Depois de algum tempo de espera, o scooter Honda Forza 350 finalmente foi lançado no Brasil. O modelo chega importado da Tailândia por R$ 47 mil na cor cinza metálico, exclusiva para cá. O preço é alto se compararmos com seu concorrente direto, o scooter Yamaha XMax, que é vendido hoje em dia por R$ 29.990, mas é fabricado por aqui.
O Forza 350 é equipado com um motor monocilíndrico injetado com refrigeração a água de 330 cm³ e comando simples no cabeçote, que rende 29,2 cv.
Importante ressaltar que o modelo tem controle de tração (que pode ser desligado e religado com o scooter rodando). A potência não é o forte do modelo, mas sim o torque, 3,2 kgf.m a 5.250 rpm.
A velocidade máxima declarada é de 137 km/h - mais que suficiente para rodar com sobra nas estradas brasileiras. Seu câmbio é do tipo CVT.
O Forza 350 tem 2,14 m de comprimento por 1,36 m de altura e 75,4 cm de largura, com entre-eixos de 1,51 m. O vão livre é de 13,5 cm e o banco é alto - está a 78 cm do solo. Para o seu tamanho, é um scooter leve, com 167 quilos a seco.
Em ordem de marcha, ou seja, com 11,7 litros do tanque cheio e mais óleo e fluidos, são 184 quilos no total (pouca coisa a mais que os 179 quilos do Yamaha XMax 250).
Ele tem freios a disco, com ABS, nas duas rodas, e os pneus são larguinhos e têm bom tamanho: 120/70 R15 na frente e 140/70 R14 atrás.
Medidas adequadas ao uso urbano e menos vulneráveis a buracos e solavancos que os que equipam os scooters menores, com aros de 12 e 13 polegadas.
O Forza 350 vem com iluminação full-LED na dianteira e na traseira e painel com dois grandes relógios analógicos, com velocímetro à esquerda e conta-giros à direita, além de uma tela de LCD no centro com as informações tradicionais: nível de combustível, temperatura, relógio, hodômetros total e dois parciais e consumos médio e instantâneo, entre outras funções.
As luzes-espia ficam abaixo, em local separado. No geral, é completo e eficiente, mas com visual anacrônico diante das telas de TFT atuais.
Também existe um compartimento com um bom espaço para guardar itens como celular, carteira ou até mesmo uma garrafa de água, além de - embaixo do banco - haver espaço para dois capacetes e mais alguns itens, totalizando 48 litros.
Foi possível conhecer o modelo de perto em uma apresentação no Centro Educacional de Trânsito Honda (CETH), em Indaiatuba (SP). Devidamente apresentados, tivemos o primeiro contato bastante rápido com o novo scooter da Honda.
Apesar do pouco tempo, é notável a robustez e a agilidade na pilotagem. Aceleração proporcionada pelo motor de 330 cm³ é vigorosa, o que faz com que o modelo ganhe velocidade em pouco espaço percorrido. Por se tratar de um scooter, a pilotagem chega a empolgar.
Durante o test-ride, que infelizmente não teve um trajeto muito elaborado pelas ruas de Indaiatuba e durou pouco, o que mais chamou a atenção foi o para-brisa de 180 mm de altura.
Com regulagem de altura por controle elétrico, sem posições pré-determinadas, é possível ajustá-lo a qualquer momento, seja com o ele parado ou em movimento, por meio de uma tecla no comutador esquerdo.
Este item proporciona enorme conforto e segurança em altas velocidades, protegendo o piloto do vento e deixando a viagem mais gostosa.
Com garfo telescópico de 100 mm de curso na suspensão dianteira e dois amortecedores de 115 mm de curso na traseira, a posição de pilotagem do Forza 350 é agradável e confortável, possibilitando até mesmo a adoção de uma postura mais agressiva em curvas.
Como o contato com o novo scooter da Honda foi breve e não simulou uma situação real de utilização, seja no trânsito ou em uma viagem por rodovia, não tive a chance de medir o consumo. Então deixamos aqui o consumo médio informado pela marca na Europa: 29,4 km/l.
Testei na prática o sistema de sinalização de frenagem de emergência do Honda Forza 350 (ESS - Emergency Stop Signal), que acende os piscas automaticamente quando o modulador do ABS detecta uma frenagem súbita para alertar os outros veículos. Deu certo.
O Honda Forza 350 tem uma árdua missão pela frente, isso por ser importado e custar R$ 47 mil - bem acima do que pede um Yamaha XMax 250, que custa R$ 29.990, embora tenha menos motor; e do que o Dafra Maxsym 400i, de atuais R$ 36.990, que é pouca coisa mais forte.