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Mini Countryman 2021 híbrido faz até 23,6 km/l

Imagine assinar o cheque de um crossover charmoso no visual, que anda mais que um Golf GTI e bebe menos que um Kwid?

por André Deliberato

No teste que apresentamos hoje vamos falar do Mini Countryman 2021, um crossover híbrido plug-in de desenho extremamente simpático que no Brasil disputa mercado contra os SUVs compactos premium, como BMW X1 e X2, Volvo XC40, Audi Q3 e Mercedes-Benz GLA, entre outros.
Na linha 2021, o modelo recebe as charmosas lanternas que homenageiam a bandeira do Reino Unido (chamadas de Union Jack) - é o último carro da fabricante a ganhar esse detalhe visual -; novo design frontal, com grade e desenho de para-choques reestilizados; faróis em LEDs matriciais; rodas de 19 polegadas inéditas; uma nova opção de cor interna e um quadro de instrumentos em TFT atrás do volante. O preço da configuração que testamos é de R$ 264.990.
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Você viu aqui no WM1 que a linha 2021 do Countryman foi lançada em meados de outubro. São quatro versões: a primeira custa R$ 199.990; as duas intermediárias, híbridas, cobram R$ 234.990 e R$ 264.990; e a última - John Cooper Works, a mais esportiva - pede R$ 299.990.
Como já mencionamos, falaremos da versão "SE All4 Top", a terceira nessa escala de um a quatro. Segundo a marca, deve ser a mais vendida. Atualmente, vale destacar, o Countryman representa 35% das vendas da Mini no Brasil.

Mini Countryman 2021: híbrido plug-in

Vamos relembrar a escala de motores. Na versão de entrada, o Countryman usa um motor 1.5 turbo de três cilindros que rende 136 cv, com câmbio automatizado de sete marchas e dupla embreagem.
Nas configurações híbridas, como o carro testado, esse motor recebe a ajuda de um conjunto elétrico, com bateria e propulsor, que ficam posicionados no eixo traseiro. Desse modo, o motor a combustão move as rodas da frente, enquanto o elétrico movimenta as de trás.
A combinação de potência dos dois resulta em 224 cv e 39,3 kgf.m de torque, que são comandados por um câmbio automático de seis marchas. Nessas versões, a tração é nas quatro rodas, como diz o sobrenome "All4".
Já o Countryman JCW, o mais poderoso, usa motor 2.0 turbo de quatro cilindros que gera até 306 cv. É o mesmo propulsor de versões esportivas de entrada de carros da BMW, como o X2 M35i, por exemplo.

Consumo incrível

Por ser híbrido plug-in, recarregável na tomada, você deve imaginar que consumo é um de seus pontos fortes. Acertou. Segundo números divulgados pelo Inmetro, o Mini Countryman 2021 consegue fazer 22,3 km/l na cidade e 23,6 km/l na estrada, com gasolina no tanque.
Ficou impressionado? Então vale lembrar que, para quem roda com o pé leve e só na cidade, o carro ainda consegue percorrer 57 quilômetros apenas no modo elétrico, ou seja, sem gastar uma gota de gasolina. Isso, na prática, significa que você pode ir e voltar do trabalho toda semana e deixar o carro conectado na tomada ao chegar em casa, sem gastar dinheiro com combustível.
As duas configurações híbridas vêm com carregador e cabo, que podem ser ligados a uma tomada 220V. O método de recarregamento é bem simples e baseado em cores: o laranja aparece no momento em que o processo se inicia; o amarelo quando o carregamento está ativo e o verde no término. Apareceu vermelho? Confira fonte ou cabo, porque essa cor indica que há algum erro no processo.

Tamanho de SUV?

Por ser crossover (carroceria que mistura elementos de duas categorias, no caso do Mini a de um SUV e de um hatch) e não necessariamente um utilitário, o Mini Countryman poderia ser apertado. Mas ele não é tão pequeno assim, o que contraria o próprio nome da marca.
Com o ajuste dos bancos da frente para pessoas de 1,80 m há espaço para as pernas de quem vai atrás - dois adultos, por exemplo, fazerem viagem confortáveis, inclusive com boa área para a cabeça, já que o teto do Countryman é bem plano e não tem caimento traseiro acentuado. Por conta disso, a Mini garante que a proposta desse carro é atender casais e famílias.
Mesmo com o bom espaço, vale destacar que as versões híbridas têm menor tanque de combustível e menos volume de porta-malas justamente por ter que abrigar no eixo traseiro a bateria e o motor elétrico. Em números, o tanque cai de 51 litros para 36, enquanto o bagageiro diminui de 450 litros para 405 litros.

Impressões ao dirigir

Hora de guiar. E, olha, o Mini Countryman 2021 surpreende pelo vigor e pela vontade de acelerar, até para quem, como eu, já havia tocado a versão JCW em uma pista, como fiz no começo deste ano. Claro, o modelo não tem aquele "kart-feeling" da versão mais nervosa, mas mesmo assim provoca bons prazeres a cada arrancada e retomada de velocidade.
Repare nos números (divulgados pelo fabricante): velocidade máxima de 198 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 6,8 segundos. Isso confirma que, veja só, o modelo acelera mais que um Golf GTI e bebe menos que um Renault Kwid.
Não tem jeito: a direção dos carros da Mini são embaçadas. A pegada de carro alemão que a BMW dá para esse esportivinho inglês (que é feito na Holanda) é quase imbatível. Em outras palavras, a família que levar para casa o novo Countryman vai ter nas mãos um crossover esperto, gostoso de dirigir e econômico, além de extremamente seguro - o crossover tem cinco estrelas no Euro NCAP.

Na cabine

Na parte de dentro, o quadro de instrumentos de TFT atrás do volante caiu bem em um momento em que a maioria dos novos automóveis chega com essa nova tecnologia. Já a central multimídia, assim como já acontecia, demora um pouco para ser compreendida pela quantidade de botões e opções que oferece, mas nada que um "intensivão" de dez minutos com o carro não resolva.
São três modos de condução, um mais leve, outro intermediário e um terceiro mais nervoso; e ainda três propostas diferentes de rodagem nessas versões híbridas, sendo que a primeira permite usar só  o motor elétrico, a segunda mistura o conjunto e a terceira poupa o propulsor ecológico para recuperar a carga da bateria com outros tipos de energia (como a da desaceleração).

Conclusão

A conclusão é a seguinte: o Mini Countryman é relativamente caro como todos os rivais citados nessa disputa, mas tem como diferenciais o desenho charmoso, um pacote de equipamentos recheado e a vantagem de poder rodar somente no modo elétrico ou mesmo de ser um rei no quesito consumo de combustível quando usa o conjunto híbrido.
Tudo isso além de ser uma delícia de dirigir e conseguir oferecer espaço pra toda uma família. Se você tem uma pegada descolada, busca um automóvel desse segmento e quer fugir do que chamamos de "lugar comum", temos aqui uma ótima opção.

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