Versão mais cara e completa do hatch é bem equipada, econômica e muito bem acabada, mas pede caro para estar na sua garagem
Honda City Touring 2025, R$ 141.400. Sim, esse é o ponto que joga contra a versão mais cara do hatch: o preço superior a R$ 140 mil. Por esse valor é possível levar para casa versões relativamente bem recheadas de SUVs compactos - e até de médios, se incluirmos seminovos na discussão.
E, sim, pagar quase R$ 142 mil em um hatch compacto zero-quilômetro, independentemente do que ele ofereça, é complicado. Mas vamos, juntos, nos situar: essa é a realidade financeira do Brasil atual. A maioria dos rivais é mais barata, de fato, mas não tanto assim.
Olha só: o Chevrolet Onix mais completo sai, hoje, por R$ 122.790; um Volkswagen Polo, sem ser o GTS (de R$ 155.990), custa R$ 121.990; a configuração mais completa do Hyundai HB20 não começa em menos de R$ 122.990; já o Peugeot 208 mais caro, o GT, parte de R$ 114.990. Afinal, vale a pena pagar quase R$ 20 mil a mais em um rival desses modelos citados? Nós garantimos para você que sim.
Não tenho medo de dizer que segurança precisa ser um dos pontos principais na hora de escolher um carro novo e que isso faz a diferença para quem escolhe levar um Honda City para casa.
Não é "puxada de saco", é fato: a marca passou a priorizar esse ponto em seus últimos lançamentos e essa diferença de valor entre o City e seus principais concorrentes, especialmente na versão Touring, se deve justamente a isso.
Explico: o City é o único dos players de sua categoria a oferecer pacote ADAS completo de assistência ao motorista - justamente o que a marca escolhe chamar de Honda Sensing.
Atenção: não estamos aqui dizendo que os rivais do City são inseguros ou que eles não priorizam esse ponto. Alguns deles até oferecem sistemas de segurança passiva e ativa que ajudam o motorista - como frenagem automática de emergência, corretor de faixa ou controle de velocidade adaptativo automático (ACC). Mas só o City tem tudo isso de série desde a segunda configuração, a EX.
Aliás, vamos lembrá-los dos preços:
A LX é oferecida como configuração mais voltada para o mercado de frotistas. Na última atualização de linha, importante lembrar, o carro passou a ter freio de estacionamento eletrônico por botão; o ACC ganhou a função Stop & Go; o ar-condicionado agora tem mais uma zona de atuação (para o passageiro) e a cabine também recebeu um carregador de celular por indução.
Além disso, a central multimídia foi atualizada: está mais moderna e tem novos templates visuais. De fato, a resolução está bem melhor. Além disso, tem CarPlay e Android Auto sem fio. A conexão é feita de forma rápida e bem fácil.
Testamos o City por um dia, na última semana, e aprovamos a experiência. Extremamente econômico e confortável, rodamos cerca de 150 quilômetros com uma unidade do hatch na versão Touring.
Antes de falar sobre o que sentimos ao guiá-lo, vale lembrar: todas as configurações do Cirty continuam equipadas com o motor 1.5 flex de 16 válvulas e injeção direta, capaz de entregar até 126 cv de potência e 15,8 kgf.m de torque. O câmbio é sempre automático do tipo CVT, com simulação de sete marchas.
O carrinho anda bem. Não é um foguete ou extremamente rápido em arrancadas, mas não é isso que se espera dele. Muito pelo contrário: entrega o que promete e ainda consegue ser muito econômico, mesmo para quem tem o pé mais pesado como eu.
Segundo a Honda, o City hatch consegue fazer 9,3 km/l na cidade e 10,4 km/l na estrada, com etanol; e 12,8 km/l e 15,5 km/l, respectivamente, com gasolina. Em nossas mãos, em ciclo predominantemente urbano, o computador de bordo não apontou menos de 14 km/l. Impressionante, não?
O espaço também é generoso, como é possível ver na foto exclusiva do banco traseiro que você na galeria acima. Mesmo com o banco do motorista ajustado para mim (tenho 1,80 m), há muito espaço para as pernas e para a cabeça de quem senta no espaço traseiro.
A Honda escolheu privilegiar o conforto. Quem acaba perdendo com isso é o porta-malas: apesar de ter um volume considerado razoável para o seu segmento, próximo do que os rivais oferecem, seus 268 litros de capacidade não são suficientes para receber as coisas de toda uma família, vamos combinar.
Agora, se você for solteiro, ou casado mas sem filhos, dá para aproveitar bastante.
Durante nosso teste, outra coisa também nos incomodou, ainda que quase que 100% da culpa venha do câmbio: o isolamento acústico da cabine. As batidas das portas são sutis e elegantes - e têm pegada do tipo "premium" -, mas os ruídos que a caixa de transmissão sem engrenagens emite incomodam quando o motor entra em rotações mais altas.
Mais uma vez: não é da índole do City oferecer proposta esportiva. Se você rodar calmo, certamente terá números de consumo excelentes e conforto acústico no interior. Mas se precisar pisar um pouco mais, o barulho poderá te incomodar...
Seremos sucintos. Se você procura um hatch compacto zero-quilômetro e prioriza a segurança, o City é uma ótima escolha para quem roda na cidade diariamente: econômico, espaçoso e tecnológico, e ainda é seguro. Para completar, a partir da linha 2025 ainda tem o que lhe faltava: carregador de celular por indução e freio de estacionamento por botão.
Um carro justo, moderno e extremamente econômico, exatamente como o consumidor mais urbano precisa. Na nossa opinião, a Honda deu um baita "tapa" de meia vida no carro!
HONDA - CITY - 2025 |
1.5 I-VTEC FLEX TOURING CVT |
R$ 142400 |
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