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Honda CG 160 Fan: aceleramos a campeã de vendas

Honda CG 160 Fan oferece bom custo-benefício e economia de combustível que respeita o bolso do motociclista


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Em sua história no mercado brasileiro, a Honda conta com muitas motos icônicas que são o sonho de consumo dos apaixonados pela vida sobre duas rodas. Mas como nem sempre querer é poder, alguns acabam ficando com algo que conseguem pagar... E é aí onde entra a Honda CG 160 Fan, que você pode chamar, se preferir, de “a moto mais vendida do Brasil”.

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CG é vendida em quatro configurações; a Fan é que tem o melhor custo-benefício.
Crédito: Divulgação
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A Honda CG em 2022

Para não conhecer a CG só mesmo um extraterreste, mas vamos aqui pelo bem do jornalismo situar você sobre essa super popular motocicleta da Honda.

A CG está em sua nona geração, e enquanto escrevo esse texto agora no início de 2023, ela conta com quatro diferentes versões. A Titan é a topo de linha e mais requintada; a Fan é sutilmente mais simples que a Titan; e ainda tem a Start, com proposta de ser acessível, sem, por exemplo, a injeção eletrônica flex, com rodas raiadas e freios a tambor nas duas rodas. A quarta versão da CG é a Cargo, criada para o uso no moto frete.

Este conteúdo é um oferecimento de <strong>Auto Compara</strong>
Crédito: Divulgação/Auto Compara
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A Fan é a versão mais vendida porque representa entre as CG a com melhor custo-benefício. E os números impressionam. Com base no primeiro semestre de 2022, foram vendidas 77.429 unidades da CG 160 Fan, que representa uma média de 12.904 CG Fan por mês ou 430 novas CG Fan por dia! Somando os números do ano de 2022 inteiro, as versões da Honda CG 160 totalizaram 382.818 unidades vendidas.

Essa nona geração foi apresentada em 2015, ganhou a suspensão dianteira Showa SFF em 2017, e em 2021, quando a CG completou 45 desde a primeira, a Honda aplicou sutis mudanças no visual. Guarde essa informação na cabeça que voltaremos a isso lá no final... Por isso mesmo essa avaliação está parecendo mais um dossiê, porque a CG 160 está longe de ser – e ter - algo inédito como em tantas boas reportagens que você encontra diariamente aqui no WM1.

O visual da CG 160 Fan

Um ponto importante aqui: se você procura algum tipo de diferenciação social por ter uma moto, esse não é o modelo certo. Já disse aqui que é a mais vendida e em qualquer esquina você provavelmente vai encontrar mais de uma CG.

A CG 160 Fan é muito simples em recursos, o que faz parte da ideia de ser mais acessível. Transmite a sensação de ser uma moto que aguenta ser usada o dia todo freneticamente. Uma moto para não ter apego, mas que sempre te levará do ponto A ao ponto B com um custo muito baixo, seja de consumo de combustível ou manutenção. Isso não dá pra negar.

No visual dela o que mais me agrada é o desenho das carenagens laterais do tanque, e o acabamento, pois ser simples não significa que os materiais devam ser de baixa qualidade. Nisso a Honda acerta sempre, pois sabe que acabamento ruim incomoda mesmo o mais simples dos motociclistas.

O motor da Honda CG 160

A responsabilidade de levar seu dono para cima e para baixo na cidade, ou para cruzar o Brasil, é do motor de 1 cilindro com 2 válvulas, OHC, de 162,7 cm³, com câmbio de 5 marchas que entrega engates muito macios. A potência máxima é de 14,9 cv e 1,4 kgf.m, quando a moto está abastecida com gasolina. Com etanol os números sobem exatamente mais 0,2 cv e 0,14 kgf.m - potência e torque, respectivamente.

Talvez por isso pouca gente usa etanol normalmente – lembrando que todo motor flex permite uso de gasolina, etanol ou qualquer mistura dos dois e que o rendimento (km/l) com gasolina é maior do que com etanol.

Painel de instrumentos tem visor digital, que facilita a leitura das informações
Crédito: Divulgação
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    Com o tanque de 16,1 litros a autonomia pode chegar a 600 km – de acordo com a Honda. Normalmente e sem se preocupar com economizar no acelerador as médias com a CG 160 ficam entre 30 km/l e 40 km/l. Andando moderado já consegui 48 km/l, o que é uma média excelente! E se é econômica, é acessível. E sendo acessível, um maior número de pessoas pode ter uma CG na garagem. Mais um motivo que ajuda a CG ser a mais vendida.

    A base da Honda CG 160

    Nas suspensões, temos na dianteira garfo telescópico que parece convencional, mas internamente tem conceito assimétrico, é uma Showa SFF (Separate Function Fork ou Garfo de Função Separada em uma tradução livre). De um lado tem o circuito hidráulico e do outro a mola. Mais leve e com menos componentes, essa suspensão trouxe mais estabilidade e precisão nas mudanças de direção.

    Na traseira, a CG tem duplo amortecedor com ajuste de pré-carga, e a dica aqui é de que se você anda com garupa – levando e buscando diariamente, por exemplo, para a escola ou trabalho – deixe a pré-carga ajustada na posição mais firme, pois ajuda bastante na estabilidade e sensação de controle da moto a pré-carga ajustada corretamente para ao peso aplicado.

    Honda CG 160 Fan também oferece excelente economia de combustível
    Crédito: Divulgação
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    Nos freios, a CG 160 Fan tem disco na dianteira com pinça de três pistões e tambor na traseira, conectados pelo CBS, o sistema de freio combinado. Esse sistema tem a missão de melhorar a distribuição da frenagem se você costuma não usar o freio dianteiro. Assim, ao acionar apenas o freio traseiro, o sistema hidráulico aciona o pistão do meio na pinça do freio a disco, auxiliando em uma frenagem mais eficiente e segura.

    Em teoria, esse sistema é pensado para motociclistas menos habilidosos, e sua eficiência é um fato. Na concorrente Yamaha FZ15, o ABS é oferecido na roda dianteira – e tem disco na traseira - o que na experiência de pilotagem me agrada mais, reforçando o que eu acabei de citar, por eu ser mais experiente e saber usar bem os freios.

    Pilotando a Honda CG 160 Fan

    As boas e racionais respostas do motor da CG me permitem rodar na cidade tranquilo e na estrada dentro dos limites de velocidade, mas obviamente em estradas mais rápidas o condutor precisa calcular as manobras com a sua CG. Não sobra moto na estrada, mas ela vai. Eu já fiz algumas viagens com moto pequena e com paciência e pilotagem segura você vai aonde desejar. Se apertar a necessidade por mais velocidade e potência a CB Twister é uma moto super honesta – e para quem não gosta do freio CBS tem versão com ABS, o freio antibloqueio que eu recomendo muito.

    CG 160 Titan é equipada com motor de 1 cilindro com 2 válvulas, OHC, de 162,7 cm³
    Crédito: Divulgação
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    Com 1,83 m de altura e quase 100 kg andando equipado e com mochila, eu fiquei bem tranquilo na CG. Ela me dá confiança para andar em qualquer lugar, seja entre os carros ou vias rápidas como a Marginal Pinheiros como se fosse minha há anos, como uma velha conhecida... e no meu caso ela realmente é.

    Tive a oportunidade de pilotar praticamente todas as gerações até a atual, incluindo a primeira CG 125 de 1976. O DNA da CG 160 Fan é o mesmo: ser fácil de pilotar, confortável, e rodar muito gastando pouco, seja com gasolina, seja com manutenção.  Precisando de uma moto que faz tudo cobrando pouco em troca? A CG é essa moto.

    Conclusão

    Mesmo não oferecendo itens que outras motos entregam em 2023 a CG 160 Fan segue vendendo muito. E isso é mérito da Honda que conhece bem o mercado e o motociclista brasileiro, entregando o que o mercado precisa, seja no produto em si ou em formas de facilitar a compra dele com a enorme quantidade de concessionárias espalhadas no Brasil e o tradicional consórcio Honda. Pesquisando anúncios de Honda CG 160 Fan 0 km na Webmotors em janeiro de 2023 muitas estão entre R$ 15.900 e R$ 16.500.

    A concorrente direta em preço seria a Yamaha Fazer 150. No fim de dezembro de 2022 a Bajaj iniciou as atividades no Brasil e com isso pode fisgar alguns clientes da CG com a sua Dominar 160 – que analisando tecnicamente tem especificação técnica superior a CG 160 como a Yamaha FZ15 então não seria uma rival direta da CG.

    Yamaha FZ15 é a principal concorrente da CG 160 Fan.
    Crédito: Divulgação
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    Porém, pode sim atender a necessidade de uma parcela desses atuais clientes da CG, os que procuram visual, motor mais potente, mais prazer na pilotagem e se diferenciar nas ruas. Fica o sinal de alerta para a Honda com essas novas motocicletas de baixa cilindrada com melhor especificação. Por enquanto a Bajaj ainda tem poucas concessionárias, mas deve crescer e a Yamaha já está presente em muito mais lugares.

    Fácil de pilotar, confortável e com baixo custo para ter e manter, pode ser a primeira moto sem problema algum ou aquela moto que vai trabalhar diariamente, seja como o veículo da família ou literalmente trabalhar no motofrete. Seja como um meio ou como um fim é compreensível a Honda CG 160 ser a moto mais vendida do Brasil.

    Eu acredito que com o avanço da concorrência é hora de a Honda apresentar uma 10ª geração da CG, colocando nela itens que por exemplo as mais atuais Yamaha FZ15 e Bajaj Dominar 160 entregam aos motociclistas nessa categoria. O que eu adicionaria se fosse a dona Honda? Farol e lanterna em LED, disco no freio traseiro, ABS no freio dianteiro, lampejador do farol no punho esquerdo e corta corrente no punho direito, tomada USB – discreta como na Royal Enfield Meteor – e um bagageiro de série.

    E eu aplicaria essa diferenciação funcional bem maior na versão Titan, mantendo a Fan mais simples e acessível, pois em muitos casos qualquer diferença de preço entre motos pode influenciar diretamente na decisão de compra.

    A Honda sabe bem disso e aplicando esses itens só na Titan atenderia melhor dois diferentes perfis de motociclista com uma mesma base mecânica de chassi, motor e suspensões. A CG fez e faz muita gente ir e vir de moto no Brasil e isso não deve mudar a médio prazo pelo menos.

    Tags:Motos
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