas rodas personalizadas, aerofólio, spoiler e faróis com máscara. O grafismo na lateral e os emblemas cromados dão um estilo despojado e ao mesmo tempo equilibrado. Por onde passamos com o modelo, ele arrancou olhares brilhantes, principalmente dos donos do Stilo. Incrível a curiosidade dos proprietários do hatch maior. A impressão é a de que fica aquela pulga atrás da orelha, gritando: “Este é melhor ou não que o meu?”. Deixamos a resposta a vocês.
Ao volante
Antes de entrarmos no “pocket rocket”, vamos analisar os números divulgados pelo fabricante: velocidade máxima de 203 km/h, aceleração de zero a 100 km/h em 8,4 s e 111,1 cv/litro. Ao contrário do Punto Abarth comercializado na Europa, o nosso é vendido na versão de quatro portas.
O primeiro impacto visual com o Punto é legal e ao mesmo tempo estranho. Legal pelos detalhes nos bancos bolinhas que lembram massagens japonesas, pelo volante revestido em couro e pelas pedaleiras de metal escovado. A estranheza fica por conta do console de plástico pintado na cor do veículo. Apesar de o detalhe incomodar alguns, houve elogios ao estilo e ao tipo de aplicação no Punto.
A posição de dirigir do modelo é privilegiada. O formato do banco, que tem regulagem de altura, permite estilo arrojado de pilotagem. Em curvas, os bancos oferecem bom apoio lateral, mantendo o corpo do motorista sempre firme. Porém, este formato talvez não seja ideal aos usuários que utilizam o carro no dia-a-dia. Sair e entrar do carro é um pouco mais difícil que num modelo comum.
Os pneus 205/50 R17 calçam muito bem o carro, geram conforto e passam a sensação de segurança. A direção e a suspensão conversam muito bem, oferecendo rapidez nas manobras e firmeza ao mesmo tempo, sem deixar de lado o conforto.
Na estrada, o T-Jet tem performance de automóveis 2-litros e consumo à altura de um modelo equipado com motor de 1,4 litro: mantém a velocidade sem recorrer às retomadas e marcou, segundo as nossas medições tanque a tanque,12 km/l. A Fiat declara um número parecido pela norma NBR 7024, de 12,3 km/l, na cidade. Só que, nesse ambiente, o Punto fez 8,4 km/l com o WebMotors.
Diversão estática
Além de ser prazeroso de dirigir, o T-Jet vem equipado com o sistema Blue&Me, que oferece tecnologia de viva-voz, tecnologia Bluetooth e comonados do rádio e telefone no volante. O GPS integrado é opcional. De série o T-Jet vem equipado com toca-CD com MP3, quatro alto-falantes, dois tweeters e um subwoofer no porta-malas. A qualidade sonora é um ponto positivo da versão.
Conclusão
O carro é uma boa pedida dentro do seu nicho. Com ele não dá para colocar álcool com o objetivo de economizar dinheiro. Afinal, o T-Jet é uma opção ideal para aqueles que gostam de andar “antenado” no conta-giros.
Cotamos o valor do seguro do Punto T-Jet baseando-se no perfil de um homem casado, com 33 anos e residente em São Paulo. O resultado foi uma parcela anual de 5% do valor de mercado do carro R$ 61 mil. A Porto Seguro ofereceu R$ 3.421, a Azul R$ 2.772 e a Bradesco R$ 3,5 mil.
FICHA TÉCNICA – Fiat Punto T-JET
MOTORQuatro tempos, quatro cilindros em linha, transversal dianteiro, quatro válvulas por cilindro, refrigeração a água, turbinado, 1.368 cm³
POTÊNCIA152 cv a 5.500 rpm
TORQUE207 Nm de 2.250 rpm a 4.500 rpm
CÂMBIOManual de cinco velocidades
TRAÇÃO Dianteira
DIREÇÃO Hidráulica, por pinhão e cremalheira
RODAS Dianteiras e traseiras em aro 17”, em liga-leve
PNEUS Dianteiros e traseiros 205/50 R17
COMPRIMENTO4,03 m
ALTURA1,51 m
LARGURA1,69 m
ENTREEIXOS2,51 m
PORTA-MALAS280 l
PESO em ordem de marcha1.230 kg
TANQUE60 l
SUSPENSÃODianteira independente, do tipo McPherson; traseira por eixo de torção
FREIOSDianteiros com discos ventilados e traseiros com discos sólidos
CORES Branco Banquisa, Amarelo Indianápolis, Vermelho Modena e Preto Vesúvio
PREÇOSR$ 60 mil

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DERRAPAMOS: Blue&Me é um sistema baseado no Windows Mobile com porta USB e viva-voz com tecnologia Bluetooth. Ele é um item de série. Já o Blue&Me com NAV GPS integrado com comando de voz é opcional no Punto T-Jet.
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