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Land Rover Evoque é um 'show' de tecnologia

Nova geração do SUV compacto de luxo recebe muita tecnologia, visual esportivo e sofisticação. Mas cobra caro por isso

por André Deliberato

Luxo, sofisticação, bom acabamento e excelente desempenho em territórios off-road sempre foram as marcas do Range Rover Evoque. Agora, essas qualidades ficaram evidenciadas com a chegada da segunda geração do modelo, ainda mais bonita e inspirada no "irmão maior" da família, o Velar.
Fique comigo nesse texto que você vai conhecer todos os detalhes do SUV, que chegou ao Brasil no ano passado custando entre R$ 234.500 e R$ 338.950 (valores atualizados em maio/2020).
Nosso teste é justamente sobre a versão mais cara (e completa), a P300 HSE R-Dynamic (de 300 cv).

Vamos começar pelo visual

Visualmente, como já mencionamos acima, o Evoque trocou de geração e recebeu traços inspirados no "irmão maior", o Velar - SUV médio que também passou a inspirar o desenhos de outros carros da Land Rover desde que foi lançado mundialmente, em 2017.
Na frente, o Evoque até manteve algumas características da primeira geração, como a curva arredondada acima das caixas de rodas dianteiras e os vincos no capô. Mas os faróis, por exemplo, são praticamente iguais aos que podemos ver no Velar.

Na lateral, outra coisa vinda do SUV maior são as maçanetas escamoteáveis das portas, que entram e saem dependendo do trancamento das fechaduras. A linha de cintura alta e o caimento de teto traseiro mais afilado, ainda que sem o desenho tradicional de um cupê ou utilizado pela moda de alguns SUVs-cupês, também são coisas mantidas pelo Evoque, apesar da troca de geração.
Já na traseira, o desenho das lanternas segue bem atraente. Elas começam pela lateral da carroceria e agora terminam na tampa do porta-malas graças ao incremento de uma lanterna de conjunto óptico duplo, também como faz o Velar, mesmo que ainda se possa ver estilo do Evoque no visual.
Em termos de tamanho, temos 4,37 m de comprimento, 1,90 m de largura, 1,64 m de altura e 2,68 m de entre-eixos, números de um SUV compacto como Honda HR-V, Hyundai Creta, Chevrolet Tracker e cia.

Preço salgado

Como falamos, o preço acima dos R$ 320 mil para um SUV compacto que compete contra carros mais baratos se comparados os tamanhos (como Volvo XC40, BMW X1 e X2, Audi Q3 e Mercedes-Benz GLA) ficou bem salgado. Para se ter ideia, quando chegou ao Brasil, em 2011, o Evoque custava menos de R$ 180 mil, praticamente metade do que se cobra hoje pela configuração testada.
Mas há justificativas: o carro cresceu, está mais moderno, mais tecnológico, mais leve, tem motor mais econômico e muito mais equipamentos - incluindo assistentes de condução semi-autônoma, se comparado ao Evoque lá do começo da década. E mais abaixo vamos falar sobre tudo isso.
Custar quase o dobro do que valia no começo da década faz automaticamente com que a gente posicione o Evoque em outro segmento do mercado: no de SUVs médios premium, que são maiores que ele (e até mais baratos na maioria das vezes).
Se você tem essa grana, entre R$ 250 mil e R$ 330 mil, busca por um utilitário familiar e precisa de espaço, o carro da Land Rover passa a figurar na última posição de sua lista - neste caso, é uma boa conhecer modelos como Audi Q5, BMW X3, Volvo XC60 e Mercedes-Benz GLC, por exemplo.
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Evoque "P300"

O que significa o "P300" da nomenclatura da versão? Bom, assim como o P250 indica que o carro tem 250 cv, o P300 inscrito na lataria significa que o Evoque tem 300 cv.
O motor que equipa o carro é um 2.0 de quatro cilindros turbo, que também oferece 40,8 kgf.m de torque (disponíveis por completo em apenas 1.500 giros), O câmbio é automático de nove marchas e a tração, como em um bom carro da Land Rover, é integral (nas quatro rodas) e movida pelo sistema All-Terrain 2, de última geração.
Ótimo, portanto, em termos de conjunto mecânico: tem motor eficiente, câmbio extremamente rápido quando preciso (e com muitas marchas para o caso de um rodar mais voltado para a economia de combustível) e sistema de tração automático para todo tipo de terreno, como um genuíno Land Rover.
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Em termos de consumo de combustível, vale destacar, ainda, que o novo Evoque traz um sistema mild-hybrid, como se fosse "meio-híbrido", com uma bateria maior (de 48V) que ajuda no desempenho do carro e na hora de poupar gasolina. Segundo dados do Inmetro, esse conjunto é capaz de fazer o SUV ter os seguintes números: 8,4 km/l na cidade e 14,5 km/l na estrada.
Na prática, nosso resultado foi bem diferente: 4,7 km/l em média. Porém, sempre com três pessoas a bordo e ar-condicionado ligado. O 0 a 100 km/h anunciado pela Land Rover é de bons 6,6 segundos - e a velocidade máxima encontrada na ficha técnica oficial do modelo foi de 242 km/h.

Tecnologia embarcada

Chegou a hora de falar sobre as novidades tecnológicas. Vamos começar pelos itens de condução semi-autônoma, que incluem o sistema de permanência na faixa (com correção automática do volante), de frenagem automática de emergência e o ACC, que faz o carro se "conectar" e seguir os movimentos de aceleração, frenagem e retomada do carro à frente. Tem até aviso de radar.
Já no interior, destaca para as três telas digitais do painel, sendo que a única que não é "touch" é a que fica no quadro de instrumentos - que, mesmo assim, tem 12,3 polegadas e display colorido em full-HD. Já o sistema de som é da grife Meridian, assim como o de muitos outros SUVs da Land Rover.
No console central, a tela de cima resume as informações do sistema multimídia (englobando todo o sistema de entretenimento, de conexão com o celular e GPS, entre outros). A de baixo comanda os sistemas de ar-condicionado, da tração integral e algumas configurações do próprio carro, como os controles de estabilidade e tração e o Hill-climb, sistema para descidas automáticas e autônomas em terrenos acidentados.

Tem mais: o volante também tem "telas", uma de cada lado, quase como se fossem dois joysticks: elas são táteis, mudam de display de acordo com a função no computador de bordo e impressionam, comprovando o excelente nível de sofisticação do Evoque. É pelo joystick do lado direito que se comanda o controle de cruzeiro adaptativo, o ACC.
Não acabou ainda: o espelho retrovisor interno também pode se transformar em uma tela, graças a uma câmera instalada na antena no teto, que tem formato de "barbatana de tubarão", reforçando o nível de luxo desta versão de topo - acreditem, a resolução também é full-HD. As configurações de posicionamento da pequena lente da câmera são feitas por pequenos botões no próprio retrovisor.
Adivinhem? O primeiro carro do mundo que iniciou essa "moda" de duas telas digitais no painel central e os joysticks dos dois lados do volante foi o "irmão" Velar, a grande inspiração do Evoque - e de muitos SUVs rivais também, importante ressaltar.
O câmbio também voltou a ser manuseado por uma manopla, já que na geração anterior vendida no Brasil, sempre com caixa de transmissão automática, ele era comandado por uma roldana giratória. E o freio de estacionamento, o popular"freio-de-mão", é controlado eletronicamente por um botão do lado esquerdo do volante.
Por fim, importante destacar o primoroso nível de acabamento, com materiais de ótima qualidade, costuras bem feitas e com percepção de luxo reforçada. Destaque ainda para os bancos muito bem feitos, confortáveis e que contam com memorizador. Pudera, afinal o carro custa quase R$ 350 mil.

Espaço... De SUV compacto

Precisamos dizer também sobre o espaço interno do Evoque, que é um SUV compacto, como já citamos acima. Isso significa que ele não é um carro tão familiar, já que, por este valor da versão topo linha, é possível assinar o cheque de utilitários tão luxosos quanto - e bem maiores do que ele.
Na prática, quando dois adultos de 1,80 m sentam-se nos bancos da frente, o espaço lá atrás se reduz para uma boa área para duas crianças, já que quatro adultos no Evoque vão com certo aperto. O Evoque tem praticamente o mesmo espaço traseiro que um HR-V, Kicks ou Creta: não é ruim, claro, por ser um legítimo utilitário, mas também não é espaçoso como se espera de um carro desse preço.
Pelo menos, quem senta lá trás pode usar uma tomada de 12V para carregar o celular. E também contar com as saídas de ar-condicionado exclusivas vindas da parte de trás do apoio central dos bancos dianteiros.
O porta-malas cresceu um pouco: nesta nova geração, são 591 litros, contra 575 l da geração anterior, com opção de abertura elétrica. Parece grande? Parece, porque realmente é. Principalmente pelo fato de este carro, mais uma vez, vir de uma plataforma compacta. Outro ponto positivo.

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