O Evoque significou uma ruptura na história da Land Rover em termos de design. Agora, uma nova vanguarda surge com o Velar. E não estamos falando só de visual, mas também de tecnologia e conectividade.
A carroceria musculosa permeada por linhas agressivas do Evoque significou uma revolução dentro da Land Rover, em 2011. Aos poucos, o desenho quadradão que norteava toda a gama da marca britânica foi dando espaço para os traços modernos do SUV compacto. Seis anos depois, um novo representante da linha Range Rover quer fazer história. O Velar chegou para renovar as tendências de identidade visual da fabricante e traz novidades para deixar qualquer aficionado por tecnologia babando.
Sabemos que o conjunto mecânico é o coração do carro, mas você logo entenderá porque começamos nossa prosa falando sobre a central multimídia. Ou melhor, as centrais. Duas telas sensíveis ao toque, ambas de 10 polegadas, tornam a experiência de guiar o Velar ímpar. O funcionamento dos displays é integrado. Por exemplo: você indica no gadget superior que deseja ouvir suas músicas via bluetooth e o visor de baixo mostra sua playlist e a canção que está rolando, tudo por meio de uma interface caprichada.
O desenho minimalista e sensual do Velar chega a camuflar sua capacidade off-road. Mas o modelo tem atributos suficientes para não fazer feio diante do Discovery
Até a seleção dos modos de direção é feita por meio desta central em uma tentativa de minimizar a quantidade de botões. É bem provável que você encontre dificuldade para selecionar algumas opções, até porque o veículo permite a customização de muita coisa (como a cor da luz de ambiente), mas logo você se acha. Vale lembrar que há compatibilidade com os sistemas Android Auto e Apple Car Play.
Mas, como nem tudo nessa vida é perfeito, tivemos um problema com as centrais. Em um dado momento do teste, simplesmente não conseguimos alterar o modo de condução, nem ter acesso às músicas. O sistema só voltou a funcionar corretamente após desligarmos e ligarmos o carro novamente. Pelo menos a eletrônica do SUV não parou ao ponto de nos deixar realmente em uma enrascada no cenário deslumbrante, porém, às vezes, desafiador da Noruega.
O desenho minimalista e sensual do Velar chega a camuflar sua capacidade off-road. Mas o modelo tem atributos suficientes para não fazer feio diante do Discovery, o representante com maior habilidade fora da estrada disponível atualmente na gama Land Rover. O novo SUV pode transpor, por exemplo, trechos alagados com até 60 centímetros de profundidade. Também dispõe do sistema Terrain Response 2, que o permite trafegar sobre gelo, neve, grama, cascalho e lama com desenvoltura.
Um ponto de destaque é a suspensão a ar que pode ter sua altura modificada em até 50 milímetros. Ou seja, quando você estiver em sua trilha pesada, é possível aumentar a distância da carroceria ao solo. Quando voltar para o asfalto, o sistema regula a suspensão automaticamente ao ultrapassar os 105 km/h.
E o mais empolgante é que os 100 km/h podem ser alcançados já aos 5,7 segundos graças a motorzão 3.0 V6 Supercharged. Quando o Velar chegar às lojas brasileiras em novembro, todas as quatro versões serão equipadas com este propulsor, que entrega ainda 45,8 kgf.m de torque máximo já aos 1.500 giros. Este será o motor, inclusive, da configuração First Edition, limitada no Brasil a 20 unidades, e que foi avaliada por nós na terra dos Vikings.
Na versão First Edition, que traz tudo o que o Velar pode oferecer, o pacote de itens de série é de respeito
A velocidade máxima também é digna de veículos esportivos. O SUV de 1.813 quilos – leve, pois foi concebido com base em alumínio de alta resistência - pode chegar a 250 km/h (limitado eletronicamente). Apesar dos números expressivos, o quarto modelo da submarca Range Rover tem tocada linear e confortável. Quando ganha velocidade, nem mesmo o ronco parece ser de um V6.
Até aí nenhum problema, mas o que realmente incomodou foi a falta de apetite da famigerada caixa de transmissão automática de oito velocidades da ZF para acordar em ultrapassagens. Sonolenta, só parecia disposta quando ajustada na posição “S” da manopla, ou melhor, do botão giratório que comanda o câmbio. Ainda bem que o utilitário oferece aletas atrás do volante.
Essa transmissão é a mesma disponível para as outras duas versões do Velar que serão vendidas no Brasil a partir do começo de 2018. Uma delas é equipada também de um motor a gasolina, só que menos potente. É um 2.0 Ingenium de 250 cv que fará parte da configuração de entrada, de R$ 291.000. Já a outra versão traz um propulsor 2.0 a diesel de 180 cv, ao preço de R$ 311.000.
Toda esta gama terá a tarefa de rivalizar com o Porsche Macan e o novo Audi Q5, que acabou de ser lançado. E a intenção da Land Rover é clara: liderar o segmento. Para tanto, aposta na capacidade inédita de customização do Velar. É possível escolher diferentes tipos de couro dos assentos, pneus e estepe, molduras das rodas (que variam de 18 a 22 polegadas), sistemas de entretenimento e a textura do couro do volante. Há ainda 13 opções de cores da carroceria e do teto.
Apesar de ser um lançamento, o nome Velar vem das antigas. Em 1969, ele denominou os protótipos que deram origem ao primeiro Range Rover porque, em latim, significa “ocultar”
Na versão First Edition, que traz tudo o que o Velar pode oferecer, o pacote de itens de série é de respeito. Além de equipamentos já citados, como a central multimídia Touch Duo e os modos de tração Terrain Response, há painel de instrumentos em tela de TFT de 12 polegadas, sistema de som Meridian com 23 alto-falantes e 1.600 W de potência, bancos dianteiros com massageador e aquecedor, head-up display, ar-condicionado digital, faróis de LED com tecnologia a laser e rodas de 22 polegadas.
Em termos dinâmicos, o SUV oferece ainda câmeras 360°, sensor de profundidade na água, freio autônomo de emergência, detector de pedestres, ACC (controle de cruzeiro adaptativo), controle de descida em declives e sistema de distribuição de torque entre os eixos de até 50:50.
Posicionado na gama Range Rover entre o Evoque e o Range Rover Sport, o Velar tem 4,80 metros de comprimento. Ao entre-eixos foram reservados 2,87 metros, portanto, 43 centímetros a mais do que o Evoque. Já o porta-malas é de 673 litros, o maior da categoria. Para quem ficou na dúvida, o Velar está posicionado acima do ‘primo’ Jaguar F-Pace.
Apesar de ser um lançamento, o nome Velar vem das antigas. Em 1969, ele denominou os protótipos que deram origem ao primeiro Range Rover porque, em latim, significa “ocultar”.
Se há quase meio século o termo Velar esteve atrelado ao conceito Range Rover de entregar extrema capacidade off-road aliada a luxo e requinte, agora o nome vai ditar as novas premissas de tecnologia, como já falamos, e de design da submarca. As novas centrais multimídia chegaram ao demais modelos da gama, assim como o design minimalista, porém, elegante. O Velar chegou para provar que não é preciso inventar em um monte de elementos agressivos para se fazer um carro de visual marcante. No caso, o simples e bem-feito é a chave do sucesso.
Enviado à Molde, Noruega - Jornalista viajou a convite da Land Rover
LAND ROVER - RANGE ROVER VELAR - 2018 |
3.0 V6 P380 GASOLINA FIRST EDITION AUTOMÁTICO |
R$ 529300 |
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