Mercedes-Benz tem hatch com toque brasileiro, o CLC 200 K

Fabricado apenas em Juiz de Fora, modelo tem 70% de suas peças de carroceria estampadas no Brasil


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Gustavo Ruffo
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Juiz de Fora, MG - Depois do Classe A, a maior parte das pessoas pode achar que a fábrica da Mercedes-Benz em Juiz de Fora não faz mais nada. Se tem um pouco mais de informação, acha que ela só monta produtos em CKD, ou seja, carros que vêm desmontados do exterior apenas para ser remontados por aqui. A verdade é que nenhuma das opções anteriores está correta. A Mercedes-Benz tem em Minas Gerais uma unidade que realmente fabrica um veículo. E esse veículo só é feito no Brasil e, daqui, é exportado para o mundo todo. É de lá que o CLC sai para o mundo todo e, agora, também para o mercado nacional, ainda que apenas na versão 200 Kompressor.

Na visita à fábrica que fizemos, vimos as quatro unidades do carro movidas a gasolina 160, 180, 200 e 250 e as duas movidas a diesel 200 e 220 tanto com volante à esquerda quanto à direita, prova de que a fábrica de Juiz de Fora anda se tornando cosmopolita e, a depender do sucesso do carro, cada vez mais ocupada, um alento para quem temia que ela fechasse as portas depois que o Classe A não vendeu como se esperava.

No caso do CLC, a expectativa da Mercedes-Benz no Brasil não é tão ambiciosa. Afinal de contas, estamos falando de um veículo que começa nos R$ 124,9 mil e concorre com Audi A3 e BMW Série 3. Ainda assim, a empresa está confiante na aceitação do carro por aqui e em vendas fortes. Ela o considera uma porta de entrada para os veículos da marca, ainda que o B 170 custe menos de R$ 100 mil. É um outro animal, claro, mas ainda assim é mais barato que o CLC.

A primeira coisa que chama a atenção no hatch da Mercedes-Benz é seu perfil bastante esportivo. Construído sobre a base do Classe C antigo, ele tem entreeixos de 2,72 m, o que seria menos do que o novo Classe C, mas que, no CLC, acaba fazendo pouca diferença. O teto baixo impede que um adulto se sente em qualquer dos lados do banco traseiro com um mínimo de conforto. A não ser que seja um adulto pequeno. Bem pequeno.

A dianteira do carro, de todo modo, está alinhada com o do restante da linha do Classe C. Ela é, aliás, uma das poucas partes de estamparia, fora a base do monobloco, que não é feita no Brasil. As peças estampadas vêm de fornecedores, uma vez que a fábrica da Mercedes-Benz em Juiz de Fora não tem um setor de prensas.

O outro elemento que chama a atenção no carro, e não exatamente de modo positivo, é a falta de comandos elétricos dos bancos ou do volante como itens de série. Em um veículo de quase R$ 125 mil, isso é algo que faz bastante falta. Pelo menos até o motorista dar a partida no carro e colocar o pé na estrada

Ao volante

Apesar de não ter um ronco tão gostoso quanto o do motor V6 do GLK, o motor de quatro cilindros do CLC é valente. Tem torque próximo do do V6 e carrega muito menos peso. Sua suspensão também é muito mais rígida e voltada para a esportividade, com amortecedores que enrijecem quando exigidos esportivamente. É o que basta para uma condução mais do que divertida. Empolgante.

Não há giro em que uma cutucada no acelerador não cause uma reação. Nem sempre ela é tão pronta como a que se sente no GLK, por exemplo. Isso se deve em boa medida ao câmbio de cinco marchas automático. Apesar de muito superior a qualquer câmbio de quatro marchas, ele tem na Mercedes-Benz uma referência até covarde, o 7G-TRONIC. Com sete marchas à disposição, o motor de 1,8-litro com compressor se sentiria muito mais à vontade.

A velocidade máxima do CLC é de 231 km/h, com uma aceleração de 0 a 100 km/h em 8,7 s. É inferior à de outros modelos da linha, mas a sensação de velocidade e de esportividade é tanta que o carro compensa suas falhas com folga. Inclusive a de não ser tão acessível quanto a maioria dos brasileiros gostaria que ele fosse. Quem sabe um dia?

Gustavo Henrique Ruffo viajou a Juiz de Fora a convite da Mercedes-Benz do Brasil


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DERRAPAMOS: ao contrário do que dizia a ficha técnica do CLC, as rodas são de aro 17", não de aro 19". O texto já foi devidamente corrigido


FICHA TÉCNICA – Mercedes-Benz CLC 200 Kompressor

MOTORQuatro tempo, quatro cilindros em linha, longitudinal, refrigeração a água, quatro válvulas por cilindro, com compressor mecânico, movido a gasolina, 1.796 cm³
POTÊNCIA184 cv a 5.500 rpm
TORQUE 250 Nm de 2.800 rpm a 5.000 rpm
CÂMBIOAutomático de cinco velocidades
TRAÇÃO Traseira
DIREÇÃO Por pinhão e cremalheira; hidráulica
RODAS Dianteiras e traseiras em aro 17”, de liga-leve
PNEUS Dianteiros 225/45 R17 e traseiros 245/40 R17
COMPRIMENTO 4,45 m
ALTURA 1,41 m
LARGURA 1,73 m
ENTREEIXOS 2,72 m
PORTA-MALAS 310 l
PESO em ordem de marcha1.480 kg
TANQUE62 l
SUSPENSÃO Dianteira independente, tipo McPherson; traseira independente, multilink
FREIOS Discos ventilados nas rodas dianteiras e sólidos nas traseiras com ABS, ASR, Brake Assist e ESP
PREÇOR$ 124,9 mil

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