Fiat Mobi Trekking 0668

Mobi Trekking: um subcompacto no uso familiar

A versão aventureira do hatch da Fiat encara o desafio de virar um carro para levar a família. Será que ele dá conta?


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Junto do Renault Kwid, o Fiat Mobi é um dos representantes mais conhecidos do segmento dos subcompactos. São modelos que custam menos que os compactos tradicionais, mas também oferecem menos espaço.

Mas e o que fazer quando a família cresce? Será que o Fiat Mobi em sua versão aventureira Trekking - um carro para solteiros por excelência - consegue lidar bem com essa nova missão?

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Por isso mesmo, botei o subcompacto para jogo, transportando diariamente e por uma semana minha esposa Juliana e o pequeno João, de um ano. Quer saber como o Mobi se saiu?

Confira nas linhas a seguir. Não deixe de conferir também o meu teste em vídeo com o subcompacto aventureiro da Fiat.

O Fiat Mobi Trekking

Dimensões externas

O Fiat Mobi Trekking tem 3,60 m de comprimento, 1,67 m de largura, 1,55 m de altura e entre-eixos de 2,30 m. De cara, já dá para perceber que estamos falando de um carro de dimensões bem compactas. Só para se ter uma ideia, o Argo tem 43 cm a mais no comprimento.

Visual aventureiro é o diferencial desta versão topo de linha do Fiat Mobi
Crédito: Ricardo Rollo/Webmotors
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Essas medidas fazem com que o Mobi Trekking seja um carro bem versátil no uso urbano, lidando bem com ruas estreitas e vagas apertadas. A suspensão elevada garante um vão livre do solo de generosos 17,5 cm, então dificilmente o Fiat vai raspar a frente em saídas ou entradas de rampa.

Falando em robustez, o Mobi aventureiro tem pneus 175/65 R14, que podem ser combinados a rodas de aço ou liga leve. O conjunto, de perfil alto, casa bem com a pegada visual do modelo. Embora combine mais com as ruas esburacadas do que com as pistas de terra.

Dimensões internas

Pequeno por fora, o Mobi não consegue fazer milagre no interior. Mesmo aqueles acostumados com os compactos estranham a cabine menos espaçosa. O clima é minimalista e sem espaço para firulas - afinal, estamos falando de um carro feito para ser acessível.

O banco do motorista tem regulagem de altura e a posição de guiar é bem alta. Mas o que me incomodou mais foram os pedais estreitos e ligeiramente deslocados para o centro do carro.

No banco traseiro, a minha esposa Juliana, com 1,60m, não reclamou da falta de área livre para as pernas. Mas fica claro que o espaço disponível é mais adequado para dois adultos de baixa estatura, mesmo com os três apoios de cabeça e cintos de três pontos para todos os ocupantes.

Os bancos dianteiros proporcionam uma visão panorâmica do trânsito
Crédito: Divulgação
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O Mobi até tem soluções técnicas interessantes no interior. Como o console de teto que tem um porta-óculos e até um curioso espelho adicional feito sob medida para ver o que acontece no banco traseiro.

Mas a coisa apertou mesmo quando tive que colocar a cadeirinha do João. O assento Burigotto Matrix Evolution K, feito para crianças com até 25 quilos, nem é tão avantajado. Mas exigiu que eu jogasse o assento dianteiro do passageiro quase todo para frente, inutilizando o banco para alguém com mais de 1,70 m.

O espaço no porta-malas é um dos pontos fracos do subcompacto da Fiat
Crédito: Divulgação
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Para completar, o porta-malas tem apenas 200 litros. Espaço suficiente para duas malas pequenas ou algumas compras no supermercado. Mas não deu para levar também o carrinho de bebê do tipo convencional, já que sozinho ele ocuparia todo o espaço disponível.

No limite, dá para usar o banco dianteiro do passageiro para levar algo a mais que não coube no porta-malas. É uma solução de aproveitamento de espaço que todo mundo no mundo dos compactos e subcompactos adota, mesmo sem assumir. Mas que está muito longe de ser ideal.

Os comandos estão todos ao alcance das mãos, mas a posição de dirigir deslocada incomoda
Crédito: Divulgação
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Equipamentos

Mas antes de falar como é rodar com o Mobi Trekking, vamos mostrar a lista de equipamentos do modelo. Essa é a versão topo de linha do subcompacto, então a relação de itens de série e opcionais oferece aquele "pacote dignidade" e algo a mais.

A relação inclui ar-condicionado, vidros dianteiros e travas elétricas, multimídia com tela de sete polegadas e Android Auto e Apple CarPlay sem fio, volante multifuncional, banco dianteiro com regulagem de altura, direção hidráulica, e desembaçador e lavador do vidro traseiro.

O carro tem dois pacotes de opcionais à disposição: o Pack Safety (R$ 700), que adiciona controles de estabilidade e assistente de partida em rampas, e o Pack Style (R$ 2,2 mil), que tem retrovisores externos com ajuste elétrico e função tilt down no espelho direito, luzes indicadoras de direção e rodas de liga leve.

O veterano motor 1.0 Fire de 74 cv é a única opção disponível para o Mobi Trekking
Crédito: Divulgação
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Como anda?

É uma pena que a Fiat tenha retirado o motor 1.0 Firefly do Mobi. A única opção de motorização é o veterano 1.0 Fire de quatro cilindros, que desenvolve 74 cv e 9,7 kgfm e é sempre combinado a um câmbio manual de cinco marchas.

Embora seja um motor reconhecido pela robustez e pelo baixo custo de manutenção, é o típico mil de quatro cilindros que exige que o motorista estique bem as marchas para extrair o melhor desempenho do conjunto. No uso urbano e com o carro vazio, até que vai bem mesmo com o ar-condicionado ligado.

Mas é na estrada e carregado que o motorista do Mobi Trekking vai sentir falta de um motor mais forte. Principalmente nas retomadas de velocidade. O Mobi vai da imobilidade até os 100 km/h em 14,4 segundos (com gasolina) e chega à velocidade máxima de 152,2 km/h (com etanol).

O quadro de instrumentos é simples,  de fácil leitura e ainda tem computador de bordo
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Se não se destaca em desempenho, pelo menos o 1.0 Fire faz do Mobi um carro econômico. Segundo os números oficiais, registra médias (com gasolina) de 15 km/l (estrada) e 13,5 km/l (cidade).

No acerto de suspensão, o subcompacto da Fiat segue aquele padrão conhecido dos carros da marca italiana, com um ajuste mais voltado para o conforto. Já a direção hidráulica tem um comportamento estranho para os mais acostumados aos sistemas de assistência elétrica.

Pesada em manobras, se torna bastante leve em velocidades mais altas. Nem é preciso dizer que o ideal seria o contrário...

O Fiat Mobi Trekking parte de R$ 72.290, mas o carro das fotos já beira os R$ 77 mil
Crédito: Divulgação
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Conclusão

O Fiat Mobi Trekking parte de R$ 72.290. Mas esse carro que você vê nas fotos, na cor Vermelho Montecarlo e completo (até com alguns acessórios, como os faróis de neblina), já beira os R$ 78 mil.

Se você é solteiro, ou é casado e não tem filhos, o Mobi pode ser uma interessante opção de mobilidade acessível. O mesmo vale para os jovens em busca do primeiro carro, já que estamos falando de um modelo robusto e fácil de guiar.

Por outro lado, se a família cresceu, vale mesmo partir para um hatch compacto convencional. E não faltam opções interessantes de carros seminovos e zero-quilômetro na faixa de preços pouco acima do Mobi Trekking.

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Tags:Fiat
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