O novo Honda PCX 160 foi lançado no Brasil há pouco mais de um mês, no dia 22 de setembro, conforme você acompanhou aqui no WM1, em três versões: CBS, ABS e DLX ABS.
Agora tivemos a oportunidade de ter o primeiro contato real e rodar com o scooter da marca japonesa. A Honda escolheu a cidade de Santos, no litoral paulista, como cenário para essas primeiras impressões - e apenas com a versão PCX DLX ABS, a topo de linha do modelo.
O PCX passou por uma bela atualização - tanto no design, como na parte mecânica. O modelo agora tem um visual mais bacana. Não que antes fosse ruim, mas ficou mais bonito de se ver.
Os conjuntos óticos dianteiro e traseiro foram totalmente redesenhados e têm aspecto futurista, com iluminação full-LED. Na dianteira, a luz de posição é composta por cinco “traços” muito característicos. Na traseira, o desenho dá ao “X” iluminado um efeito 3D.
Pensando nessa questão da iluminação, a Honda promoveu um test-ride rápido noturno pelas ruas de Santos, para que os novos faróis full-LED do PCX fossem experimentados
E, de fato, eles dão conta do recado e iluminam muito bem. Já as luzes traseiras têm ótima intensidade e ajudam na visualização por parte dos outros motoristas e motociclistas. senti falta apenas de um lampejador de farol alto.
O painel de instrumentos do PCX também mudou totalmente, mas tem a mesma lógica de antes: tela central de LCD com fundo escuro, que permite leitura fácil sob quaisquer condições de luz, e luzes-espia nas laterais.
As superfícies da carroceria também passaram por modificações e agora têm linhas mais fluidas. O escudo frontal tem mais volume na parte superior e abriga um novo para-brisa, agora escurecido - que também tem novo desenho e oferece mais proteção do que antes, mas sem prejuízo à visibilidade.
O novo desenho da carroceria também aumentou a capacidade do compartimento sob o banco. Agora, com dois litros a mais, tem 30,4 litros de capacidade. Mas ainda acomoda apenas um capacete fechado junto com outros pequenos objetos.
Outra novidade, esta bem útil, é a entrada USB no porta-luvas, no lado esquerdo do escudo. Antes era necessário um adaptador para poder carregar dispositivos eletrônicos. Aliás, esse porta-luvas ficou um pouco maior. E vale destacar, também, que todas as versões do PCX têm chave presencial, que opera a ignição, a abertura do assento e o alarme antifurto.
A motor que equipa a nova geração do Honda PCX 160 tem algumas modificações importantes. Continua monocilíndrico com refrigeração líquida, mas agora tem quatro válvulas, em vez de duas, e a capacidade cúbica aumentou de 150 cm³ para 160 cm³.
Com essas mudanças, a potência do Honda PCX passou de 13,2 cv para 16 cv a 8.500 rpm, e o torque subiu de 1,3 kgf.m para um 1,5 kgf.m a 6.500 rpm. São números ligeiramente maiores que os do principal concorrente, o Yamaha NMax 160, cujo motor entrega 15,4 cv de potência e 1,4 kgf.m de torque.
No mundo real, a diferença é perceptível. O PCX, agora 160, ganhou mais força nas saídas de semáforo e nas retomadas, por exemplo, mas também no acesso a rodovias, algo muito importante para quem usa o scooter para deslocamentos intermunicipais e pega trechos de estrada. A Honda divulga uma velocidade máxima de 111 km/h para o novo PCX 160. Porém, durante o teste com o scooter em trechos de rodovia, o painel chegou a registrar até 123 km/h.
Outra novidade importante e que envolve segurança no novo PCX 160 é o controle de tração - algo normalmente só visto em modelos maiores. As versões PCX ABS e PCX DLX já vêm com o recurso, que tem a Honda batizou com o pomposo nome de Honda Selectable Torque Control (HSTC).
Durante as primeiras impressões pelas ruas de Santos, o controle de tração do Honda PCX 160 2023 não entrou em ação. Mas só de saber que o dispositivo está lá, de prontidão para deixar a pilotagem mais segura, já é um ponto muito positivo.
As dimensões básicas do novo Honda PCX 160 são praticamente as mesmas de antes: 1,93 m de comprimento, 74,2 cm de largura e 1,10 m de altura, com entre-eixos de 1,31 m. O que mudou na nova geração foi a altura em relação ao solo, que aumentou para 13,4 cm. Mesmo com motor maior, o peso seco se manteve nos 126 quilos nas versões com ABS.
Nas suspensões, permanecem os tubos telescópicos na frente e o bichoque atrás, ambos com 10 cm de curso. Mas o conjunto traseiro agora tem novas molas. Já as rodas têm novo desenho, e a traseira diminuiu de tamanho - o aro passou de 14 para 13 polegadas. Os pneus, porém, agora são maiores: 110/70 R14 na frente e 130/70 R13 atrás, contra 100/80 R14 e 120/70 R14 de antes. Esse conjunto proporciona uma pilotagem mais suave, mas ao mesmo tempo firme, com ótimo desempenho nas curvas e muita agilidade no trânsito urbano.
Mesmo com a roda traseira uma polegada menor, o conforto ao rodar em superfícies acidentadas aumentou. As novas molas dos amortecedores traseiros, em parceria com o novo pneu, deixaram a pilotagem mais confiável e confortável, com menos impactos na coluna de quem conduz o PCX 160.
Antes, a suspensão dava fim de curso e batia seco em praticamente qualquer buraco, algo bem desagradável. Agora, passei por inúmeros buracos e também trechos de paralelepípedos e pude constatar muita melhora neste ponto.
O Honda PCX DLX tem freios com discos de 22 cm na frente e atrás, mas o ABS vem somente na roda dianteira. O scooter para com segurança e sem sustos quando os freios são acionados nas mais diversas condições e situações.
O novo Honda PCX 160 ainda usa apenas gasolina. Segundo a Honda, o consumo médio urbano fica em 44,5 km/l. Com velocidade constante de 80 km/h, fica em torno dos 32,3 km/l.
No entanto, cheguei a registrar uma média de até 45,5 km/l em Santos - um número muito bom, que sem dúvida tem a ajuda do sistema "start/stop" (que a Honda chama de "Idling Stop System").
O sistema desliga o motor quando o scooter fica parado por mais de três segundos e o religa quando o piloto vira o acelerador. Simples assim. Como o tanque de combustível pega oito litros de gasolina, a autonomia pode chegar a ótimos 364 quilômetros.
Conclusão
Nesta nova geração, o Honda PCX, agora 160, ficou realmente mais forte e potente. Além disso, também ficou mais seguro e confortável.
A versão de entrada PCX CBS custa R$ 15.460 e a intermediária ABS sai por R$ 17.000. Já a topo de linha DLX, avaliada nestas primeiras impressões, tem preço sugerido de R$ 17.400 - todos estes valores são sem frete e seguro. A dificuldade, como sempre, vai ser encontrar o modelo nas concessionárias com esses preços públicos sugeridos pela fabricante.
Honda PCX 160
Preços: R$ 15.460 (CBS), R$ 17.000 (ABS) e R$ 17.400 (DLX)
Motor: monocilíndrico de 156,9 cm³, refrigerado a líquido, potência de 16 cv a 8.500 rpm e torque de 1,5 kgf.m a 6.500 rpm
Transmissão: Automática, do tipo V-MATIC (CVT). Controle de tração
Suspensões: dianteira com garfos telescópicos e curso de 10 cm; traseira bichoque com 10 cm de curso
Freios: disco simples nas rodas dianteira e traseira, ABS na frente / tambor traseiro de 13 cm na versão CBS
Pneus: 110/70 R14 na frente e 130/70 R13 atrás
Dimensões: comprimento de 1,93 m, entre-eixos de 1,31 m, banco a 76 cm do solo, vão livre de 13,4 cm e peso seco de 126 quilos / 124 quilos na versão CBS
Tanque: 8 litros
Consumo: 45,5 km/l (medição Webmotors)