Aceleramos a versão híbrida do SUV médio mais vendido do Brasil, importada da Itália, que anda muito e ainda consegue ter consumo de gasolina absurdo.
Jeep Compass 4xe - leia: "For by I", ou "4XE". Sobrenome meio estranho quando proferido em inglês. Preferimos chamar de Compass híbrido. Hoje vamos te mostrar o que a versão mais cara do SUV médio mais vendido do Brasil, importada da Itália, pode oferecer de interessante, mesmo custando R$ 350 mil.
O Compass híbrido é baseado na versão S, a mais cara de toda a linha, e que conquistar quem tem um olhar mais sensível sobre o meio ambiente. Pelo preço, acaba disputando mercado contra SUVs do segmento premium, como Audi Q3, Volvo XC40 e outros SUVs de BMW, Volvo e Mercedes. É híbrido do estilo plug-in, aquele que se conecta na tomada para recuperar a bateria. Vale o cheque?
Visualmente, pouca coisa muda em relação a um Compass S que usa só motor a combustão - e que é feito no Brasil. Ele tem visual mais voltado para o luxo - na frente, há uma diferença no logo da Jeep, que tem contorno azul para evidenciar que falamos de uma versão eletrificada. Aliás, todo carro da Jeep com a tecnologia 4xe vendido no mundo tem essa diferenciação estética.
Atrás as diferenças também são mínimas e a única coisa nova no desenho do carro é justamente o emblema "4XE", do lado esquerdo da tampa do porta-malas. Tecnicamente, onde ele mais muda é no conjunto mecânico e na parte de dentro, que tem acabamento primoroso.
Dentro o Compass híbrido oferece o auge do luxo e do conforto que o modelo já conseguiu oferecer. Preto brilhante e material macio ao toque espalhado por toda a cabine, inclusive para quem atrás.
E tem algumas diferenças em relação ao carro feito no Brasil. Começando pelo console que oferece seletor de modo de condução e pelo parte esquerda ao volante, onde você seleciona se quer rodar no modo híbrido, no puramente elétrico ou em um que permite que você poupe a bateria.
Fora isso, em termos de equipamentos, ele tem algumas coisas que até as versões mais caras a diesel não disponibilizam, como sistema de câmera 360º; som da grife Alpine com oito alto-falantes e 506W; Alexa (esta por enquanto oferecida somente no Commander) e o pacote chamado Adventure Intelligence de direção semi-autônoma com recursos aprimorados.
O Compass híbrido, vale dizer, também vem com quadro de instrumentos 100% digital com tela de 10,25 polegadas; central multimídia com tela tátil colorida de 10,1" que permite espelhamento via CarPlay e Android Auto sem fio; sete airbags e o teto solar panorâmico Command View.
Quem vai atrás segue com bom espaço para as pernas e para a cabeça, ainda que esse elogio seja somente para dois passageiros adultos. Três crianças vão muito bem, mas três pessoas mais altas já sofrem com o aperto tradicional de um carro com entre-eixos de menos de 2,65 m.
Pelo menos há mimos, como saída exclusiva de ar-condicionado, duas entradas USB - uma do tipo A e outra do tipo C - e tomadas na parte de baixo do console central. E isso tudo sem atrapalhar o espaço do porta-malas, que tem os mesmos 420 litros do Compass com motor a combustão. Prova de que o trabalho de engenharia para encaixar a bateria de 400V no veículo foi muito bem feito.
Acho que a principal vantagem aqui é falar sobre o refinamento da direção. O carro roda macio, gostoso, e mesmo assim consegue oferecer bom nível de esportividade quando exigido, já que faz de 0 a 100 km/h em anunciados 6,8 segundos - o mesmo número que o de um Volkswagen Jetta GLi. Um Compass a diesel, que vocês conhecem bem, faz a mesma arrancada em 10,7 s, para se ter noção.
Só elogios também para o câmbio automático de seis marchas e para a suspensão traseira do tipo independente, já tradicional em todo Compass, mas que faz a diferença na hora de uma curva um pouco mais fechada. O fato de ainda oferecer sistema de tração 4x4 para trechos mais acidentados é outro diferencial.
Mas quem tem um carro híbrido tem muito mais vantagem do que isso. Ele roda só no modo elétrico. E se você trabalha a menos de 20 quilômetros da sua casa, dá para ir e voltar sem gastar gasolina, já que ele consegue percorrer até 44 quilômetros sem poluir o meio ambiente. E sem precisar enfrentar o rodízio, para quem faz esse trajeto em São Paulo(SP).
Tá, mesmo assim você quer acelerar mais. No modo híbrido, a Jeep anuncia excelentes 25,4 km/l na cidade e 24,2 km/l na estrada, que são medidos de acordo com uma série de protocolos, mas que segundo a marca podem chegar a até 50 km/l se você rodar gastando menos energia possível.
Em nossas mãos (ou melhor, meu pé), acredite, registramos a média de 22 km/l, rodando sempre com ar-condicionado ligado e com mais de uma pessoa a bordo. Em três dias com o carro, o ponteiro do tanque não saiu da parte de cima. A autonomia máxima no Compass híbrido é urbana. Pasme: 914 quilômetros, de acordo com dados oficiais.
Rodando com o Compass híbrido dá para concluir o seguinte: ele é caro, muito caro perto do que estamos acostumados a ver na linha Compass. Custa o que deveria custar um Grand Cherokee, mas vale lembrar que vivemos dentro de uma nova realidade financeira.
Mas mesmo assim ele compensa. E compensa muito. Se você roda menos de 40 quilômetros por dia, tem grana e quer um bom Jeep para pegar estrada de final de semana, vale dar uma olhada com carinho.
JEEP - COMPASS - 2022 |
1.3 T270 TURBO HÍBRIDO S 4XE AT6 |
R$ 347300 |
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